Todos os dias, e há muitos, muitos, todas as vezes que abro a televisão ou a rádio logo ouço falar dos 100 anos do nascimento de Álvaro Cunhal.
Mas, afinal, quantos dias levou ele a nascer? E quantos mais levará?
40 comentários:
Anónimo
disse...
Bom, bom, era que a tetravó nunca tivesse nascido.
Álvaro Cunhal foi uma figura política com uma importância e uma preponderância ímpares. Marcou uma época, destacou-se pela sua acutilância, a sua personalidade, carácter e "bagagem intelectual". se assim não tivesse sido, seria mais um qualquer que andou pela política. Mas não, por isso o recordamos hoje, cada um por motivos próprios, mas sempre, quer se concorde ou discorde das políticas que defendia, com respeito. Mas, indo ao encontro daquilo que o meu estimado Amigo Pinho Cardão, critica neste post, devo dizer que também não percebo, ou melhor... percebo sim, porque motivo os midia fazem tanta questão em lembrar a figura de Álvaro Cunhal e podia apostar, que esse desvelo todo, não tem nada a ver com saudade, ou com homenagem, ou até com História, mas sim, e do meu ponto de vista, com um desejo de "espicaçar" a opinião pública na esperança de que, um espírito de revolta nasça entre a populaça e dê origem a uma revolução popular contra este governo que desgoverna e que hipoteca o país e as suas gentes. Gentes que por seu lado, também não sabem muito bem, nem mal, que rumo hão de dar à vida que cada dia lhes parece mais morte anunciada , que vida prometida.
Caro Bartolomeu, mas será função da comunicação social esse espicaçar da sociedade? Estão lá para isso ou para informar? E, evidentemente, que no meio de toda essa palhaçada só irão publicar o que querem. Ora veja lá se algum alude à entrevista dada pela criatura a Oriana Falacci e publicada no "Jornal do Caso República" nº 8 de 27 de Junho de 1975? Pode haver e certamente há outras mas esta parece-me ser a mais expressiva e que melhor espelha o que preconizava e queria o homem para Portugal.
Concordo porém consigo quando diz que ele teve importância e preponderância impares. E teve tudo isso porque o Estado Novo lho permitiu. Contrariamente a todos os regimes similares da mesma época ou posteriores, na Europa e na América Latina. Sem ir mais longe veja-se se alguma vez em Espanha se permitiu aos líderes vermelhos, Santiago Carrillo e Dolores Ibaqqrcoisa, a Pasionaria, alcançar semelhante protagonismo e importância.
De todos os fascistas que este país conheceu e continua a conhecer, havia um conjunto deles que ainda acrescentava a essa característica o trabalharem para potências estrangeiras que apontavam mísseis à minha casa. Cunhal era o líder deles e nenhum tijolo é melhor que aquele que é feito com a carcaça dele. Festejar o nascimento dele é importante para a democracia, para mostrar que mesmo aqueles que nem respirar mereciam se a opinião deles valesse têm direito à vida. Mas festejemos também a morte natural deles e que muitos o sigam...
Meu caro Zürich er, infelizmente não estamos na Suíça, tão pouco na sua maior cidade. Aqui, a realidade comporta uma imprensa convencida que tem mais poder que o poder que a governa e portanto, que governa mais que esse poder, porque esse poder que a governa se serve, quando lhe convém, do poder que ela detém. Isto tudo se passa num regime de concubinato tacitamente aceite por ambas as partes, contudo, semeado de reais e falsas cenas de ciúme, com violência doméstica à mistura, as quais, por vezes, dão lugar a queixas de ambas as partes, com recurso às instâncias superiores da magistratura mas que, acabam invariavelmente em conciliábulos de cama e orgias de favores. Fora isto, e para que nos situemos num espaço e num tempo próximo, não remoto, podemos afirmar com segurança que desde a revolução de Abril, não existiu em Portugal um político que resistisse com garbo e valentia à tentação de dar "uma no cravo, outra na ferradura" de, cá dentro, arengar um propósito nacionalista e defensor dos valores patrióticos, e de cidadania e lá fora, chegarem ao ponto de pisar a bandeira nacional. Isto há gente para tudo, meu caro, exceto para dignificar o país e as suas gentes.
