A proposta do Orçamento de 2011 inclui o corte do subsídio de refeição dos trabalhadores do sector público no excedente ao montante do subsídio de refeição que é pago em geral aos funcionários públicos – 4,27 euros/dia. Se esta medida avançar teremos trabalhadores que só por via deste corte terão variações no seu salário mensal de cerca de 20%. São justamente os trabalhadores com salários mais baixos que mais sofrerão com esta medida.
Se não vejamos:
- Um trabalhador com um salário mensal de 500 euros que tem direito a um subsídio de refeição de 10 euros/dia, que corresponde a um montante mensal de 220 euros.
-Terá um corte no subsídio de refeição de 5,73 euros/dia, que corresponde a um montante mensal de 126,06 euros.
- No final do mês em lugar dos 720 euros que hoje recebe, só terá direito a 594 euros. Sofrerá uma redução salarial de 18%. Se as contas foram feitas em relação ao salário líquido, então o corte atinge 20%.
Trata-se de uma medida chocante, como muitas outras que se traduzem em cortes nos rendimentos e nas prestações sociais e no aumento de impostos, com efeitos dolorosos que trarão muito desespero às famílias que já hoje vivem com muitas dificuldades.
No final de Outubro, depois de esta medida ter sido denunciada publicamente por várias entidades, vieram a público notícias de que o Governo iria recuar no corte do subsídio de refeição tal como consta da proposta do Orçamento.
Nunca mais se ouviu falar deste assunto. Esperemos que o silêncio, de lá para cá, seja sinal de que efectivamente a medida não vai para a frente e que os trabalhadores serão poupados a mais esta brutal amputação do seu “ganha-pão”…
Se não vejamos:
- Um trabalhador com um salário mensal de 500 euros que tem direito a um subsídio de refeição de 10 euros/dia, que corresponde a um montante mensal de 220 euros.
-Terá um corte no subsídio de refeição de 5,73 euros/dia, que corresponde a um montante mensal de 126,06 euros.
- No final do mês em lugar dos 720 euros que hoje recebe, só terá direito a 594 euros. Sofrerá uma redução salarial de 18%. Se as contas foram feitas em relação ao salário líquido, então o corte atinge 20%.
Trata-se de uma medida chocante, como muitas outras que se traduzem em cortes nos rendimentos e nas prestações sociais e no aumento de impostos, com efeitos dolorosos que trarão muito desespero às famílias que já hoje vivem com muitas dificuldades.
No final de Outubro, depois de esta medida ter sido denunciada publicamente por várias entidades, vieram a público notícias de que o Governo iria recuar no corte do subsídio de refeição tal como consta da proposta do Orçamento.
Nunca mais se ouviu falar deste assunto. Esperemos que o silêncio, de lá para cá, seja sinal de que efectivamente a medida não vai para a frente e que os trabalhadores serão poupados a mais esta brutal amputação do seu “ganha-pão”…
12 comentários:
Bem, se calhar o melhor é ir trabalhar para outro lado. A medida correcta seria cortar 50% a todos para que todos fossem trabalhar para onde são produtivos.
Neste caso, a única injustiça é uns receberem €4,27 e outros receberem €10,00.
O dinheiro, corrompe a alma, instiga a ganância, gera agressividade, origina afastamento.
Quando formos capazes de trocar o que ganhamos, por aquilo de que necessitamos, deixará de existir lucro, provávelmente, passará a existir equilíbrio.
Cara MCAguiar
Com medidas como esta quem ainda tem dúvidas que o nosso estado é um ente predador e rapinante?
Cumprimentos
João
Caro LPL
Fiquei curiosa de saber porque é que acha que é uma injustiça haver diferenças? Não é só no subsídio de refeição que há diferenças.
Caro Tonibler
Se tivéssemos a economia a funcionar, com investimento e criação de emprego, seria mais fácil resolver o problema dos funcionários públicos a mais e dos funcionários públicos a menos que se fazem sentir em determinadas áreas. Os recursos estão mal distribuídos. Não são os únicos, a riqueza também.
Caro Bartolomeu
O esbanjamento de dinheiro gera, num momento seguinte, a falta dele. E para resolver o problemas nada como cortar a eito e nivelar por baixo, deitando por terra a já de si frágil cultura de trabalho, responsabilidade e mérito.
Caro joao
E que está a fazer muito mal ao País, às pessoas.
e vergonhoso ainda fazerem greve geral ide trabalhar sejam responsaveis ! o pais esta em cacos ainda se choram por terem de levar um corte de 5 euros no sbsidio de alimentaçao.
eu trabalho no privado e ganho por dia 3.85 em sbs almoço
nao me choro ! o melhor era o pessoal que vai para a greve da função publica fosse para o privado para ver comos era a vida!
cambada de ingratos mamadeiras dos impostos dos contribuintes mas todos politicos abutres corja de boys e funcionarios e sindicatos
Cara Margarida,
Se esta gente não for trabalhar para outro sítio, a economia não vai funcionar, porque esse sítio não é proveitoso para ninguém. Tem que se cortar forte nos ordenados do estado para as pessoas irem procurar trabalho a outro sítio.
Concordo com a Margarida, é uma medida arbitrária e incompreensível que tem os efeitos distorcidos que refere.
Cara Suzana,
E os efeitos nos mais de 600 mil que vão caindo no desemprego, para que estes não tenham quebras no subsídio de almoço? Parecem-me mais distorcidos...
Cara Margarida,
Deixe-me tentar satisfazer a sua curiosidade.
Com o meu último comentário não quis pôr em causa o facto de existirem diferenças. Acho até que as diferenças (em especial as remuneratórias) deviam ser até mais expressivas, se justificadas pelo mérito, competência, quantidade de trabalho, etc...
Contudo, não posso deixar de admitir a redução dos subsídios de refeição mais elevados, como uma medida justificável perante a situação de crise financeira actual.
Cumprimentos,
Caro LPL
Fiquei a perceber o seu ponto de vista. Mas uma vez que aceita o princípio da diferenciação, e muito bem, deixe-me acrescentar o seguinte. A limitação do subsídio de refeição nas empresas públicas, assim como de outras compensações, como por exemplo as ajudas de custo, aos montantes praticados na Administração Pública introduz disparidades aberrantes entre empresas do mesmo sector, fazendo tábua rasa das diferentes políticas de recursos humanos prosseguidas pelas empresas e da própria negociação colectiva que se desenrolou ao longo de muitos anos.
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