O Correio da Manhã antecipa hoje algumas das medidas de consolidação orçamental que o Governo irá discutir na próxima terça-feira. Aumento de impostos, antes de mais. Cativação das dotações dos Ministérios. Esta última medida constitui prática corrente nos últimos anos, não encerrando qualquer novidade. Não quero acreditar que as medidas se ficam por aqui. O aumento da receita do reajustamento fiscal (IVA, IA, tabaco, etc.) e a cativação da despesa não são suficientes para recuperar mais do que 1,5% do PIB. De certo que não vão cativar salários e aquisições indispensáveis. O que resta já está muito rapado.
Quanto ao aumento de impostos e à excepção do imposto sobre combustíveis, convém pensar que aumentos mal calculados poderão provocar um aumento da fuga (exemplo do tabaco, ou da restauração).
A confirmar-se a notícia, só poderemos tirar uma conclusão: o Governo PS não quer mesmo fazer reformas estruturais. Prefere o custo político de contrariar o seu programa, sem ter o benefício de resolver o problema. Quer apenas aguentar, com paliativos.
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