- O desempenho dos
mercados nos primeiros 4 dias úteis de 2016 revelam um início de ano perfeitamente
atípico no cenário económico internacional: a China, ao invés de factor de
estímulo ao desempenho dos mercados de “commodities” e das economias com
vocação exportadora, como foi durante muitos anos, surge agora como factor de retracção,
espalhando o pessimismo, quase o pânico, nos mercados tanto de “commodities” como
financeiros.
- Aparentemente, a
economia chinesa vem mostrando muito mais dificuldades do que se previa
para se transformar, de uma economia baseada num rápido crescimento das
suas indústrias – nomeadamente do sector da construção – com taxas de
investimento altíssimas, para uma economia em que o consumo privado e os
serviços devem assumir um papel determinante na actividade económica do País.
- E os sinais
provenientes da China, neste início de ano, não podiam ser mais perturbadores:
em apenas 4 dias de negociação, o funcionamento das bolsas de valores teve
de ser suspenso em 2, na sequência de quedas abruptas dos índices de cotações,
um indicador claro de enorme desconfiança, por parte dos investidores, no
desempenho futuro desta economia.
- Bem sei que é apenas o
início do ano, muita coisa pode ainda acontecer – este Mundo está cada vez
menos previsível - mas se existe uma ideia a reter, com este péssimo alvorecer de 2016, em sede das políticas económicas, é a ideia de PRUDÊNCIA.
- Ideia que entre nós -
pelos sinais que vão emergindo diariamente, a ritmo crescente - parece
estar conspicuamente ausente da condução da política económica/financeira…por isso a recomendação de PRUDÊNCIA, ainda estamos a tempo de emendar.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Um início de 2016 muito atípico, PRUDÊNCIA recomenda-se...
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3 comentários:
Caro Tavares Moreira, de pleno acordo com os avisos sobre a prudência. Mas isso vai contra os preceitos ideológicos dessa gente que por aí está à frente da República portanto não vale a pena esperar que ela venha a existir. Quando correr mal claro que as culpas serão atiradas para cima do contexto internacional e nunca, jamais, para as políticas próprias.
Caro Zuricher,
Caso venha a ter razão, seremos uma vez mais admitidos, daqui por uns meses, não sei precisar quantos, no clube dos Aflitos...por culpa própria, exclusivamente, não adiantará tentar distribuir as culpas pelo mercado, não haverá comprador...
Porquê toda essa preocupação com os mercados financeiros que nada mais são que bancos a jogar à roleta? Não é infinitamente mais importante a vida das pessoas e das empresas produtivas?
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