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domingo, 29 de maio de 2011

Sem ruído

5 comentários:

Bartolomeu disse...

... sem ruído, e não só!
Junto ao local de onde presumo esta foto foi obtida, aninha-se o convento de Nossa Senhora da Arrábida, construído lá pelos idos de quinhentos e pertencente aos frades da Ordem de S. Francisco.
Neste convento, foi ressuscitado um homem, era rei de Portugal.
;)
Arrábida e Sintra, são duas serras sagradas... o mais natural, é que, todos os que as visitam encontrem nelas o local ideal para a meditação e a introspeção.
Aproveite, caro Dr. Ferreira de Almeida.
Bom passeio!
;)

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Belíssima fotografia, lá em baixo o Portinho da Arrábida e a Pedra da Anicha!
Durante muitos anos, nos tempos da minha juventude, passei o mês de Agosto na Arrábida, numa casa que ficava na montanha de frente para o mar. Do terraço desta casa aprendi a ver o mar a perder de vista, a apreciar a natureza e o silêncio da noite. Naquela época não faltavam os golfinhos e os passeios de barco.
No Verão tenho tido a possibilidade de revisitar a Arrábida, mas entrando pelo mar. A beleza não é menor.
Estou com o Bartolomeu, aproveite bem José Mário!

Bartolomeu disse...

Ah!!! a Drª Margarida conhece de nome a enigmática, a misteriosa Pedra da Anicha...
Tambem eu conheço bem toda a orla da serra da Arrábida, as enseadas, as praias, etc. Adoro aquele mar que, em frente ao Portinho está semeado de baixios, bancos de areia. Certo verão, ao final do dia, pretendi entrar no Portinho com um veleiro de 15 metros, depois de ter ficado preso num dos baixios, até a maré subir. Quando finalmente a quilha se soltou das areias, já soprava uma nortada de impor respeito e, devido à acção da serra, o vento não soprava constante, quer em força, quer em direcção. Depois de duas tentativas falhadas para entrar à vela no Portinho, decidi deixar o barco descaír um pouco mais no sentido de Setúbal e depois entrar, paralelamente à costa.
Vi-me então forçado a passar entre a Pdra da Anicha e a orla da serra, fazendo gincana por entre os rochedos submersos. Quando finalmente entrei no Portinho, não encontrei amarração disponível para fundear. Apesar de navegar somente com a vela pequena, devido à força do vento, o barco levava bastante velocidade. A solução foi apontar ao restaurante ao fundo que tem uma varanda assente em estacaria e já muito perto, fazer um bordo e contornar pelo lado oposto, até encontrar a tal boia. A esplanada encontrava-se repleta e as pessoas que se encontravam às mesas, quando se aperceberam do barco a navegar na sua direcção, a toda a velocidade, trataram imediatamente de se "por- a-milhas". Foi uma cena de filme. Na altura não achei grande piada, pois estava a ver que não me safava sem espatifar o barco. O mais engraçado, aconteceu quando meia-hora depois, me dirigi ao mesmo restaurante para jantar e um velho loubo do mar, uma figura típica do Portinho, um homem de idade avançada, umas longas barbas, e uma generosa barriga, com o ar mais sorridente deste mundo, me veio felicitar pela manobra. acabou a jantar com a equipe, demonstrando a sua perícia a despejar canecas de cerveja.
;)))))

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Não lhe conhecia a faceta de velejador. E que grande velejador! Essa história é fantástica. Mas que grande aventura! Não desistiu da vela e provou ser capaz de tornear a maré e o vento. Uma solução possível, permita-me Caro Bartolomeu, teria sido enrolar a vela e ligar o motor, a menos que não tivesse tempo ou estivesse sozinho e em grandes dificuldades.
No Verão costumo fazer o passeio Sesimbra-Arrábida num veleiro de uns amigos que têm o barco fundeado justamente na marina de Sesimbra. Partimos pela hora do almoço e regressamos com o pôr-do-sol. É verdadeiramente fantástico, especialmente na volta, com as velas todas abertas a aproveitar o vento que corre ao final da tarde.

Bartolomeu disse...

Cara Drª Margarida, apesar de ser essa a norma, dispenso o mais possível, o uso do motor, porque entendo que o ambiente e som dos elementos naturais, não devem ser perturbados. Ou seja... dispensava; porque já passaram um bom par de anos desde a ultima vez que velejei.
Durante quase 10 anos, ensinei no Clube Naval de Sesimbra, muitas crianças e jovens, a arte de velejar, e, representando o clube, participei em algumas regatas, em snipe.
Quando alude ao mar e ao pôr-do-sol de Sesimbra, sei bem de que fala. E o passeio que menciona, é fantástico, apesar de, naquelas águas, a meio do dia, costumar abater-se uma calmaria que só levanta habitualmente após as 4 da tarde.
Sabe... um dos meus maiores prazeres era correr a todo o pano, ao largo, em frente a Sesimbra, quando caía a nortada.
E depois, hidratar a goela, numa das cervejarias no centro da vila.
;)))