Idosos com carência económica não verão rendas baixar. Aguardemos
que o governo cuide de proteger estes idosos quando na proposta do Orçamento de Estado de 2014 os
sujeitar aos anunciados cortes de pensões de reforma e de sobrevivência.
Gostaria de ver esta hipótese ilustrada com números concretos. Suspeito que o número de casos em que a revisão das rendas tenha algum significado face ao corte de rendimentos é completamente residual (não é motivo, pelo contrário, para a situação não ser salvaguardada) e que são mais as vozes que as nozes.
Caro Henrique Pereira dos Santos A falta de informação é mesmo coisa que não falta. Nem ex-ante, nem ex-post sobre as medidas políticas anunciadas e aplicadas. Não é de agora, mas insistimos em fazer política assim. Mas adiante, li em várias notícias a propósito da questão levantada que a Associação dos Inquilinos Lisbonenses estima que pelo menos 40 mil arrendatários apresentaram nas Finanças a declaração que confirma a carência económica, evitando assim a subida das rendas. Mas a questão é mais vasta, haverá pensionistas que com a acumulação dos vários cortes anunciados poderão ficar em situação económica que os impossibilita de fazer face aos compromissos que têm com as rendas de casa. E importa também pensar como deve ser concretizada a cláusula de salvaguarda: à custa dos proprietários ou com o apoio da Segurança Social.
Penso que estaremos de acordo sobre a necessidade de salvaguardar situações desse tipo, mas vejamos: 1) A associação de inquilinos libonenses não me parece ser a fonte de informação mais fiável, dado o seu compromisso político; 2) Ainda assim, admitamos os tais 40 mil. Precisaríamos de saber quantos desses têm rendimentos afectados pelos cortes; 3) Em 2012, como sabe, houve o corte dos subsídios de férias e 13º mês, não tenho a certeza de que em 2014 a maioria desses 40 mil tenham cortes superiores aos 14% que representam esses dois subsídios; Ou seja, é verdade que insistimos em fazer política sem ter a informação necessária, mas isso tanto é verdade para quem toma as medidas como para quem as critica, e penso que também estaremos de acordo em achar que isso diminui muito a qualidade do debate público.
Caro Henrique Pereira dos Santos Estamos de acordo quanto à necessidade de uma cláusula de salvaguarda e quanto à importância da informação que suporta a decisão política. É uma questão de transparência, mas assumi-la implica responsabilização. E aqui é que a "porca torce o rabo"!
O caro Henrique Pereira dos Santos tem razão em lembrar que em 2012 foram tirados dois subsídios, equivalente a 14%, depois em 2013 foram devolvidos mas houve uma contribuição especial de solidariedade salvo erro de 3,5%, em 2014 não se faz ideia de quanto será tudo, coitado de quem tem que demonstrar os rendimentos para ter acesso a benefícios, quanto é que custará ao Estado todo este processo?
5 comentários:
Gostaria de ver esta hipótese ilustrada com números concretos. Suspeito que o número de casos em que a revisão das rendas tenha algum significado face ao corte de rendimentos é completamente residual (não é motivo, pelo contrário, para a situação não ser salvaguardada) e que são mais as vozes que as nozes.
Caro Henrique Pereira dos Santos
A falta de informação é mesmo coisa que não falta. Nem ex-ante, nem ex-post sobre as medidas políticas anunciadas e aplicadas. Não é de agora, mas insistimos em fazer política assim.
Mas adiante, li em várias notícias a propósito da questão levantada que a Associação dos Inquilinos Lisbonenses estima que pelo menos 40 mil arrendatários apresentaram nas Finanças a declaração que confirma a carência económica, evitando assim a subida das rendas.
Mas a questão é mais vasta, haverá pensionistas que com a acumulação dos vários cortes anunciados poderão ficar em situação económica que os impossibilita de fazer face aos compromissos que têm com as rendas de casa.
E importa também pensar como deve ser concretizada a cláusula de salvaguarda: à custa dos proprietários ou com o apoio da Segurança Social.
Penso que estaremos de acordo sobre a necessidade de salvaguardar situações desse tipo, mas vejamos:
1) A associação de inquilinos libonenses não me parece ser a fonte de informação mais fiável, dado o seu compromisso político;
2) Ainda assim, admitamos os tais 40 mil. Precisaríamos de saber quantos desses têm rendimentos afectados pelos cortes;
3) Em 2012, como sabe, houve o corte dos subsídios de férias e 13º mês, não tenho a certeza de que em 2014 a maioria desses 40 mil tenham cortes superiores aos 14% que representam esses dois subsídios;
Ou seja, é verdade que insistimos em fazer política sem ter a informação necessária, mas isso tanto é verdade para quem toma as medidas como para quem as critica, e penso que também estaremos de acordo em achar que isso diminui muito a qualidade do debate público.
Caro Henrique Pereira dos Santos
Estamos de acordo quanto à necessidade de uma cláusula de salvaguarda e quanto à importância da informação que suporta a decisão política. É uma questão de transparência, mas assumi-la implica responsabilização. E aqui é que a "porca torce o rabo"!
O caro Henrique Pereira dos Santos tem razão em lembrar que em 2012 foram tirados dois subsídios, equivalente a 14%, depois em 2013 foram devolvidos mas houve uma contribuição especial de solidariedade salvo erro de 3,5%, em 2014 não se faz ideia de quanto será tudo, coitado de quem tem que demonstrar os rendimentos para ter acesso a benefícios, quanto é que custará ao Estado todo este processo?
Enviar um comentário