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terça-feira, 26 de julho de 2005

Ministro da Economia na Ordem dos Economistas


O Dr. Manuel Pinho esteve ontem na Ordem dos Economistas a apresentar o seu Plano de Investimentos Prioritários.

Aspectos positivos:
a) enorme assistência: sala à cunha
b) muito grande participação: segundo o moderador, foram colocadas 37 questões ao Ministro
c) boa exposição inicial do Dr. Manuel Pinho

Aspectos negativos:
a) a maioria das questões colocadas ficou por responder.

Ao que me lembro, e entre outras, não foram respondidas ou não foram cabalmente respondidas as questões colocadas sobre os seguintes pontos:
.Lógica do esforço de investimento público versus apoio ao investimento privado à produção de bens transaccionáveis e para exportação
.Justificação do esforço de investimento público, com motor do crescimento, quando as evidências das economias que mais têm crescido negam esse facto
.Justificação da insistência do esforço de investimento público, quando foi o próprio ex-Ministro das Finanças, Prof. Campos e Cunha que referiu que às altas taxas médias de investimento público, em Portugal, nos últimos 20 anos, tem correspondido um crescimento médio medíocre da economia.
.Justificação da introdução da alta velocidade em Portugal, como forma de não ficarmos isolados na Europa, segundo o Ministro da Economia, face á poupança de meia-hora no trajecto Lisboa- Porto: é esta meia-hora que provoca o isolamento?
.Se a alta velocidade traz rapidez, o Aeroporto na Ota torna mais demorado o acesso a Lisboa ou de Lisboa à Europa, em relação à actual situação. Como tal, a rapidez não parece argumento decisivo.
.Custo de exploração do TGV e do Aeroporto e custo a pagar pelos contribuintes
.Impacto sobre o emprego
.Posição da Comissão Europeia veiculada há dois dias sobre o impacto no défice
Etc, etc

O Dr. Manuel Pinho utilizou três argumentos principais: a comparação com Espanha, nomeadamente no que se refere ao seu Plano de Transportes, cerca de 240 mil milhões de euros de intenção de investimento até 2020, a comparação do peso do investimento público em relação ao PIB, na Coreia, Irlanda e Espanha e a inconveniência de decidir os projectos de tal envergadura apenas no último ano da actual legislatura.
Como tal, a sua decisão, neste momento, visaria aumentar a confiança dos agentes económicos.
“En passant”, o Ministro também foi dizendo que o esforço de investimento nas infraestruturas de transportes não será grande nos próximos anos, apenas 0,9% do PIB.
Podemos estar descansados!...

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