Pois então, caro Bartolomeu, se calhar já vai sendo tempo de pôr a imprensa no seu devido lugar e mostrar quem manda efectivamente no país. Concordo porém que muitos tentam servir-se do poder que vão deixando a imprensa ter.
Meu amigo Tonibler, Vossa Mercê não me diga que pertence ao grupo dos que acreditam que o Álvaro papava crianças ao pequeno almoço?! Se eu fosse padre dir-lhe-ia: óh Tonibler, creia que xe o homem existiu, xe foi trajido a este mundo, é porque a bontade dibina axim o dexidiu. Afinal, a este mundo, tanto bêem xantos cumo pecadores, e todos por cá páxam co uma mixão à qual num podem fujir... estamos todos ubrigados a nos cumprir... de uma forma ou de outra. e tal...
Permita-me uma pequena retificação, caro Zuricher; "muitos" não, todos! A imprensa serve para tudo, para promover e para destruir. Todos o sabem, mas todos se deixam viciar nesta droga que causa uma dependência para a qual não existe tratamento de desintoxicação.
Pois então, sendo assim, caro Bartolomeu, em vez de estar-se com esse jogo de gato e rato que unicamente tem permitido à imprensa impôr a sua agenda e condicionar a acção dos governos, um atentado à própria democracia, talvez seja melhor cortar o mal pela raiz e voltar a efectivar o Decreto-Lei número 22469 de 11 de Abril de 1933.
Lá está, caro Zuricher... assim, temos de voltar ao tema de dias atrás; a democracia. e em democracia, como deve imaginar, a censura prévia às publicações gráficas, não se enquadra. E não se enquadra porque: para que a democracia seja efetiva, a opinião não pode ser cerceada seja de que forma for, ou por que motivo for. Então, a democracia remete-nos naturalmente para uma ditadura... uma ditadura democrática.
Estamos a "malhar em ferro frio", caro Tonibler. É claro que Cunhal foi um enorme fascista e traidor, especulador, manipulador, em suma; era comunista. Mas não era um mero comunista; era um comunista intelectual, politicamente, filosoficamente e ideologicamente. E um gajo que É tudo isto, não se pode considerar um mero burocratazinho de um partido, compelido e formatado para obedecer e servir.
Bartolomeu, há certas ideias que de tão daninhas são, tão más, tão lesivas para os paises e para as sociedades não devem ter direito a tempo de antena, seja onde for, por muito democrática que uma sociedade seja.
Há o costume de equiparar o comunismo a uma ideologia mais a par das outras. Não o é. É uma ideologia de miséria, opressão e morte. Não consigo entender, aliás, porque é que, por exemplo, a propaganda à xenofobia (um exemplo entre vários possiveis) é crime e a propaganda ao comunismo é legal. Com a agravante de que o comunismo tem às costas tal quantidade de milhões de mortos que o torna inigualavel por qualquer outra criação humana. Não entendo como pode o comunismo estar no mesmo patamar da democracia cristã ou da social democracia e não no patamar da xenofobia, da pedofilia, da incitação a ódios vários e tantas outras coisas proibidas que, pelo histórico vermelho, era o seu devido lugar. Está muito bem punir várias das coisas hoje em dia proibidas. Está muito mal permitir a existencia e propaganda do comunismo.
Caro Bartolomeu, se a repressão ao comunismo em Portugal não tivesse sido a opereta que foi e tivesse sido igual a regimes congéneres do mesmo momento histórico e momentos posteriores acha que hoje em dia alguém saberia que Cunhal tinha sido intelectual, filósofo e essas coisas todas?
