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quarta-feira, 15 de julho de 2015

E o Galamba e o Varoufakis não avançaram...

"Quem tiver uma solução alternativa, que avance e diga qual é”.
Tsipras, hoje, ao Syriza, segundo o Expresso

Parece que nem Costa, Galamba ou Varoufakis, nenhum deles avançou...E as Catarinas desta terra deixaram-se ficar por Lisboa... 

19 comentários:

Carlos Sério disse...

Sair do euro o mais rapidamente possível aproveitando a saída negociada proposta pelo ministro das finanças alemão.
Alias Varoufakis saiu do governo por não ter sido aceite pela direção do Syriza de uma proposta nesse sentido:

"Varoufakis fala também pela primeira vez da derrota política que o levou a sair do governo. Segundo a versão do ex-ministro, propôs ao governo um plano com três acções caso o BCE obrigasse ao encerramento dos bancos: a emissão (ou o anúncio) de uma moeda paralela (uma promessa de dívida conhecida como IOU), o corte na dívida detida pelo BCE desde 2012 e tomar o controlo do Banco da Grécia. “Perdi por seis contra dois”, diz Varoufakis, que voltou a insistir no plano na noite da vitória do OXI."

Anónimo disse...

Caro Pinho Cardão, essa frase deveria ser posta em outdoors espalhados por muitos sítios em Portugal a ver se uma série de comedores de palha que por aí andam se calam duma vez por todas. Incidentalmente parece-me que essa gente anda um tanto ou quanto entupida ou será que os ecos não me chegam?

Pinho Cardão disse...

Entupida, caro Zuricher!

Carlos Sério disse...

"Ficou claro também que na União Europeia a democracia tem voo curto e nariz comprido. Não há lugar na UE ou na zona do euro para um governo de facto de esquerda, nem para algo parecido com soberania nacional, muito menos popular. Manda quem manda, e quem manda, em nome do capital financeiro, são os barões neoliberais da economia. Aos políticos, como a própria todo-poderosa (na aparência) Ângela Merkel, cabe fazer a pantomima para os eleitores, fazendo de conta que estes decidem algo importante.

Outra lição é a da insofismável mediocridade dos dirigentes das áreas financeiras - o próprio Schäuble à frente - incapazes de produzir argumentos outros que não sua posição de força. Não conseguiram suportar o vigor nem o rigor intelectual de Varoufakis, na pratica forçando sua expulsão do “clube”. Fica óbvio também que o que sucedeu até aqui com a Grécia reforça a Front National na França e a oposição à UE no Reino Unido. De um modo geral, tudo isto reforça a posição da extrema-direita em toda parte, inclusive na Grécia e na própria Alemanha. Mas parece que o desígnio das lideranças hegemónicas na UE e o no euro implica aceitar o flirt com a extrema-direita (até com os neofascistas da Ucrânia), mas nunca com qualquer coisa que lembre a esquerda. Este é o aviso enviado ao Podemos, por exemplo, ou à própria Linke alemã".

Pinho Cardão disse...

Caro Carlos Sério:
Continuo a dizer que gosto mais das sentenças do meu amigo do que das aspas de que é intermediário.
As muletas devem ser usadas com parcimónia e quando delas a necessidade é séria.
Já agora, quem é esse génio que o meu amigo intermediou?

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão,
Ver em http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Destaques-da-agenda-internacional-na-semana-de-12-a-19-de-julho-de-2015-/6/33971
Já agora que fez o desafio de uma solução alternativa aqui lhe deixo uma:
1- Controlo do Banco central da Grécia.
2- Colocar as rotativas a funcionar e fabricar euros em massa. A Grécia pode fazer isso, naturalmente à revelia do eurogrupo, de modo a dar liquidez imediata aos bancos igualmente sobre controlo temporário do governo.
3- Preparar rapidamente as condições para uma nova moeda.
4- Suspender todos os pagamentos de dívida.
5- Colocar as Forças Armadas em estado de alerta máximo.

