Hoje, tive que ir a Lisboa participar numa reunião sobre "Risco Ambiental em Saúde Pública". As apresentações foram elucidativas mas o debate não foi tão quente como desejaria.
Ultimamente já me habituei – nem sei se faço bem ou mal – a ser provocador e polémico em reuniões académicas e científicas, facto que contraria o formalismo nestas áreas. Deve ser, ainda, efeito do contágio parlamentar!
Aproveitei a ocasião para, entre outras afirmações, afirmar que os problemas de saúde pública são, basicamente, da responsabilidade dos políticos e, quer queiramos quer não, temos que apertar, mais a sério, com aquela rapaziada. Como estava presente o Director-geral da Saúde, aproveitei para comentar o recuo legislativo em matéria do fumo passivo e a incongruência com a publicidade paga pelos contribuintes sobre o não fumar em locais fechados!
Não sendo fundamentalista, já que me oponho a qualquer limitação ou restrição aos cuidados de saúde a prestar a este grupo, ou a quaisquer outros, fiquei incomodado com a atitude do moderador do debate que, face aos custos da "saúde", propõe “o registo dos fumadores” – como sinal inequívoco de opção e de responsabilidade individual – de forma a que, em caso de virem a ter necessidade dos cuidados hospitalares, deverão ter "paciência" em esperar, porque os outros têm prioridade! Fiquei arrepiado! No final, tive que lhe dar uma palavrinha explicando-lhe que uma medida dessa natureza é inaceitável em termos de direitos humanos, abrindo as portas às mais variadas formas de discriminação.
Aqui está um exemplo de tirania da medicina, como dizia Petr Skrabanek há muitos anos. E quem fez esta abordagem foi um professor de medicina que, embora jubilado, não deixa de ter responsabilidades, ao classificar os doentes de acordo com as suas opções.
Já não é a primeira vez que foco este assunto, mas sou obrigado a fazê-lo as vezes que achar necessário. Este tipo de “cultura” está a ser incentivada em vários países e não me admiraria nada que “pegasse” entre nós, por razões óbvias. Já vou ouvindo por estas bandas, o que é muito preocupante…
Ultimamente já me habituei – nem sei se faço bem ou mal – a ser provocador e polémico em reuniões académicas e científicas, facto que contraria o formalismo nestas áreas. Deve ser, ainda, efeito do contágio parlamentar!
Aproveitei a ocasião para, entre outras afirmações, afirmar que os problemas de saúde pública são, basicamente, da responsabilidade dos políticos e, quer queiramos quer não, temos que apertar, mais a sério, com aquela rapaziada. Como estava presente o Director-geral da Saúde, aproveitei para comentar o recuo legislativo em matéria do fumo passivo e a incongruência com a publicidade paga pelos contribuintes sobre o não fumar em locais fechados!
Não sendo fundamentalista, já que me oponho a qualquer limitação ou restrição aos cuidados de saúde a prestar a este grupo, ou a quaisquer outros, fiquei incomodado com a atitude do moderador do debate que, face aos custos da "saúde", propõe “o registo dos fumadores” – como sinal inequívoco de opção e de responsabilidade individual – de forma a que, em caso de virem a ter necessidade dos cuidados hospitalares, deverão ter "paciência" em esperar, porque os outros têm prioridade! Fiquei arrepiado! No final, tive que lhe dar uma palavrinha explicando-lhe que uma medida dessa natureza é inaceitável em termos de direitos humanos, abrindo as portas às mais variadas formas de discriminação.
Aqui está um exemplo de tirania da medicina, como dizia Petr Skrabanek há muitos anos. E quem fez esta abordagem foi um professor de medicina que, embora jubilado, não deixa de ter responsabilidades, ao classificar os doentes de acordo com as suas opções.
Já não é a primeira vez que foco este assunto, mas sou obrigado a fazê-lo as vezes que achar necessário. Este tipo de “cultura” está a ser incentivada em vários países e não me admiraria nada que “pegasse” entre nós, por razões óbvias. Já vou ouvindo por estas bandas, o que é muito preocupante…
4 comentários:
Chocante. Se calhar o ministro até tem razão com a questão do número de abortos legais. Se há quem reaja assim aos fumadores, imagino noutras situações.
E, após uma breve interrupção, segue-se a campanha contra o álcool.
proponho outros registos: um de frequentadores de McDonnald's e afins, outro de workaholics, outro de cidadãos qie guiam em excesso de velocidade. todos para o fim da fila já que fazem opções pouco saudáveis e não têm portanto direito de vir reclamar cuidados de saúde. no topo da ficaríamos com uma natinha de seres humanos de 1ª a quem os cuidados de saúde seriam prioritários. admirável mundo novo!
Vamos então, apurar a raça?!
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