Está a parecer-me que os meus caros Zuricher eTonibler, consideram que nos meus anteriores comentários, demonstro simpatia pelo comunismo e o defendo como útil à nossa sociedade. Não é o caso. Nem defendo nem considero útil, porém, e dado a forma como o xadrez político-partidário se apresenta no nosso país, acho-o necessário, sem forçosamente o adjetivar de bom, ou mau. Simplesmente, necessário. É claro que os partidos políticos, de uma ponta à outra do cordão político, não são hoje, uma sombra daquilo que foram. Portanto, parece-me absolutamente irrelevante estarmos hoje a equacionar a profundidade da utilidade, ou inutilidade das suas políticas. A política, meus amigos, existe para servir ideais e para debater e consensualizar pontos de vista cuja finalidade a atingir só pode ser uma; o bem estar social e consequentemente a estabilidade e o progresso. Fora isto... que se lixem as eleições!!!
Terão fundamento as suspeitas de envolvimento do PCP no assalto ao Angoche e do assassínio dos respetivos Tripulantes (32)?, eu gostava de saber, para perceber melhor quem foi Álvaro Cunhal!
Caro Bartolomeu, alude a consenso de pontos de vista, a bem estar social, a estabilidade e progresso. Como é que, elogiando estes objectivos, consegue ver como necessário um partido que defende a antítese de tudo isto? Que não aceita sequer pontos de vista diferentes e não procura atingir bem estar social, progresso nem nada que se lhe pareça?
É simples, caro Zuricher, basta ouvir nos debates da Assembleia da República, as interpelações que o deputado Bernardino Soares faz aos restantes deputados, sobre matérias de carácter social, e as sugestões que em nome do partido, apresenta.
Exmo Senhor Bartolomeu: Para podermos ter uma opinião consistente de uma figura pública como essa, devemos procurar conhecer todos os aspectos da sua intervenção política e não, somente, aqueles que, deliberadamente, nos dão a conhecer. Para tal sugiro-lhe que leia do Dr. Flausino Torres que viveu exilado em Praga, até pouco antes do 25 de Abril as seguintes obras: Diário da Batalha de Praga – Socialismo e Humanismo – Edições Afrontamento; “Flausino Torres” – Documentos e Fragmentos Biográficos de um Intelectual Antifascista, Edições Afrontamento. Ficará de certeza com uma opinião mais concreta da figura em questão. Com os meus cumprimentos.
Caro Bartolomeu, publicidade enganosa é facil fazer. Propôr coisas inaplicaveis também. Encher a boca com "os direitos dos trabalhadores" é facílimo. Mas a practica é outra história. Conhece algum país comunista onde os cidadãos tenham conhecido a prosperidade e o bem estar social? E, enfim, não deixa de ser caricato que, em Portugal, a primeira lei que regulou as requisições civil e militar tenha sido feita por não outro que o Vasco Gonçalves. Lá está, falar é facil, mormente quando não se tem a responsabilidade de nada nem de coisa nenhuma.
A propaganda vermelha é, e a realidade se encarregou de o demonstrar, uma mentira pegada do principio ao fim. Porém é muito simplezinha, muito apelativa, todas essas coisas. Mas não deixa de ser uma mentira pegada. Como, repito, a realidade sempre se encarregou de demonstrar ao longo dos 70 anos em que essa peçonha existiu na Europa e é ainda hoje a realidade em Cuba e na Coreia do Norte, essa grande democracia. Na Venezuela também estamos a ver a aplicação practica dessa propaganda.
O Tonibler tem toda a razão. Comunistas? Melhor mortos.
Calma, criticar o comunismo é uma coisa; desejar o mal a quem professa tais ideias é outra. Eu limito-me a criticar o comunismo. E reconheço aos outros o direito de terem a ideologia que bem quiserem. Desde que, na sua prática, não atente com os legítimos direitos dos outros.
Caro Pinho Cardão, o problema todo do comunismo e o motivo pelo qual não é uma ideologia como as outras é precisamente porque na sua practica, mais do que atentar contra os direitos dos outros, atenta contra a própria vida dos que não são afectos à vermelhice.
