A avaliar pelos jornais, o Bloco de Esquerda discutiu acaloradamente, na sua Convenção Nacional, a questão da paridade.
Houve quem pretendesse retirar a norma consignada nos Estatutos, dizendo: “ …não me choca haver um órgão composto só por mulheres, mas já me choca que haja um órgão composto por 50 homens e 50 mulheres que lá estejam por quotas…”.
Esta afirmação, também segundo os jornais, terá causado enorme perplexidade e a legítima indignação dos presentes!...
Na discussão que se seguiu, foi necessário que a Mesa definisse o que se entendia por paridade, o que significa que, pelos vistos, e até ali, não se soubesse o que se estava a discutir…
Então a Mesa definiu de forma notavelmente brilhante o princípio da paridade: paridade é um terço… (de mulheres ou de homens, poderá subentender-se…)!...
Julgo que o princípio terá consequências relevantes em termos das futuras propostas políticas diferenciantes do Bloco.
Como a paridade no casamento exige um homem e uma mulher (casamento clássico) ou dois homens ou duas mulheres (casamentos modernistas ou modernaços), e como não é crível que haja casamento entre um terço de cônjuge e um cônjuge inteiro, a paridade no casamento far-se-à, segundo o novo princípio, com um homem e duas mulheres, com duas mulheres e um homem( casamentos neo-clássicos) ou entre três homens ou entre três mulheres(casamentos pós modernistas).
A proposta seguirá, certamente, e em breve, para a A.R.
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