Um certo Costa acaba de descobrir o ovo de Colombo para nos tirar da crise. O ovo consiste simplesmente na criação de riqueza. Simples e óbvio. E ainda ninguém tinha reparado!...
Criação de riqueza como contraponto à governamental opção de aumentar impostos, diz Costa. Chama-lhe mesmo terceira via que, só por si, logo indica rapidez. Cria-se riqueza e a crise logo desaparece. Uma terceira via toda simplex.
Temos estadista!...
PS: Reparei depois que Costa acrescentou que não exclui o aumento de impostos. Ora bolas: afinal uma medida alternante que não dispensa a alternada... Coisa de alterne?
17 comentários:
Vai-se dar bem com o Cavaco, este.
Como bem sabem todos os que o conhecem minimamente este senhor é um produto de marketing misturado com boa imprensa.
Porque para além "espuma" existe apenas um imenso vazio.
Se ele chegar a líder do PS, no âmbito de um processo em que deixou bem à vista o seu carácter e de muitos dos seus apoiantes, logo se verá a verdadeira dimensão da "peça".
Sim, vai-se dar bem com o Cavaco, este...
Revelo o segredo. António Costa venceu a indecisão depois de encontrar o livro que lhe fez ver a luz. Aqui vai:
"Como Usar o Poder da Mente para Criar Riqueza e Sucesso" - Edição revista e atualizada pelo Dr. Arthur R. Pell de Joseph Murphy, 2008
Coleção: O Poder da Mente
Criar riqueza por decreto.É esta a terceira via e os meus amigos sabem bem quanta sabedoria há nisto...
Criar riqueza por decreto.É esta a terceira via e os meus amigos sabem bem quanta sabedoria há nisto...
Pois é. Nesta coisa de impostos nem todos são iguais. Haverá impostos que recaem sobre o capital e outros que recaem sobre o trabalho. Possivelmente Costa entende que poderá aumentar impostos sobre o capital e reduzir impostos sobre o trabalho, fiel à sua doutrina social-democrata. Não há portanto qualquer contradição, coisa que provavelmente o Pinho Cardão conhece mas propositadamente omitiu.
Uma outra coisa que o governo tem mistificado até mais não, é a questão que vem constantemente colocando (com ar arrogante sabichão) à oposição e que é esta – “se não diminuírem os salários e pensões e se não aumentarmos os impostos, aonde é que se arranja dinheiro para cumprir com as metas do défice?”
Pois, só que o governo parece desconhecer uma coisa da economia que se chama curva de Laffer. E o que acontece é que desde há muito que já ultrapassamos o “ponto de equilíbrio. Tal significa que se diminuirmos a austeridade e os impostos, especialmente aqueles que têm mais impacto na Procura, teremos uma maior receita fiscal. Claro que para aqueles que tiraram os seus diplomas em certas “universidades” muito difícil se torna compreenderem tal coisa, aparentemente paradoxal. Basta portanto ao governo “deixar de escavar” no buraco da austeridade para haver crescimento económico. O que nos leva a uma outra questão. Não é o crescimento económico o primeiro objectivo do governo, se o fosse desde há muito ele teria parado com a austeridade dado os maus resultados económicos sucessivamente obtidos. O governo e os seus apoiantes estão mais interessados em liquidar o estado social independentemente das consequências económicas daí decorrentes. Buscam uma alteração do modelo social e económico do país, buscam um novo modelo económico e social decorrente das doutrinas de Friedman e Hayek. É isto que o governo verdadeiramente busca em primeiro lugar com as suas políticas. Tão só. O resto é conversa fiada.
O Dr. António Costa tem de "inventar" outra porque, segundo a notícia do "JN", em Portugal, nascem mais novos-ricos... que crianças. Falta-nos ouvir o nosso Presidente da República perguntar: O que é preciso fazer para que em Portugal nasçam mais crianças e menos ricos? - Talvez se colocasse a pergunta ao jornalista Henrique Cymerman, tal como o Papa lhe perguntou o que poderia fazer para estabelecer a paz no médio oriente, o nosso PR, conseguisse um conselho... acertado... quem sabe... às tantas, as respostas surgem de onde menos se espera.