Em situação de guerra, porque se trata de uma guerra lançada à Grécia, deixemo-nos de sofismas, é assim que actuam os patriotas.

Unknown disse...

6-Invadir a Albânia (ou a Macedónia, dependendo da que estiver mais perto da Alemanha).

asam disse...

E não avançaram. Ficaram na oposição a fazer aquilo em que são realmente bons, a contestar! Em mais de 6 meses, o Sr. Varoufakis não conseguiu nem decidiu nada - claro que a culpa é dos outros. Fez bem em voltar para a oposição, com os seus vencimentos chorudos. Políticos destes também temos cá muitos.

Pedro Almeida disse...

Num último apelo dramático no Parlamento, o primeiro-ministro pediu esta quarta-feira responsabilidade aos representantes dos vários partidos. A escolha seria ENTRE o acordo com os credores e a bancarrota e a saída da moeda única, alertou.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=193733



Por aqui se vê como a realidade é uma coisa e a demagogia e irresponsabilidade que o governo grego alimentou até agora é outra coisa! A situação da Grécia só piorou desde que o Syrisa chegou ao Governo mediante promessas totalmente demag´pgicas que sabiam não poder cumprir! O resultado está à vista e o único caminho de Tsipras é o que está a seguir agora.

Pedro Almeida disse...

A Carta maior é uma revista brasileira de esquerda que quase ninguém lê. E então agora com a revolta dos brasileiros relativamente ao Governo Dilma e aos escândalos que assolam o Brasil...

Pedro Almeida disse...

Leia-se demagógicas.

Carlos Sério disse...

Para onde foi o dinheiro emprestado à Grécia de 240.000.000.000?

Apenas uma pequena fração dos 240 mil milhões de euros que fazem parte do resgate total da Grécia encontrou o seu caminho para os cofres do governo.
Uma grande parte do dinheiro foi para os bancos que disponibilizaram fundos para Atenas. O país foi forçado a reduzir drasticamente o seu défice, pressionando os pensionistas e reduzindo o salário mínimo.

Mas vamos a contas, estas feitas pelo The Guardian: 34 mil milhões de euros foram as medidas que tiveram de ser tomadas para a renegociação da dívida.
Quase 20% do dinheiro foi utilizado para salvar os bancos privados. Aqui somam-se 48.2 mil milhões para salvar os bancos gregos, que tinham sido forçados a assumir perdas, enfraquecendo a sua capacidade de se proteger e depositantes.
Apenas 10%, aproximadamente 24 mil milhões de euros, serviu para ajudar o governo grego, uma vez 140 mil milhões de euros serviram para pagar dívida e juros.
34 mil ME para ---Medidas de renegociação de dívida
48,2 mil ME para----Ajuda aos bancos
140 mil ME para -----Pagamento de dívida e juros
10% (aprx. 24 mil ME) para----Dinheiro disponível para o governo grego

Pinho Cardão disse...

Caro Carlos Sério:
Duas notas:
a) Essa de o governo grego começar a fabricar euros, acho excelente. Como a proposta aparece veiculada pelo Quarta República, seria justo que ao Blog, aos seus comentadores de ontem, de hoje e de sempre, como o Carlos Sério e, vá lá, aos seus autorres, coubessem uma parte dos euritos assim fabricados.
Aliás, e de modo a optimizar a acção do 4R, recomendo ao Dr. Tavares Moreira que lembre ao Zimbabwe igual produção. Um verdadeiro ovo de Colombo.
b) Quanto ao facto de pouco chegar ao governo grego, como diz no seu último comentário, o argumento, desculpe-me lá, Carlos, não é sério. Porque parte do princípio de que a dívida não seria para pagar e os novos empréstimos seriam dados, na sua totalidade,e incondicionalmente ao governo grego, independentemente de reembolsar o que quer que fosse. E, depois, minimiza os 24 mil milhões que sobram dos reembolsos e juros. Assim não vale.

