O governo:
- à segunda, desfaz
- à terça anula
- à quarta refaz
- à
quinta revoga
- à sexta repõe
- ao sábado e ao domingo descansa, para ter forças
para na semana seguinte para voltar a desmanchar, cancelar, abolir, alterar,
devolver, destruir e, claro está, suprimir.
Pedro Sousa Carvalho, no Público
Pois é, um desmancho de governo.
5 comentários:
A TAP privatizada anuncia que vai eliminar algumas carreiras para cidades europeias. Não dão lucro e como tal vão acabar. Só que os industriais exportadores do sector têxtil já pedem a intervenção do poder político para evitar esta redução de voos.
Aqui reside uma prova do choque dos interesses privados com os interesses nacionais dado que é afectado um dos sectores exportadores mais importantes e dinâmicos da nossa economia.
Isto deveria fazer pensar os nossos amantes das privatizações incluindo as das empresas estratégicas nacionais (eu diria sobretudo das empresas estratégicas porque são elas que funcionam em monopólio e assim sem concorrência e mais lucrativas) mas duvido que o façam tão obcecados e cegos são em seu ideário neoliberal.
Segundo o minstro Pedro Marques
""não houve só diminuição ou suspensão de rotas, houve apostas adicionais que podem gerar benefícios para a empresa." em http://www.destakes.com/redir/78a8e6527bf6ea186f0bab84ff0f8b1c
Parece que tem a concordância do governo.
Caro Carlos Sério:
De facto, com a oferta de transporte aéreo que existe, estou mesmo a ver a inultrapassável dificuldade de se viajar para qualquer recanto da Europa ou do mundo: nenhuma das grandes empresas europeias e mundiais escala Lisboa, nenhuma low-cost se aventura a este país. Se não é a TAP, e a TAP pública, ficamos mesmo completamente isolados e impedidos de viajar. E, claro, a TAP tem que ter rotas directas para onde quer que um cidadão se desloque. Pagas obviamente pela maioria que não se serve delas. É essa mesmo a ideia de empresa estratégica.
Caro Alberto Sampaio:
Ora aí está. Então agora o argumento é ter um aviãozinho pronto a descolar para onde eu quiser? Por mim, até agradecia. Sobretudo com os outros a pagar...
Acho que o Pinho Cardão deve comunicar os seus conhecimentos de rotas alternativas à TAP quanto antes aos industriais exportadores do sector têxtil o que anulará o pedido de socorro ao governo. Eles e o país ficar-lhe-ão certamente agradecidos.
Caro Carlos Sério:
Sério erro de perspectiva. Se os industriais têxteis me pagarem poderei estudar-lhes rotas alternativas, se é que precisam, para poderem viajar e negociar.
A TAP fará o que muito bem entender para ela e para nós, como um todo. Não para um indivíduo ou sector ou classe ou corporação, ou sindicato.
Enviar um comentário