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segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Emissões de CO2 aumentam de novo


Para os cépticos está aí a prova de que a variação das emissões poluentes, em especial de CO2, está indissociavelmente ligada ao comportamento da economia mundial. Quando esta arrefece por via da menor produção industrial, assiste-se a uma diminuição. O contrário acontece quando se observa o ciclo económico a entrar em fase ascendente.
As emissões de dióxido de carbono e outros gases tidos como responsáveis pelo fenómeno do aquecimento global diminuiram na década de 90 do século passado com o fim do bloco soviético e a consequente crise industrial verificada nos países de leste. Crise que levou à desactivação de muitas das unidades industriais poluentes nas quais se baseava a economia desses Estados.
A recuperação dessas economias, a que se juntaram os elevados índices de industrialização e de consumo de energia de países como a China e a India, são os factores responsáveis por um novo aumento de 2,4% das emissões de 41 países industrializados entre 2000 e 2004, segundo a ONU. Note-se que o impacto das economias indiana e chinesa não foi considerada no estudo.
Apesar do número de Estados que já subscreveram Quioto e das proclamações políticas de muitos dirigentes.
O que demonstra afinal que o paradigma de desenvolvimento tem de ser necessariamente outro, se quisermos assumir a "verdade inconveniente" dos efeitos deste modelo.

2 comentários:

Adriano Volframista disse...

Dr Ferreira de Almeida

Facto: verifica-se um aquecimento global, constatado pelo aumento da temperatura do planeta.
Facto: não sabemos se este fenónemo é novo ou não;
Porque:
Os modelos existentes utilizam dados que apenas estão disponíveis há menos de 50 anos.
Todos os dados anteriores são menos fiáveis e são incompletos.
Retirar ilacções dos dados actuais é como tentar desenhar o mapa rodoviário português com base em 1/10 dos traçados.
Ninguêm até ao momento conseguiu apresentar, através dos modelos qual era a situação meteorólogica em Portugal no ano 1100, ou 900 AD; como podem prever o futuro?
Deixo-lhe com um enigma:
A Gronelandia foi descoberta no ano de 900.
Gronelandia em germânico e idioma viking quer dizer Terra Verde, quer- me explicar porque lhe deram esse nome e como sustentou, durante mais de 100 anos uma comunidade de mais de 10.000 pessoas?
A Islândia que se encontra mais a sul, foi descoberta cerca de 300 anos antes, quer-me explicar porque lhe chamaram a Terra do Gelo? (Iceland)
Cumprimentos
Adriano Volframista

Anónimo disse...

Meus caros amigos, agradeço os V. comentários e desenvolvimentos.
Ao caro Adriano Volframista direi que obviamente que compreendo e aceito a perspectiva do seu comentário. Se reparar bem no post verificará que tive a cautela de não jurar que o aquecimento global tem como causa, muito menos causa exclusiva, as crescentes emissões de CO2. O que eu escrevi foi o seguinte: "As emissões de dióxido de carbono e outros gases tidos como responsáveis pelo fenómeno do aquecimento global...".
Ora, independentemente de não existir modelo que relacione para além de qualquer dúvida, as emissões com o aquecimento do planeta, a ciência já não discute se a concentração desses gazes na atmosfera é factor de aceleração do efeito de estufa. Discute, isso sim, em que medida o é.
Mas meu caro Adriano, a aquisição mais valiosa dos últimos tempos nas diferentes disciplinas do conhecimento que têm o ambiente por objecto (muito especialmente após a Conferência do Rio de 1992) foi a aceitação universal do princípio da prevenção (ou da precaução, sem que interesse aqui discutir a dirença - que existe e é relevante - entre estes conceitos). Esse princípio diz-nos que, estando em causa as condições de vivência da humanidade, que no extremo colocam a questão da sobrevivência e num plano intermédio a questão do desenvolvimento, quando sobre um determinado factor não exista certeza científica sobre os seus impactos negativos, tudo deve ser feito no sentido de remover o factor de risco. É um bom princípio por razões que se intuem.
É neste plano que situo as humildes opiniões que por aqui me vou entretendo a colocar e a partilhar com que por aqui passa. Sem a pretensão de as ter como verdades, muito menos cientificamente caucionadas, para o que sempre me faltaria conhecimento bastante.