O comentário politicamente violento de um conhecido dirigente comunista no DN de hoje leva-me a falar na coesão social, bem presente no recente discurso de Cavaco Silva .
O discurso do presidente da República no 25 de Abril vai ser lembrado por muitos anos: teve um tema, traçou uma linha de rumo, não criticou o Governo.
Porque teve um tema e traçou uma linha de rumo, não foi um discurso redondo, como foram muitos dos seus predecessores; porque não criticou o Governo de uma força que se lhe opôs eleitoralmente, também se distinguiu de quem o antecedeu.
O tema escolhido deixou, no momento, sem reacção os partidos mais à esquerda e também deixou algo perplexas algumas forças, à direita.
Habituados a reivindicarem para si o exclusivo da inclusão e da coesão social, o PCP e o Bloco sentiram um murro no estômago ao qual só a pouco e pouco puderam responder, como hoje aconteceu no DN por parte de um dirigente comunista.
Numa forma de comunicação lastimável, mas de há muito conhecida, deturpa o que Cavaco disse, valora sobretudo o que Cavaco não disse (…”sobre o desemprego, por exemplo, quedou-se no mais tonitruante silêncio…” e tira falsas conclusões, como essa notável de que o Presidente se limitou a apelar à caridade (…quando os políticos apelam à caridade, os povos sabem por experiência que não é dali que virá boa política…).
Essas forças sabem que o seu declínio mais se acentuará à medida que for possível alargar a coesão social e estender padrões de bem-estar a todos os cidadãos.
Cada degrau de ascensão do limiar de pobreza a outros padrões de vida é a saída de votos dessas forças.
Até por isso, é pouco inteligente a reacção de algumas forças de direita.
Tal como a saúde para os indivíduos, a coesão social é para toda a sociedade um bem inestimável, que só é devidamente apreciado quando se perde.
Tudo aquilo que se faça, Governo, sociedade civil, pessoas individualmente consideradas, por fortalecer essa coesão, para além de se impor em nome da dignidade humana, tem um retorno de largos benefícios para todos.
Aí não pode haver “cortes” orçamentais; esses terão que se estender a outros destinatários, por norma mais poderosos ou barulhentos.
Porque teve um tema e traçou uma linha de rumo, não foi um discurso redondo, como foram muitos dos seus predecessores; porque não criticou o Governo de uma força que se lhe opôs eleitoralmente, também se distinguiu de quem o antecedeu.
O tema escolhido deixou, no momento, sem reacção os partidos mais à esquerda e também deixou algo perplexas algumas forças, à direita.
Habituados a reivindicarem para si o exclusivo da inclusão e da coesão social, o PCP e o Bloco sentiram um murro no estômago ao qual só a pouco e pouco puderam responder, como hoje aconteceu no DN por parte de um dirigente comunista.
Numa forma de comunicação lastimável, mas de há muito conhecida, deturpa o que Cavaco disse, valora sobretudo o que Cavaco não disse (…”sobre o desemprego, por exemplo, quedou-se no mais tonitruante silêncio…” e tira falsas conclusões, como essa notável de que o Presidente se limitou a apelar à caridade (…quando os políticos apelam à caridade, os povos sabem por experiência que não é dali que virá boa política…).
Essas forças sabem que o seu declínio mais se acentuará à medida que for possível alargar a coesão social e estender padrões de bem-estar a todos os cidadãos.
Cada degrau de ascensão do limiar de pobreza a outros padrões de vida é a saída de votos dessas forças.
Até por isso, é pouco inteligente a reacção de algumas forças de direita.
Tal como a saúde para os indivíduos, a coesão social é para toda a sociedade um bem inestimável, que só é devidamente apreciado quando se perde.
Tudo aquilo que se faça, Governo, sociedade civil, pessoas individualmente consideradas, por fortalecer essa coesão, para além de se impor em nome da dignidade humana, tem um retorno de largos benefícios para todos.
Aí não pode haver “cortes” orçamentais; esses terão que se estender a outros destinatários, por norma mais poderosos ou barulhentos.
1 comentário:
Há gente que não consegue ver para além da extensão do seu próprio nariz.
É pena. O mundo muda. Tudo muda. Mas há certas pessoas que teimam em resistir à mudança. Mesmo quando tudo aquilo em que acreditavam ruiu. Mesmo quando o seu “complexo” ideológico se esboroou num resíduo de ideais sem esteira.
Infelizmente, enquanto persistir uma fraca coesão social (sempre melhor no mundo ocidental, apesar de tudo, do que a proporcionada pelos “goulag” ou campos de trabalho forçado dos países ditos socialistas), haverá sempre combustível para os extremismos e fanatismos ideológicos.
A violência verbal ou discursiva é sempre apanágio de quem “ama” o radicalismo social. De quem faz da revolta e da indignação dos “miseráveis” uma bandeira. Mas, no concreto, muito pouco contribui para a redução das desigualdades sociais.
Porém, temos que ser indulgentes no julgamento de tais “aves de rapina”. E, só há uma forma de combater este tipo de discursata: construindo uma sociedade mais justa e mais próspera!
“Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.” de Carlos Drummond de Andrade
A razão da força, mais tarde ou mais cedo, acaba sempre por ceder à força da razão.
Eu acredito, sinceramente, que este é o caminho, com muitos escolhos é certo…
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