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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ainda o relatório do FMI

Margarida Corrêa de Aguiar tem razão. As propostas para a reforma da Administração prestadora têm de ser objeto de debate. Mas não há debate possível sem o conhecimento primeiro e, depois, uma análise séria das propostas setoriais e seus pressupostos. Algumas apreciações vão aparecendo, isentas das habituais ideias feitas, lugares comuns e chavões de que se faz entre nós, infelizmente, a ponderação pública das soluções apresentadas para um diagnóstico cuja negação de alguns só por estupidez pode ser explicada. Recomendaram-me a leitura de um texto de Pedro Pita Barros sobre as propostas constantes do relatório relativamente ao SNS. É essa recomendação que aqui repasso, pois corresponde a uma opinião fundamentada que vale a pena ler. 

5 comentários:

Unknown disse...

Nesta fase, graças à acção desta comunicação social, o debate será boicotado...
Um dia, aquele partido que se denomina socialista, vai ter de fazer cortes similares aos que o relatório do fmi refere (a realidade a isso vai obrigar). Nesse momento, o frenesim da comunicação social vai virar a agulha e mostrar ao cidadão qualquer coisa como o seguinte: se não cortarmos 50.000 - 100.000 funcionários, é toda estrutura, composta talvez por uns 700.000 funcionários e suas famílias, que pode colapsar. Jornalistas e comentadores, encarregar-se-ão de recordar que seria irresponsável, ignorar esse evidência...
Os cortes passarão então a ser necessários para assegurar a sobrevivência do Estado Social. O povo, mais conformado, viverá menos revoltado.
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2012/12/saber-comunicar-o-glamour-da-esquerda.html

Tonibler disse...

A cara Margarida tem razão, mas é tudo inútil.

Então o outro infeliz diz que se cortarmos um subsídio aos funcionários públicos que isso configura uma situação de desigualdade, cai o Carmo e a Trindade se "o capital não sofre as mesmas taxas que o trabalho" e todo o tipo de manifestação histérica do género vindo de toda a gente que risca alguma coisa no estado português e que lhe ameaçam cobrar mais um euro de imposto... e vamos debater o relatório do FMI com despedimentos e cortes nos salários, etc.? O melhor é estarmos todos quietos, ir fazer aquelas coisas que fazemos e, quando isto fechar, chamem-nos outra vez.

Aquilo que vale a pena no relatório do FMI é perceber que:

1. Têm razão no geral, mas isso já sabíamos;

2. NUNCA nada daquilo passará pelas chefias do estado.

Portanto, vamos deixar-nos de paridas inconsequentes, quando resolverem fechar, chamem-se outra vez.

Floribundus disse...

na esquerda ninguém quer descutir seja o que for
todos têm os seus inabaláveis dogmas

siga o enterro

Suzana Toscano disse...

Excelente link, caro ferreira de Almeida, vale bem a pena ler.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário, boa sugestão, um excelente contributo de quem sabe para o desejável debate.