Ainda Passos Coelho ia apresentando o programa do PSD/CDS às próximas eleições e já uma estação televisiva anunciava levas de comentadores e analistas, de jornalistas e pensadores, de cientistas, políticos e de outras etiologias, que nos iriam traduzir o que fora dito.
Fui jantar, mas estou crente que, a esta hora, já nada resta do que Passos disse. O discurso já foi desfeito, refeito, destruído e reconstruído, alterado, desconjuntado, hiperbolizado, diabolizado, eventualmente idolatrado, certamente vilipendiado.
Produtos estruturados ao sabor dos particulares interesses de quem os apresenta, estes comentários são mais tóxicos do que os mais tóxicos produtos bancários. Com a agravante de dizerem que isso é pluralismo informativo. E com o desplante de fazerem de nós todos tolos e incapazes de atingir a profundidade da mensagem, privilégio só acessível a tais sumas individualidades.
Por isso, pura e simplesmente deixei de os ver. Ainda não preciso de tradutor ou conselho político, muito menos televisivo.
2 comentários:
Caro Pinho Cardão,
Peço desculpa, mas a terapia correcta é nem sequer saber que eles existem....
Segui, à risca, a recomendação do Pires da Cruz...esses comentários foram coevos da minha mais completa surdez.
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