Ouvindo as declarações de um certo banqueiro por estes últimos tempos particularmente loquaz, veio-me à memória o poema de Pessoa sobre os pedintes que somos. Encontrei uma versão dita pelo génio que foi João Villaret. Partilhado e com dedicatória.
Quando esta política de austeridade imposta terminar e todos, todos, formos pobres, estoicamente pobres, então o Sr. Ulrich, vai certamente perceber o verdadeiro sentido da palavra pobreza... na condição.
O que o Ulrich quer dizer, nos seus modos pouco inteligentes é "o que é que de falido ainda não entenderam?"
Só há duas hipóteses, ou acaba-se com o estado português, despedem-se os funcionários todos e resolvemos o problema com a Europa. Ou continuamos com o estado português e pagamos a dívida. E quem vai pagar a dívida são os portugueses. Não são os ricos, não vai ser a Merkel, não vão ser as agencias de rating.
Voltando à expressão do Ulrich, não aguentam? Aguentam. Senão fecha-se.
A poesia não é, de facto, para certos banqueiros entenderem, bem sei. Nem se calhar é para quem entende tão bem a linguagem de banqueiros. Eu, que já desisti de perceber o que pelos vistos todos já entenderam (que o País está falido, que não há esperança, que o nivelamento deve ser pela indigência, etc, etc,), refugio-me no conforto da poesia...
5 comentários:
Quando esta política de austeridade imposta terminar e todos, todos, formos pobres, estoicamente pobres, então o Sr. Ulrich, vai certamente perceber o verdadeiro sentido da palavra pobreza... na condição.
Muito bem lembrado...
Infelizmente nem todos somos sensíveis à realidade que se desenrola perante os olhos...
O Sr. Ulrich já demonstrou por várias vezes não perceber muito bem esta coisa da macroeconomia .
Parece que não entender que os consumidores sem emprego não pagam dividas.
O que o Ulrich quer dizer, nos seus modos pouco inteligentes é "o que é que de falido ainda não entenderam?"
Só há duas hipóteses, ou acaba-se com o estado português, despedem-se os funcionários todos e resolvemos o problema com a Europa. Ou continuamos com o estado português e pagamos a dívida. E quem vai pagar a dívida são os portugueses. Não são os ricos, não vai ser a Merkel, não vão ser as agencias de rating.
Voltando à expressão do Ulrich, não aguentam? Aguentam. Senão fecha-se.
A poesia não é, de facto, para certos banqueiros entenderem, bem sei. Nem se calhar é para quem entende tão bem a linguagem de banqueiros. Eu, que já desisti de perceber o que pelos vistos todos já entenderam (que o País está falido, que não há esperança, que o nivelamento deve ser pela indigência, etc, etc,), refugio-me no conforto da poesia...
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