Caro Vasco da Gama:

"Invadir a Albânia (ou a Macedónia, dependendo da que estiver mais perto da Alemanha)", como diz, mas devidamente ataviados com a farda militar alemã...penso eu de que...

Caro asam:
Na mouche!...

Caro Pedro Almeida:

No meio de todas as maldades que Tsipras vem cometendo contra o povo grego, acertou desta vez. Esperemos que não seja a excepção que confirme a regra, mas seja o princípio de uma conduta com mais realismo e menos demagogia grosseira. Talvez ele, no seu íntimo, já esteja a compreender que a função de um governo não é maltratar o povo em nome de uma qualquer ideoologia.

Anónimo disse...

Caro Pinho Cardão, permita-me uma achega sobre o seu último comentário.

A meu ver o motivo de base para o dinheiro dos resgates não ter sido usado pelo governo Grego apenas numa pequena porção não é o pagamento da dívida. Essa é a consequência. A causa e o motivo de base é que esse dinheiro já foi usado anteriormente pelo Estado Grego quando contratou a dívida que agora está a pagar. Ora, se já usaram esse dinheiro é muito natural que agora tenham que pagar a dívida que contrairam para o usar. Ou vão usar o mesmo dinheiro duas vezes reembolsando apenas uma?!

Pinho Cardão disse...

Claro, caro Zuricher, é mesmo isso. Era coisa que tinha em mente, mas escapou-me, quando escrevi. Muito obrigado, pos, pela precisão que faz.
Aliás, sem reembolso, seria receber o dobro.

Carlos Sério disse...

“Todo mundo ha olvidado que el banco central de Grecia (BCG) tiene la capacidad de imprimir euros, tanto en el sentido clásico de la palabra (billetes físicos) como en el sentido moderno, con inscripciones de saldos electrónicos al amparo del ELA, sistema de apoyo de liquidez en caso de emergencia. El BCG es parte del sistema de bancos centrales europeos en los cuales se ha delegado la facultad de imprimir euros. Claro, todo esto se hace hoy en día bajo las instrucciones del Banco Central Europeo (BCE), pero si el gobierno decide tomar el control del BCG e imprimir euros en Atenas, sería muy difícil distinguir entre esos nuevos euros y los anteriores.
Sería todavía más difícil diferenciar entre euros creados electrónicamente. Pero el propio BCE cerró el apoyo del ELA a los bancos griegos hace tres días. Entre obedecer a los empleados de Mario Draghi y apuntalar un sistema bancario que está derrumbándose, ¿qué hará el gobierno de Syriza? Quizás Atenas no tendrá otra alternativa que proveer a los bancos de herramientas para mantener vivo el sistema de pagos interbancario. Claro que en el caso de una corrida generalizada sobre los bancos, sería vital contar con dinero en efectivo, lo que conduce a considerar seriamente la opción de imprimir (físicamente) euros mientras se prepara la transición”.

Pinho Cardão disse...

Caro Carlos Sério:
Nem vale a pena comentar.
Ainda bem que, desta vez, repassa a afirmação a outrem...Fez bem.

Carlos Sério disse...

Caro Pinho Cardão

O texto que reproduzi é de um conceituado professor e investigador de economia
"Alejandro Nadal Egea es un economista mexicano, doctor en Economía por la Universidad de París X, actualmente es profesor e investigador de economía en el Centro de Estudios Económicos de El Colegio de México en las áreas de teoría económica comparada y economía del cambio técnico".
https://es.wikipedia.org/wiki/Alejandro_Nadal

Mas claro que os comentadores do IV Republica são seguramente mais sabedores, mais sábios, são um encanto de sapiência!!!

Pinho Cardão disse...

Não tenha dúvida, caro Carlos Sério. E o meu amigo também se pode juntar aos sabedores!...
Abraço