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domingo, 2 de janeiro de 2011

Novos (e curiosos) caminhos de sustentabilidade


Um dos problemas mais sérios que se colocam às políticas de sustentabilidade ambiental, em especial as que visam garantir a manutenção de espécies e habitats, é lidar com espécies não-autoctones, resistentes e muitas vezes predadoras de elementos da biologia local que assim vai desaparecendo. Pois o NYT dá nota de uma nova ideologia: a da preferência pelo consumo de espécies invasoras como forma de controlo.

A década que agora terminou dedicou-a a Europa à defesa das várias formas de vida, e o ano que passou consagrou-o à biodiversidade. Duas iniciativas que, atentos os números que apontam para a continuidade das perdas de espécies e para a redução de indivíduos de grupos em risco sério de extinção, não parecem ter-se saldado por resultados de que as autoridades responsáveis pela condução das políticas de conservação da natureza se podem orgulhar. É, pois, preciso mais empenho e mais imaginação para estancar o progressivo empobrecimento no que ao património genético diz respeito. Esta medida de que dá nota o NYT não peca pela falta de imaginação...




4 comentários:

Oscar Maximo disse...

Isto já foi inventado há muito. Para acabar com espécies invasoras dizia Mao a cada chinês: coma um rato por dia.

Anónimo disse...

O velho Mao! Grande lembrança de um expoente das políticas de conservação...

Massano Cardoso disse...

Antes de Mao inventar isso, já os ratos eram apreciados nas viagens de navios. Como a fome era uma constante chegavam a valer muito, às vezes até desapareciam, e lá se ia ao ar o provérbio segundo o qual os ratos são os primeiros a abandonar os navios...
E os gafanhotos? Também designados como camarão do céu. E os lagostins de água doce? Para comer espécies exóticas, venenosas e que não fazem parte da nossa dieta, é preciso apenas uma condição muito importante: fome! Até os seres humanos são utilizados como matéria a consumir... Nada de novo, realmente, mas é sempre interessante.

Suzana Toscano disse...

Pode não ser novidade mas que o marketing é bom, lá isso é. Não sei se os australianos comem coelhos, ou os chineses carpas, mas a globalização tornou as invasivas uma espécie dominante, seja poruqe nascem naturalmente depois de trazidas as sementes ou as espécies, seja porque são importadas, matando pela concorrência os produtos autóctones. Hoje a minha filha disse-me que comprou espinafres portugueses em Londres, já lhe vou falar nas invasivas para estimular a exportação dos nossos legumes!