Tem plena razão o Papa ao dizer que não é possível viver a religião sem a mediação da razão, já que é esta que impede o excesso, o fundamentalismo e a violência.
Tem sido difícil, ao longo dos anos, a mediação da razão nas questões religiosas.
Só isso explica o passado de lutas, de rivalidades e de violência entre os seguidores do Judaísmo, do Cristianismo e do Islamismo, três religiões com óbvios pontos de contacto, nomeadamente através de “profetas” comuns.
Este tema dos pontos de contacto entre religiões, com origem perdida na distância dos tempos, não apenas entre as que nos são mais próximas, mas entre estas e outras mais estranhas para nós, como o Induísmo, as Religiões Chinesas ou o Budismo é um tema fascinante.
Há pouco mais de um ano, por alturas da minha viagem à Índia, procurava algo que me fizesse conhecer um pouco do Induísmo, para melhor compreender o país que ia visitar. Deparei então com o facto, para mim espantoso, de coincidências notáveis em religiões tão diferenciadas, como o Cristianismo e o Induísmo. Á existência de uma Trindade no Cristianismo corresponde também a existência de uma Trindade no Induísmo (Brahama, Vishnu e Shiva). E à encarnação de Vishnu em diversas épocas e formas, por exemplo Rama e Krishna e a uma outra esperada reencarnação “para salvar a humanidade da degradação moral que atingiu a sociedade” (como, aliás no Judaísmo), corresponde no Cristianismo a encarnação de Jesus, o Filho de Deus, também para salvar a humanidade.
Também nessas andanças encontrei o livro Religiões do Mundo- Em Busca de Pontos Comuns, da autoria de Hans Kung, conhecido pela sua obra e sobretudo por ter sido proibido de ensinar Teologia Católica na Universidade de Tubingen, onde era e é Catedrático, devido a questionar alguma posições tradicionais da Igreja, entre as quais a infabilidade papal.
Continuando como professor, agora jubilado, de outras cadeiras na mesma Universidade, foi recentemente recebido pelo Papa, presumindo-se que tenha sido bem substancial e curiosa a conversa com o ex- Cardeal Ratzinger, precisamente quem, em tempos, traçou o veredicto de o afastar da cátedra acima mencionada.
É bem interessante o que o Professor Hans Kung refere no seu livro a propósito dos pontos comuns do Islamismo com o Cristianismo e o Judaísmo, tema bem actual.
Também aí se conclui que a razão não pode estar ausente da leitura crítica e da interpretação dos textos fundadores, sob pena de se subverter a mensagem essencial de cada uma das religiões.
Tem sido difícil, ao longo dos anos, a mediação da razão nas questões religiosas.
Só isso explica o passado de lutas, de rivalidades e de violência entre os seguidores do Judaísmo, do Cristianismo e do Islamismo, três religiões com óbvios pontos de contacto, nomeadamente através de “profetas” comuns.
Este tema dos pontos de contacto entre religiões, com origem perdida na distância dos tempos, não apenas entre as que nos são mais próximas, mas entre estas e outras mais estranhas para nós, como o Induísmo, as Religiões Chinesas ou o Budismo é um tema fascinante.
Há pouco mais de um ano, por alturas da minha viagem à Índia, procurava algo que me fizesse conhecer um pouco do Induísmo, para melhor compreender o país que ia visitar. Deparei então com o facto, para mim espantoso, de coincidências notáveis em religiões tão diferenciadas, como o Cristianismo e o Induísmo. Á existência de uma Trindade no Cristianismo corresponde também a existência de uma Trindade no Induísmo (Brahama, Vishnu e Shiva). E à encarnação de Vishnu em diversas épocas e formas, por exemplo Rama e Krishna e a uma outra esperada reencarnação “para salvar a humanidade da degradação moral que atingiu a sociedade” (como, aliás no Judaísmo), corresponde no Cristianismo a encarnação de Jesus, o Filho de Deus, também para salvar a humanidade.
Também nessas andanças encontrei o livro Religiões do Mundo- Em Busca de Pontos Comuns, da autoria de Hans Kung, conhecido pela sua obra e sobretudo por ter sido proibido de ensinar Teologia Católica na Universidade de Tubingen, onde era e é Catedrático, devido a questionar alguma posições tradicionais da Igreja, entre as quais a infabilidade papal.
Continuando como professor, agora jubilado, de outras cadeiras na mesma Universidade, foi recentemente recebido pelo Papa, presumindo-se que tenha sido bem substancial e curiosa a conversa com o ex- Cardeal Ratzinger, precisamente quem, em tempos, traçou o veredicto de o afastar da cátedra acima mencionada.