« O número de multimilionários em Portugal - com fortunas superiores a 25 milhões de euros - aumentou 10,8% no último ano. Segundo os dados do banco suíço UBS, são já 870 pessoas nessa condição, apesar da crise que se vive no país.
O "Relatório de Ultra Riqueza no Mundo 2013" confirma que em Portugal não só cresceu o número de multimilionários como aumentou o valor global das suas fortunas, de 66,6 mil milhões para 74 mil milhões de euros (mais 11,1%).
Segundo o estudo o crescimento de multimilionários em Portugal, um dos países mais flagelados pela crise na Europa, foi maior do que a média europeia quer em número (8,7%), quer em valor (10,4%).
Segundo o relatório da UBS, no que ao valor total das maiores fortunas diz respeito Portugal surge em décimo terceiro entre os países da Europa. Já no que toca ao número de multimilionários, o país ocupa o 12.0 lugar.»
A resposta a essa pergunta é óbvia caro Bartolomeu. Quando se cobra impostos cobra-se a todos, quando se faz despesa faz-se sobre aqueles que têm condições de prestar o serviço que o estado quer prestar ou o investimento que o estado quer fazer: os mais ricos, que é quem ganha, porque é quem tem condições de ganhar, os serviços públicos. Viva o socialismo! Mas vá lá dizer isto aos seus amigos comunas do CDS ao BE...
Lá obvia é, mas apesar de tão óbvia, esbarra no pavilhão auricular de quem nos... (ai o que eu ia escrever...) lixa com esses tais impostos, ou como disse Barra da Costa na "TVI" - "Não foram os trabalhadores contribuintes que destruíram o país e o faliram, foram os psicopatas que nem sequer estão na cadeia" - Enquadre-se (a gosto) no termo psicopatas aqueles que acharmos mais adequados ao desempenho do "cargo".
Sim, a melhor justificação para a independência de Portugal é o facto de nada do que nos acontece é realmente culpa nossa. É fantástico! É um povo inteiro a fugir pela porta do restaurante para não pagar a conta!
A histíria repete-se: Tivemos o crescimento de Seguro, agora a riqueza de Costa. A propósito, escrevi no meu blog "Será que os anjos têm sexo?":
«António Costa descobriu e anunciou com ar prazenteiro e muito satisfeito consigo próprio que as medidas do Governo para redução do défice não são aceitáveis pois se reduzem à diminuição da despesa ou ao aumento da receita, quando afinal há uma terceira via. Ao ouvir tais declarações fiqueri espectante e atento para saber qual a descoberta de AC. Afinal a 3.ª via é, por outras palavras, exactamente a que Seguro tem defendido desde pelo menos 2012: a via do crescimento. AC chama-lhe a via de aumento da riqueza, mas é a mesma coisa. Afirmei aqui em 2012 que para se atingirem os défices a que estamos obrigados seriam necessários crescimentos verdadeiramente estratosféricos, completamente fora das possibilidades. E, como Seguro insistiu na asneira, demonstrei-o em 2013 com umas simples contas.
Agora António Costa apresenta a mesmíssima solução (falsa solução) chamando-lhe aumento da riqueza em vez de crescimento [do PIB] como se fosse uma ideia original e inédita. Se é assim que pretende demonstrar as suas diferenças em relação a Seguro, só mostra que não tem memória, andava desatento ou nos quer aldrabar.
Mais uma vez, para continuar a reduzir o défice, conforme estamos obrigados, e que seria necessário mesmo sem qualquer tratado ou memorando, já que a manutenção de défices elevados faz aumentar a dívida e é insustentável a prazo, a via do crescimento ou, o que é o mesmo, do aumento da riqueza, exigiria crescimentos impossíveis.
