Quando se vive muito aprendemos a ver as coisas de uma forma bastante diferente. Sempre suspeitei que com a idade iria aprender e saber coisas que não se aprendem e nem se sabem quando se é novo. É preciso chegar àquela "idade". Ficamos admirados como é que entendemos e interpretamos o que se passa à nossa volta. Sentimos que somos mesmo diferentes. Para melhor? Sim, num certo sentido para melhor, mas também mais fragilizados, não em termos meramente físicos mas em termos de vida presente e futura. Adquirimos um certo à-vontade embrulhado em ansiedade e enfeitado com belos laços de resignação. Uma prenda única, diferente de tudo o que experimentámos ao longo da vida. As pessoas olham-nos de maneira diferente e nós vemos as coisas como elas realmente são. Penso que é a antecâmara da idade da sabedoria. Tudo nos inquieta, mas perante as inquietações, tristezas, tragédias e misérias da vida, conseguimos manter uma aura de dignidade, quem sabe se não é uma forma de resolver aquilo que não tem solução.
Sinto-me diferente, tão diferente que julgo não ser o mesmo, ou, então, acabei por me encontrar sem esquecer os sentimentos, as experiências e as vivências de outras épocas, que me alimentam, que me acalentam e que me fazem sonhar. Tudo caldeado na mente que acaba por impor um estranho ritmo de pensar e de decidir. Pequenas coisas sem importância passam a adquirir um estatuto e uma grandiosidade nunca imaginada, enquanto outras, tão valorizadas, tão veneradas e tão desejadas acabam por remeter-se ao seu verdadeiro plano, a insignificância.
É muita estranha a minha forma de pensar de hoje versus a que me acompanhou durante toda a vida. Mesmo as experiências triviais, novas no tempo e velhas na forma, são diferentes, e esperam a minha opinião. Tenho que a dar e tenho que me explicar. Sim, porque no final tenho de encontrar uma explicação para mim e viver com ela...
Sinto-me diferente, tão diferente que julgo não ser o mesmo, ou, então, acabei por me encontrar sem esquecer os sentimentos, as experiências e as vivências de outras épocas, que me alimentam, que me acalentam e que me fazem sonhar. Tudo caldeado na mente que acaba por impor um estranho ritmo de pensar e de decidir. Pequenas coisas sem importância passam a adquirir um estatuto e uma grandiosidade nunca imaginada, enquanto outras, tão valorizadas, tão veneradas e tão desejadas acabam por remeter-se ao seu verdadeiro plano, a insignificância.
É muita estranha a minha forma de pensar de hoje versus a que me acompanhou durante toda a vida. Mesmo as experiências triviais, novas no tempo e velhas na forma, são diferentes, e esperam a minha opinião. Tenho que a dar e tenho que me explicar. Sim, porque no final tenho de encontrar uma explicação para mim e viver com ela...
1 comentário:
Terá o caro Professor aberto a porta de entrada na "Idade de Ouro"?!
Aproveite ao máximo essa aura, meu amigo, poucos são os que chegam a vive-la porque dela não ganham consciência.
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