A prevenção das doenças constitui uma prioridade na qual devem participar os cidadãos e o próprio estado. Os primeiros modificando os seus hábitos e adquirindo estilos de vida saudáveis e o segundo regulamentando no sentido de propiciar as modificações já referidas e impedir as agressões que, diga-se em abono da verdade, pululam como cogumelos. Este fenómeno é o reflexo da ineficácia de quem tem o dever de zelar pela nossa saúde, além de traduzir poderosos interesses de natureza económica sinónimo de “desprezo” pela saúde e bem-estar dos consumidores.
A área das doenças cardiovasculares tem sido uma das privilegiadas, devido ao facto de ser a principal causa de morte no mundo ocidental, e, a breve trecho, também, nos povos em vias de desenvolvimento. No entanto, ainda estamos muito longe de atingir os objectivos, apesar do controlo de muitos factores de risco e da luta contra o tabagismo. Não podemos esquecer que a obesidade e a diabetes têm vindo a crescer de forma muito preocupante, com todas as consequências previsíveis. Significa que, em termos de prevenção cardiovascular, há necessidade de regulamentar a indústria alimentar. No último congresso mundial de cardiologia, realizado em Barcelona, ficou bem patenteado a necessidade de assentar baterias na indústria alimentar, regulamentando certos produtos cujas consequências negativas são bem conhecidas.
A falta de exercício associada a mudanças de hábitos alimentares, caso do consumo de comidas “rápida” e pré cozinhada, ricas em gorduras saturadas, hidratos de carbono e sal deverão ser alvo de atenção por parte das autoridades.
Sabemos que os medicamentos são sujeitos a apertados controlos e exigências de modo a garantir a qualidade. No entanto, no caso de certos alimentos o seu controlo – se é que existe – deixa muito a desejar. Muitos produtos alimentares possuem teores elevados de substâncias que podem provocar alterações graves na nossa saúde. A própria confecção alimentar – indústria da restauração – ao utilizar óleos de forma reiterada, sem os renovar, contribuem para a produção de substâncias muito perigosas, nomeadamente, ácidos gordos trans e peróxidos. Quem os controla? Ninguém.
Mas não é só o controlo da qualidade dos alimentos que deve ser alvo de preocupação. É preciso proibir o acesso de muitos, sobretudo às crianças, mais vulneráveis às consequências de uma deficiente política alimentar. Proibição de determinados “alimentos” nos estabelecimentos escolares, proibição da sua publicitação, fomentar o pedido de responsabilidades legais, em caso de doença, às empresas e companhias que fomentem e publicitem “alimentos” perigosos para a saúde.
As medidas de carácter legal não são as únicas nem são suficientes para a almejada prevenção das doenças, quer sejam metabólicas, cardiovasculares ou neoplásicas, mas irão dar um contributo muito significativo a par da educação e promoção da saúde individual.
A área das doenças cardiovasculares tem sido uma das privilegiadas, devido ao facto de ser a principal causa de morte no mundo ocidental, e, a breve trecho, também, nos povos em vias de desenvolvimento. No entanto, ainda estamos muito longe de atingir os objectivos, apesar do controlo de muitos factores de risco e da luta contra o tabagismo. Não podemos esquecer que a obesidade e a diabetes têm vindo a crescer de forma muito preocupante, com todas as consequências previsíveis. Significa que, em termos de prevenção cardiovascular, há necessidade de regulamentar a indústria alimentar. No último congresso mundial de cardiologia, realizado em Barcelona, ficou bem patenteado a necessidade de assentar baterias na indústria alimentar, regulamentando certos produtos cujas consequências negativas são bem conhecidas.
A falta de exercício associada a mudanças de hábitos alimentares, caso do consumo de comidas “rápida” e pré cozinhada, ricas em gorduras saturadas, hidratos de carbono e sal deverão ser alvo de atenção por parte das autoridades.
Sabemos que os medicamentos são sujeitos a apertados controlos e exigências de modo a garantir a qualidade. No entanto, no caso de certos alimentos o seu controlo – se é que existe – deixa muito a desejar. Muitos produtos alimentares possuem teores elevados de substâncias que podem provocar alterações graves na nossa saúde. A própria confecção alimentar – indústria da restauração – ao utilizar óleos de forma reiterada, sem os renovar, contribuem para a produção de substâncias muito perigosas, nomeadamente, ácidos gordos trans e peróxidos. Quem os controla? Ninguém.
Mas não é só o controlo da qualidade dos alimentos que deve ser alvo de preocupação. É preciso proibir o acesso de muitos, sobretudo às crianças, mais vulneráveis às consequências de uma deficiente política alimentar. Proibição de determinados “alimentos” nos estabelecimentos escolares, proibição da sua publicitação, fomentar o pedido de responsabilidades legais, em caso de doença, às empresas e companhias que fomentem e publicitem “alimentos” perigosos para a saúde.
As medidas de carácter legal não são as únicas nem são suficientes para a almejada prevenção das doenças, quer sejam metabólicas, cardiovasculares ou neoplásicas, mas irão dar um contributo muito significativo a par da educação e promoção da saúde individual.
3 comentários:
Novamente na "mouche", Prof. Massano Cardoso.
Andamos todos preocupados com problemas "esotéricos", mas no acto comum de nos alimentarmos que estão grandes agressões colectivas.
E voltamos à questão da ignorância desejada do post anterior.
Falta também, para além das medidas legais ou administrativas, fazer a pedagogia. Estou em crer que um contributo importante para a mudança da industria seria a educação para a escolha de uma alimentação saudável. Aí há muito por fazer para que o mercado rejeite os produtos perigosos.
É verdade Dra. Clara! Muito trabalho que foi por água abaixo! Coisas simples, banais, ao alcance de qualquer comunidade, e com impactos significativos na saúde e bem-estar das pessoas.
Planos Nacionais? Exercícios de retórica, bons documentos académicos, deliciosas intenções. O pior é pô-los em prática. Há uma inércia poderosíssima por aquelas bandas. Falam, falam, falam, só sabem falar. Bom, nada de novo, falar é o instrumento de trabalho dos “parlamentares”, e fazem jus ao seu estatuto.
Medidas concretas, objectivas, simples e de fácil implementação são as formas mais correctas de mudar o nosso mundo.
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