Muhammad Yunus, do Bangladesh, e o Banco Grameen, que fundou, foram hoje distinguidos com o Prémio Nobel da Paz pelo trabalho no desenvolvimento de oportunidades económicas e sociais por parte dos mais pobres entre os pobres, nomeadamente através do microcrédito.
Não tenho dúvidas que este é um prémio bem merecido. Até porque não veio premiar palavras e confortáveis viagens pela paz, como em muitos casos, mas sim relevar essa ideia original da conciliação da solidariedade com a actividade bancária.
Tendo sido responsável pelo crédito numa grande instituição financeira, e embora nessa altura, o microcrédito não estivesse nos objectivos imediatos do Banco, senti a curiosidade, e também o dever profissional de me documentar sobre esta matéria.
Pensava eu também que esta vertente do crédito se justificaria apenas como forma de cumprimento de um dever das grandes instituições financeiras para com a sociedade, pelo que os fundos afectos teriam a característica de fundos perdidos, em termos financeiros.
Verifiquei que não era assim.
Os montantes emprestados, por exemplo para compra de máquinas de costura que permitiam desenvolver confecção de roupas em bairros miseráveis e degradados ou para a compra de triciclos motorizados que permitiam a venda de porta em porta ou pequenos serviços de abastecimentos eram geralmente reembolsados com os ganhos que proporcionavam. Para isso concorria o sentimento dos seus beneficiários de que essa era a única maneira de saírem da pobreza, a que se juntava a “gratidão” por tal se estar a verificar.
Pelo que mal compreendo que os Bancos não entrem determinadamente nesta actividade, se não por razões de rentabilidade em que, por preconceito ou falta de sabedoria, não acreditam, pelo menos como investimento na sua imagem social.
Como economista, congratulo-me com este Prémio Nobel atribuído ao Economista Muhammad Yunus. Creio que o seu trabalho pode ajudar economicamente mais os cidadãos do que todas as contribuições teóricas juntas de todos os Nobeis da Economia.
Não tenho dúvidas que este é um prémio bem merecido. Até porque não veio premiar palavras e confortáveis viagens pela paz, como em muitos casos, mas sim relevar essa ideia original da conciliação da solidariedade com a actividade bancária.
Tendo sido responsável pelo crédito numa grande instituição financeira, e embora nessa altura, o microcrédito não estivesse nos objectivos imediatos do Banco, senti a curiosidade, e também o dever profissional de me documentar sobre esta matéria.
Pensava eu também que esta vertente do crédito se justificaria apenas como forma de cumprimento de um dever das grandes instituições financeiras para com a sociedade, pelo que os fundos afectos teriam a característica de fundos perdidos, em termos financeiros.
Verifiquei que não era assim.
Os montantes emprestados, por exemplo para compra de máquinas de costura que permitiam desenvolver confecção de roupas em bairros miseráveis e degradados ou para a compra de triciclos motorizados que permitiam a venda de porta em porta ou pequenos serviços de abastecimentos eram geralmente reembolsados com os ganhos que proporcionavam. Para isso concorria o sentimento dos seus beneficiários de que essa era a única maneira de saírem da pobreza, a que se juntava a “gratidão” por tal se estar a verificar.
Pelo que mal compreendo que os Bancos não entrem determinadamente nesta actividade, se não por razões de rentabilidade em que, por preconceito ou falta de sabedoria, não acreditam, pelo menos como investimento na sua imagem social.
Como economista, congratulo-me com este Prémio Nobel atribuído ao Economista Muhammad Yunus. Creio que o seu trabalho pode ajudar economicamente mais os cidadãos do que todas as contribuições teóricas juntas de todos os Nobeis da Economia.
3 comentários:
acho que o bcp e a cgd já tem uma linha de microcrédito.acho..lembro-me de ouvir qualquer coisa nos media
O Andarilho
Este prémio foi merecedíssimo. Pena que não acumule com o da economia, face aquilo que mostrou à banca tradicional.
Havendo mercado, havendo uma boa ideia comercial, havendo financiamento como o microcrédito, depende da energia do pequeno empresário, ou empresária, e de um pouco de sorte.
Ver http://ppplusofonia.blogspot.com
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