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terça-feira, 10 de outubro de 2006

As Autarquias, a Rede Social e o Roteiro para a Inclusão

Começou hoje mais uma das saídas do Presidente da República até junto dos problemas vivos e reais do País.

O Estado Português assumiu um compromisso com a União Europeia em matéria de promoção da inclusão na Europa.

Foi desenvolvido um Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI) tendo-se, de uma forma mais fina e depurada, sustentabilizado a concretização dos objectivos deste Plano através da Rede Social enquanto plataforma de articulação dos diferentes parceiros públicos e privados num trabalho dinâmico e planeado de intervenção social local .

Acredito profundamente, num quadro de funcionamento de uma rede social, na operacionalidade e acerto das decisões quando tomadas a um nível mais próximo das
populações.

Vem isto a propósito de ontem ter estado quase a tarde inteira numa reunião de trabalho que constou da apresentação, pelo executivo camarário, à Assembleia Municipal, do Plano de Desenvolvimento Social ( neste caso da Câmara do Seixal).

Um documento destes tem o grande valor de apresentar um diagnóstico completo, um levantamento, sobre a realidade social do concelho, grupos, sectores e níveis socialmente mais vulneráveis, por em evidência debilidades e potencialidades e fazer uma análise do trabalho em parceria já desenvolvido através de rede social.

O concelho mais jovem do País debate-se, como seria de esperar e de forma concentrada na parte norte ao traçado da A2, com um real problema de imigrantes( cerca de 15% ), maioritariamente africanos, e de minorias étnicas predominantemente comunidade cigana.

Escolheu bem o Presidente da República, ao deslocar-se ao centro de acolhimento de imigrantes do Seixal.

É muito importante que o poder autárquico se envolva na elaboração de Planos de Desenvolvimento Social enquanto instrumentos de acção que as autarquias deverão monitorizar e avaliar numa partilha de compromisso quer com os parceiros públicos, quer com os privados e com os da rede solidária, no fundo parceiros já representados nos Conselhos Locais de Acção Social e nas Comissões Sociais de Freguesia e articulados aos diversos planos nacionais desde a saúde à igualdade, à inclusão, ao emprego...etc.

É muito importante que em áreas onde o poder decisório é do Governo, se chame a atenção para o grande "Observatório" que é o poder local e para a responsabilidade que não podem alienar; a partir de agora só desejo que os PDS's ( Planos de Desenv. Social ) não fiquem sujeitos às "pressões" dos PDM's.

Será ingenuidade minha? Oxalá não!

3 comentários:

Tonibler disse...

Gostaria de parabenizar o PR (a equipa dele, onde pontuam alguns 4-republicanos...) pela iniciativa de dar visibilidade a alguns trabalhos voluntários de solidariedade menos conhecidos, menos "pop" e com poucas tias.

Tonibler disse...

Cara Jardim,

Parece-me que entendeu o meu post ao contrário.

Eu parabenizei o PR pela iniciativa de dar visibilidade a alguns trabalhos volutários menos "pop"(que não têm cobertura dos media) e com poucas tias(que não têm lobbies que possam dar-lhe visibilidade ou que se dedicam a causas menos aceites).

Carlos Monteiro disse...

Sim... Mas há tias...