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sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Sinais da educação - 2

A primeira nota publicada no 4R com o mesmo título transformou-se num autêntico forum em que o debate sobre o papel social dos professores e a sua actual situação profissional revela bem os sinais que não deveremos ignorar.
Seria positivo que os responsáveis do ME, bem como os dirigentes dos principais sindicatos, não ignorassem a elevação e o bom senso que presidem a algumas manifestações de professores, distinguindo-as das correntes expressões corporativas que tendem a enquinar a abordagem destes problemas.
Não creio que estes professores se queiram subtrair à responsabilidade cívica que a situação financeira do Estado exige, nem ao empenho profissional que a nossa Educação necessita.
Há que ouvir e ler com atenção e sem preconceitos.

9 comentários:

Tonibler disse...

Uma vez que fui eu o ignorante e obtuso que gerou tamanha discussão, vou lançar mais umas questões:

Ministério da Educação: É, ainda, a educação assunto para o Ministério da Educação? A verdadeira economia paralela gerada pelo ME que usa alguns milhares de trabalhadores precários com o único objectivo de despejar um professor sobre cada vinte e poucos alunos não chega para questionar a sua existência? Terraplanar a ‘5 de Outubro’ não é hipótese porquê?

Professores desterrados: A justificação da sua existência está embutida na questão anterior. Mas do ponto de vista pessoal, de cada um, o que justifica tal situação? Do ponto de vista do cidadão, para que é que quero eu um professor, ou qualquer trabalhador, cujo objectivo na vida é fugir dali para fora?

Gestão: Porque carga d'água se tem que gerir um sistema nacional de professores em vez de se gerir uma rede de escolas? A equidade dos professores é mais importante que a qualidade das escolas?

PS: Todas estas minhas questões são irrelevantes se, como estão as coisas, aparecerem resultados. E resultados são médias de 16, não são médias de 11, nos exames nacionais.

Suzana Toscano disse...

Lu33, gostei muito da sua reflexão e do modo sentido como se expressou, mas permita-me que discorde do seu ponto de vista. É verdade que o contexto é o que referiu, que tudo mudou tão depressa e tanto que os professores se sentem impotentes para captar a mente dos seus alunos ou para os conduzir em modelos de apredizagem que se tinham como definitivos. Mas isso aconteceu em todas as profissões - os médicos e a incrível especialização, o recurso a tecnologias sofisticadas nas empresas, a necessidade de recorrer cada vez mais à partilha de informação e a complementaridade de esforços na engenharia,ao alargamento de espaços de acção na política, às exigências da comunicação social, etc, etc. Todos os sectores tiveram e têm que se confrontar com essas mudanças e os que ficam parados a gritar incompreensão não ganham nada com isso. Um bom professor faz os bons alunos, sempre foi assim, o problema é que façam esse esforço para chegar até eles do modo que hoje é exigido pelo acesso que eles têm a outros mundos e outros estímulos.Ser professor é uma profissão muito exigente, que eu muito admiro e respeito, não saberia certamente desempenhar essa função tal como eu a desejei para as minhas filhas, mas que é possível, é, e há muitos exemplos disso, mesmo no contexto difícil da modernidade.

Carlos Monteiro disse...

Bôa noite cáro djustino!

Eu não perssebo muinto de iducassão mas çó cria diser que o tal post ficou uma grande caldeirada. E como o têma paresse que dá audiensia ao blógue, apruveito pra referir que o toni é meu camarada lá no blogue e que podein continuar a discussão lá, que ele tambéin já lá colocou um post.

está em tonibler.blogspot.com

Nóta: pésso desculpa plo português. Estudei no ensino publico...

Carlos Monteiro disse...

Ai cim?

Eu ás vezes tróco umas ideias com o Prof.djustino e agora çó estava a convidar para irem lá a casa, não vale a pena ficar de mau umor!

Carlos Monteiro disse...

Corressão: "fássil"


:-)

Estou a pedi-las não estou?...

Mas vou tentar contribuir construtivamente para a discussão. Noto em toda esta discussão uma posição corporativista dos professores. Continuam a defender-se em bloco, a atacar em bloco, admitem que existem maus professores, que há manipulação dos sindicatos, sem no entanto se demarcarem deles.

Seria interessante ver quem da clase está interessado em dar um passo à frente, com vista à resolução do problema, se é que ele existe.

Carlos Monteiro disse...

Nada mais errado, essa da avaliação pelo aspecto exterior. Pode ter o embrulho mais bonito, mas se na prática demonstrar pouco conteúdo, grelhou.

Pelo tem sido a minha experiência até à data.

Na mesma linha, pode ser uma pessoa cheia de qualidades, que se vender mal a imagem, grelhou na mesma. Daí que continuo à espera que os "bons valores" que exitem na classe dos professores se demarquem dos sindicatos que marcam greves às sextas. Mas pelos vistos vou esperar sentado...

Adkalendas disse...

Pode esperar sentado, mas é preciso estar no local certo.
Por várias vezes me opus publicamente a greves à Sexta Feira.
Quer em assembleias sindicais, que no Blog onde escrevo.
Mesmo no seio dos sindicatos há professores que votam contra greves à Sexta Feira, mas a maioria é a maioria...

tsiwari disse...

Acabo de saber que o Sr. Secretário de Estado da Educação , Dr. Valter Lemos, está a promover umas reuniões com os Presidented dos Conselhos Executivos das Escolas e Agrupamentos para avaliar o impacto da recentes medidas na vida das escolas.
Parece-me positivo...
Ao mesmo tempo, interrogo-me: O que será que pensa que vai encontrar nestas reuniões o Sr. secretário de Estado?? Que fará ele do que encontrar??

A abertura ao diálogo só tem algum valor se do diálogo resultarem medidas em conformidade...

Espero ansioso tais reuniões. E os resultados das mesmas.

Carlos Monteiro disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.