Há dias, um amigo, a propósito das medidas legislativas sobre o consumo do tabaco, comentou que agora iriam diminuir os problemas de saúde. Comentei que não é bem assim, embora nos países que adoptem as medidas se possa observar uma diminuição da morbi-mortalidade. O verdadeiro problema radica nos países em vias de desenvolvimento, os quais constituem o maior alfobre da indústria tabaqueira. Basta recordar que a estimativa de óbitos devido ao tabaco para o século XXI aponta para 1.000 milhões, contrastando com os 100 milhões observados no século XX.
A indústria tabaqueira tem o futuro garantido, pelo menos durante os próximos 100 anos! Não contentes com estas perspectivas, as “subtilezas” da indústria não ficam por aquelas bandas do terceiro mundo.
A indústria tabaqueira tem o futuro garantido, pelo menos durante os próximos 100 anos! Não contentes com estas perspectivas, as “subtilezas” da indústria não ficam por aquelas bandas do terceiro mundo.
Os limites dos teores de nicotina, e de outros compostos, são obrigatórios, assim como a divulgação dos mesmos. Mas, mesmo assim, as tabaqueiras têm arte e engenho ao conseguirem fazer com que os adictos consumam mais nicotina.
Uma investigação levada a cabo por um departamento de saúde pública norte-americano verificou um aumento de 10% dos valores da nicotina nos cigarros, nos últimos anos, facto que agrava mais a dependência, dificultando as tentativas de deixar de fumar.
As técnicas para aumentar a concentração de nicotina inalada não são de hoje. Algumas companhias já foram acusadas de adicionarem amónia. Alcalinizando o tabaco, aumenta a concentração de nicotina na sua forma básica, e, consequentemente, inala-se mais, agravando a dependência.
Os cigarros são desenhados de modo que os fumadores, ao taparem os orifícios de ventilação, aumentem a inalação da nicotina. Claro que os responsáveis vêm agora afirmar que não tiveram qualquer intenção e que os resultados obtidos são meras variações – normal - da concentração nicotínica do tabaco! Não é fácil engolir esta desculpa. Mas, pelo menos, não vieram com o argumento de que a nicotina melhora os sintomas de depressão nos não fumadores! É verdade, um estudo recente revela que a nicotina melhora a depressão, facto que vai levar os cientistas a tirarem partido deste achado, desde que se consiga obter um composto que não provoque dependência.
Uma investigação levada a cabo por um departamento de saúde pública norte-americano verificou um aumento de 10% dos valores da nicotina nos cigarros, nos últimos anos, facto que agrava mais a dependência, dificultando as tentativas de deixar de fumar.
As técnicas para aumentar a concentração de nicotina inalada não são de hoje. Algumas companhias já foram acusadas de adicionarem amónia. Alcalinizando o tabaco, aumenta a concentração de nicotina na sua forma básica, e, consequentemente, inala-se mais, agravando a dependência.
Os cigarros são desenhados de modo que os fumadores, ao taparem os orifícios de ventilação, aumentem a inalação da nicotina. Claro que os responsáveis vêm agora afirmar que não tiveram qualquer intenção e que os resultados obtidos são meras variações – normal - da concentração nicotínica do tabaco! Não é fácil engolir esta desculpa. Mas, pelo menos, não vieram com o argumento de que a nicotina melhora os sintomas de depressão nos não fumadores! É verdade, um estudo recente revela que a nicotina melhora a depressão, facto que vai levar os cientistas a tirarem partido deste achado, desde que se consiga obter um composto que não provoque dependência.
“Os fumadores são mais propensos à depressão do que os não fumadores”, de acordo com o investigador principal do estudo. Talvez seja uma explicação para a elevada prevalência dos fumadores em muitas situações do foro psiquiátrico e psicológico.
Este achado não legitima que as pessoas fumem ou passem a fumar, como é óbvio, porque se assim fosse ainda éramos capazes de ver a indústria tabaqueira a utilizar o argumento do consumo do tabaco no tratamento e na prevenção da depressão!
Este achado não legitima que as pessoas fumem ou passem a fumar, como é óbvio, porque se assim fosse ainda éramos capazes de ver a indústria tabaqueira a utilizar o argumento do consumo do tabaco no tratamento e na prevenção da depressão!
Não podemos esquecer que, nas próximas décadas, a depressão irá constituir uma das mais maiores epidemias que alguma vez atingiu a humanidade.
8 comentários:
Não. Os que têm tendência para a depressão procuram mais o tabaco. Ou seja, a tendência depressiva é que "leva" à procura do tabaco.
Os efeitos da nicotina no cérebro são semelhantes aos que se verificam com certos antidepressivos.
De acordo com um dos autores as pessoas predispostas à depressão correm um risco duplo de virem a ser fumadoras, e quando começam a fumar têm mais dificuldade em largar o tabaco. A taxa de insucesso no abandono do hábito é mais elevada nos “depressivos” que fumam. Talvez este aspecto possa explicar a enorme dificuldade que alguns sentem, mesmo querendo! É curioso, de facto.
Bate certo com a nossa percepção. Face ao sucesso do meu abandono do vício vários amigos meus copiaram o processo e a técnica. Só parte conseguiu e aquilo que diz "bate" com os casos mal sucedidos.
COF COF!
JardimdasMargaridas
Falta de lucidez? Nem pensar, antes pelo contrário! Eu não fui suficentemente explícito. Agradeço a sua observação, porque permitiu esclarecer melhor o assunto.
Somos hoje expostos às mais diversas situações que levam à doença em geral. Há soluções, por vezes, tão óbvias que escapam aos técnicos, seja para deixar de fumar, para lutar contra a depressão, ou para combater o Alzheimer. Sobre esta li há dias um texto, simples, com exercícios práticos, que por serem tão práticos, não lhes damos atenção devida. Deixo-os aqui tal como os conheci. Já que nãos os posso deixar noutra sequência que não uma destas. E aqui vem a propósito.
Dicas pois, que podem ajudar a escpar ao Alzheimer: não custa fazer os exercícios propostos, e o hemisfério direito do cérebro vai
agradecer.
Ginástica para o cérebro:
Trocar de mão para escovar os dentes é bom para o cérebro.
O simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a concentração, treinando a criatividade e a inteligência e,assim, realizando um exercício de NEURÓBICA. Uma descoberta dentro da Neurociência, vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão das suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que a NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurónios", é uma nova forma de exercício cerebral projectada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de actividades dos neurónios do seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas,obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço contrário;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente;
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- mude de caminho para ir para o trabalho;
A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, invente, faça alguma coisa diferente e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar! Que tal começar a praticar agora, trocando o rato de mão?
Trocar o rato de mão não é fácil... e também ajuda a evitar as malvadas tendinites dos "computadores"!
Enviar um comentário