É bem interessante o que o Professor Hans Kung refere no seu livro a propósito dos pontos comuns do Islamismo com o Cristianismo e o Judaísmo, tema bem actual.
Também aí se conclui que a razão não pode estar ausente da leitura crítica e da interpretação dos textos fundadores, sob pena de se subverter a mensagem essencial de cada uma das religiões.
5 comentários:
Caro Amigo,
A razão nunca pode estar ausente de coisa nenhuma,nem mesmo em matéria de Fé, com os seus dogmas estabelecidos.
Podem alguns achar incompatíveis essas duas faculdades inerentes à condição humana.
Nos muçulmanos, parece que onde há fé, não cabe a razão, coisa dispensável ou mesmo ostensivamente arredada.
No Cristianismo, pelo contrário, sempre houve tentativas de conciliação da Fé com a Razão, desde Santo Agostinho a S.Tomás de Aquino e muitos outros depois deles.
Sem desculpar ou esquecer os graves crimes de um passado de obnubilação da razão, entre os cristãos, não podemos equiparar a situação que se vive hoje, no Ocidente cristão, com a que se observa no Islão, onde há muito, se não desde sempre, não se consegue fazer ouvir a voz da razão. Nem sequer esta parece ser bem vinda, nem mesmo nos núcleos islamitas radicados no Ocidente, em que desfrutam de todas as condições para o seu exercício responsável.
Que diabo de anomalia se passa com este Islão ?
Se lhe podemos admitir certas especificidades, para nós inaceitáveis há séculos, desde que as pratiquem no recato dos seus templos e casas de oração, já para as contínuas explosões de fúria e violência não pode existir tolerãncia nenhuma, muito menos aqui, entre nós.
Há valores que nos são caros, como a liberdade de pensamento e a sua livre expressão, pelos quais muita gente, no Ocidente, se sacrificou, para que hoje deles todos possamos usufruir. E daqui não há que fugir. Eis a linha divisória.
Se disto abdicarmos, não lograremos futuro honroso. É isto ou não defensável ?
Caro António Viriato,
"...que se observa no Islão, onde há muito, se não desde sempre, não se consegue fazer ouvir a voz da razão. Nem sequer esta parece ser bem vinda(...) Que diabo de anomalia se passa com este Islão ? "
Há 1500 milhões de muçulmanos no mundo, 160 na Indonésia, 100 na Nigéria, 100 na India. Por outro lado há apenas 2 no Líbano e 18 no Afeganistão. No telejornal, certamente, nunca estiveram mais de 10 mil.
A pergunta correcta não é o que se passa com este Islão. A pergunta correcta é o que se passa com os meus conterrâneos que não aprenderam com os erros do passado? O que gerou esta mega-xenofobia-global? Estamos prontos a mandar mais 11 milhões para o cinzeiro só porque não são iguais a nós? É pena que a razão só se imponha sobre a religião e não sobre o resto....
Caro Tonibler:
Porque não tira uma licença sem vencimento e vai, basta uns meses, viver e conviver numa comunidade muçulmana do Libano, do Afeganistão, ou qualquer outra à sua escolha. Quando chegar conte o resultado do que viu e sentiu nessa relação "emoção" e "razão"!
É verdade, com efeito, o que diz: não se tome o todo pela parte! Mas o que está aqui em causa e a causar uma verdadeira guerra mundial é a "tal parte" e não a outra! E olhe que não são 10 mil, meu caro, ou anda muito distraído! Da mesma forma que não se dá conta por onde vagueia a tal xenofobia! O que esse "pequeno" grupo deseja é que entre "os seus conterrâneos" medre o complexo que, pelos vistos já o tomou a si! E se assim for a vitória será deles, e nós ficaremos cheios de razão "atropelados em cima da passadeira!"
Caro RuiVasco:
Não percebi. Está a reforçar os meus argumentos?
As manifestações do PNR são manifestações do mundo cristão? O Le Pen é um líder ocidental? Expliquem-me aquilo que querem dizer, porque eu não estou a dizer que estão a tomar o todo pela parte, estou a dizer que não estão nem perto!
Não percebeu, isso sabia eu!
Quem são esses PNR e Le Pen? Ainda vai aí? Esses já morreram há muito mesmo que ninguem lhes tenha dito!
Deixe lá. Não se canse! Um dia destes vamos à pesca, e damos um pouco à lingua!
Mas tem de me avisar com antecedência, porque eu, mesmo não sabendo onde mora, de uma estou certo...moro longe de si!
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