Ontem de manhã, um
canal de televisão emitia uma reportagem sobre o turismo
sustentável e os malefícios do outro turismo , o barulho dos tuck-tucks em Alfama, etc, etc. Voz de gente muito amiga de um planeamentozinho central muito bem organizadinho, com burocratas a
contar as entradas à porta das barreiras que gostariam de ver ressuscitadas, sociólogos
a inquirir os passantes para efeito de doutoramentos ad-hoc, número de restaurantes, tascas pizzarias, cafés
e leitarias, casas de recordações muito bem fixado por decreto ou postura camarária.
Como nem ao menos tais vozes tinham um vislumbre da veneranda
figura do Velho do Restelo ou mesmo dos fabulosos diálogos dos aldeões alentejanos de Os Velhos
de D.João da Câmara, quando invectivavam o aparecimento do comboio, logo desliguei.
Não tarda, estes novos velhos estarão a defender a construção de muralhas à
volta de Lisboa, de forma a tornar o turismo sustentável à sua maneira. Palco
na comunicação social já vão tendo.
2 comentários:
Um Plano Quinquenal para o Turismo, que procure dinamizar o sector através de medidas estrategicamente calibradas, definidas e, depois de centralmente validadas, implementadas por Comissões Populares de Planeamento, organizadas em escala nacional, regional e autárquica, é algo que há muito deveria estar em execução, permitindo absorver uma boa parte da mão de obra excedentária e racionalizando e levedando os fluxos turísticos...
Estranho que os Tudólogos de serviço ainda não tenham abordado este tema, de candente interesse nacional...por certo os Crescimentistas não irão deixar em branco esta vertente fulcral de uma política económica voltada (de "costas", mas voltada) para o futuro..
Caro Tavares Moreira:
Ora aí está um excelente preâmbulo para tão desejada e profícua política de planeamento popular central.
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