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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Pedir sacrifícios com menos arrogância e mais humildade...

Retirado da entrevista realizada a Eduardo Ferro Rodrigues – ex Secretário-Geral do PS - publicada hoje na revista Visão. Uma entrevista para ler.
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▪ À pergunta:
“É o próprio PSD a acusar o Governo de insensibilidade social…"
▪ A resposta de Ferro Rodrigues:
“Pedem-se sacrifícios a uma parte importante da classe média e a uma determinada geração, que tem entre 45 e 60 anos. Ou seja, a geração do 25 de Abril e da consolidação da democracia. Se esses sacrifícios são pedidos, é indispensável que isso se faça com menos arrogância e mais humildade.”
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Interessante este reparo político de Ferro Rodrigues. Tem razão na crítica, algo imprevisível vinda da sua parte, mas não está isento de responsabilidades na pesada herança do caos das contas públicas deixada pelo governo do Eng. António Guterres.
Já hoje ouvi reacções bem diferentes àquela afirmação. Os olhos não vêem todos da mesma maneira. E depois os tempos também mudam. Já diz o ditado popular: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".

6 comentários:

Bartolomeu disse...

É isso cara Margarida, as eleições estão para breve e os que pensam poder ser candidatos começam a "mostrar os dentes".
Não se preocupe, foi só prá fotografia, aquilo passa-lhe.

Anónimo disse...

Ao pedido de menos arrogância e mais humildade, responde Vitalino Canas, que por Ferro Rodrigues estar fora de Portugal e não participar activamente na vida política, a opinião «é distante» e «não totalmente informada sobre a vida interna do PS».

Se não resistem à tentação da arrogância e da soberba entre eles, como esperar que o sejam para com os outros?

PA disse...

Hummm, discordo do Caro Bartolomeu. Não me parece que depois "daquele" episódio de má memória, FR seja candidato a qq lugar.
Politicamente ? Game over...
e PP(do PS) tb. Digo eu !:-)))

Cara Margarida, só quem esteja mm "céguinho" é que não se apercebe da arrogância vigente.

Quanto a responsabilidades e a erros políticos passados, muito dificilmente, não se encontra em qualquer um dos anteriores governos.
O que é verdadeiramente importante, é que não se torne a fazê-los.
Apesar de tudo somos uma Democracia recente, é natural que se cometam erros.
Não aprender com esses erros é que é grave.

Bento de Jesus Caraça disse:

- Se não temo o erro é porque estou sempre disposto a corrigi-lo !

Tonibler disse...

Que é como quem diz "Se fôr eu o próximo presidente, em vez do Cavaco, é o tipo de intervenção que vão ouvir em vez daquela que ouviram no dia 1". Destes "críticos"...

invisivel disse...

Independentemente da "manhosice" de que enfermam as observações de Ferro Rodrigues, são verdades mais que evidentes.
Contudo é habitual os políticos "desabafarem" desta forma (remar contra a maré), quando pretendem afirmar-se...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caros Comentadores
Não sei se repararam mas o reparo político aqui comentado foi notícia de abertura e de continuação de todos os canais de televisão. Há falta de melhor, tudo é motivo para um "caso". Calculei que isto iria acontecer. Não arrisquei muito, pois não?

Caro Bartolomeu e Caro Pezinhos n' Areia
Quanto a prognósticos não arrisco!
Os políticos e os governantes não são perfeitos e, portanto, também erram. Concordo que não podemos condenar as pessoas só porque cometeram um erro! O problema é que já levamos uma boa soma, a que já perdemos a conta, de muitos erros. Já estamos todos muito cansados!

Caro Pezinhos n' Areia
Já alguém dizia que " Se os grandes homens nunca tivessem cometido erros, não saberíamos que eles haviam existido."

José Mário
Vitalino Canas disse mais. Que é difícil explicar às pessoas a necessidade de reformas. É um auto-reparo! Porque é que não corrigem essas dificuldades?

Caro Tonibler
Suponho que queria dizer que destes "críticos" estamos nós servidos!?

Caro invisivel
Concordo com a sua observação. Mais importante que a arrogância e a falta de humildade é sabermos se as "reformas" justificam os sacrifícios. Os sacrifícios esses existem. E as reformas? E os resultados?