As contas são semelhantes às que apresentei em 2013. Qual terá de ser o PIB em 2015 para que 2,5% desse valor não seja superior ao défice actual? Ou qual terá de ser o PIB em 2016 para que 0,5% desse valor não seja superior ao défice de 2015? Como diria Guterres: É fazer as contas. Os cálculos são independentes do valor absoluto do PIB. Basta ter em conta os valores do crescimento do PIB e do défice. Dando o valor de 100 para o PIB de 2014 (que, de acordo com as previsões deve corresponder a cerca de 166 mil milhões de euros), e tendo em consideração o crescimento previsto de 1,1%, teremos um valor de 101,1 em 2015. Para não aumentar a receita nem reduzir a despesa do Estado, o valor do défice em 2015, em valor absoluto, não pode ser superior ao de 2014, ou seja 4% do PIB, 4 em valor absoluto. Como o défice só pode ser 2,5% do PIB, o crescimento de 1,1% é insuficiente; só um crescimento de 60% permitirá que 4 seja 2,5% do PIB em 2015. Este é um valor claramente impossível. Vamos agora ver que crescimento será necessário em 2015 para permitir um défice de 0,5% do PIB em 2016, ou seja, que um défice de 4, na mesma escala de PIB 100 em 2014, seja 0,5% do PIB de 2016. A impossibilidade é ainda superior, se é que uma impossibilidade pode ser superior a outra: O crescimento teria de ser de 400%.
Falando agora em euros, o PIB em 2014 de cerca de 166 mil milhões de euros teria de atingir 840 mil milhões de euros em 2016 para que o défice previsto para 2015 de 4200 milhões de euros fosse apenas 0,5% daquele último valor. A terceira via de Costa não é simplesmente viável.
Como não sou economista, admito que o meu raciocínio esteja errado. Muito agradeceria a quem me corrigissse, se for o caso. Se esse quem for António Costa, pedir-lhe-ei perdão. De qualquer modo, sempre gostava de saber qual a ideia dele para aumentar a riqueza.»
António Costa tem a solução para a recessão, é apostar no crescimento. Eu tenho a solução para o aquecimento global, é apostar no arrefecimento. O Paulo Bento tem a solução para as derrotas de Portugal, é apostar nas vitórias. No fundo, este país é um país cheio de soluções.
A melhor "estratégia" coube ao Presidente da República, quando encarregou a seleção de carregar para o Brasil com os sonhos dos portugueses. Agora que ficámos com as cabeças vazias... vamos poder voltar a enche-las com as novas porcarias que de um lado e de outro, os políticos nos queiram oferecer.
O António Costa precisa que lhe recordem uma frase de uma senhora de que ele não deve gostar nada, mas que sabia disto mais do que ele : "You don’t grow richer by ordering another chequebook from the Bank".
E a 3ª via de que ele fala é capaz de estar relacionada com as miseráveis alterações de trânsito que ele tem vindo a efectuar na Av. da Liberdade, em Lisboa, com faixas laterais percorridas em sentido contrário. Está a repetir as asneiras do Krus Abecassis, que se pensavam definitivamente corrigidas, embora tenha restado a Rua Viriato, uma verdadeira armadilha para peões.
Reveja as contas. Basta crecer 3% em 2015 e 4% em 2016 (assumindo que se mantem a receita em % do PIB e a despesa igual em termos reais). Ou mantendo despesa nominal, chegarao 2% e 2,5%. ou 3% em 2015 e 2016. De qq forma, se a receita é riqueza, quem consegue por decreto 3% tb consegue 60%, é so aplicar mais da mesma receita. Nem se percebe pq O municipio de Lisboa nao é ja o mais rico do mundo, se calhar ainda nao se tinha lembrado disto...
Caro Jorge Oliveira:
Ele nem sabe, nem sonha...pelo que seria perda de tempo recordar-lhe. Talvez ensinar-lhe, mas duvido que tivesse interesse em aprender.
Caro Joao Antunes:
Essa está óptima!...
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