Ora, ai tendes caros co-comentadores! Faço minhas as palavras do Dr. Pinho Cardão. Aquilo que ele escreve, vem ao encontro daquilo que eu penso e que possívelmente não fui capaz de explicar nos anteriores comentários. Eu, não defendo o comunismo, nem os comunistas. Defendo-me a mim, se me quiserem atacar e nem sempre com êxito. Aquilo que me parece natural, porque vivemos em democracia, é que os comunistas, como representantes de uma fracção da sociedade com opinião e direitos de cidadania, tenham direito a participar nas decisões discutindo no parlamento e presentando propostas, em igualdade de direitos e de obrigações com qualquer outro partido político. Nada mais que isso.
Caros, como comecei lá em cima por dizer, o festejo do nascimento de Cunhal é uma prova que a democracia tem que fazer para mostrar que mesmo os seus maiores inimigos têm lugar. Não é um desejo é um balanço: comunista bom é comunista morto. Daí até desejar que morram vai uma longa distância...
"Olho por olho - dente por dente" Lembro-lhe, caro Tonibler, a frase de Otelo Saraiva de Carvalho, nos idos de 75: «E, oxalá que, realmente não tenhamos que um dia encher a arena do Campo Pequeno com muitos contra-revolucionários, antes que os contra-revolucionários nos metam a nós no Campo Pequeno». Ora bem, como se pode perceber, Otelo era embuído de um espírito mais benévolo que o seu, caro Tonibler, na medida em que recorria a Oxalá para que não viesse a ter de ser usada a lei de Salomão.
Não entendeu, meu caro. Otelo tinha um desejo, eu faço um balanço. Todo o fdp tem direito a ser um fdp desde que não consuma o acto. Mas depois de morto, é menos um.
Com os anos até o desvairado Otelo Saraiva de Carvalho tem vindo a ganhar juizo. Em abril de 2011 deu uma entrevista ao Diário de Notícias em que chega ao ponto de dizer que Portugal precisa dum homem com a inteligencia e a honestidade do Salazar. Vai mais longe assumindo que Salazar teve perspectiva social em beneficio do povo indo contra as grandes fortunaas.
Tonibler, com referencia ao seu anterior comentário deixo-lhe uma pergunta. É sincera e sem quaisquer segundas intenções.
Como se evita que um comunista consume o acto? Mormente quando têm tanta influencia na vida Portuguesa e estão presentes em sectores muito visiveis e com grande influencia na vida normal do país?
Não compreendi o enunciado da equação, caro Tonibler. Como é que, não consumando o acto, consegue seja quem for, provar que é filho de uma senhora que empresta o corpo a troco de dinheiro? Ou seja: como é que podemos concluir, sem provas?! Hmmm... quer-me parecer que o Tonibler também aprova os julgamentos ad hoc, cuja finalide se concentra em provar o que improvável... ;))
Bom, caro Zuricher, a nostalgia do passado é algo intrínseco aos portugueses, que normalmente a acompanham de umas pitadas de fado, uns pós de revivalismo, muito tinto, e uma passagem fugaz por casa de mulheres de vida fácil. Se é que possamos dizer que hoje em dia, a vida esteja fácil para alguém... tirando meia-dúzia de "encostados", meia-dúzia de especuladores e meia-dúzia de comentadores políticos...
Sem provas, Bartolomeu? Esquecendo já o caso Português e o (felizmente) pouco tempo em que tiveram as rédeas do poder mas que ainda assim deu para fazerem estragos qb, que mais provas precisa que Cuba, Coreia do Norte, os países do bloco de Leste, Vietnam, Laos, Cambodja, entre outros? Que mais provas precisa das intenções de Álvaro Cunhal mais do que as ditas pela boca do próprio na entrevista que citei mais acima? Ele próprio diz que não aceita o jogo das eleições. Assegura que em Portugal não haverá Parlamento. Que afirma que as leis fazem-se mas não para serem respeitadas. Que afirma que em Portugal não existe possibilidade "nunca mais" duma democracia como as da Europa Ocidental e que nem o PCP a quer. Que alude reiteradamente a uma revolução como a que aconteceu na Russia em 1917 como o processo ideal para Portugal. Entre várias outras pérolas.
Caro Bartolomeu, que provas mais precisa de que o homem era um patife e que glorifica-lo é o mesmo que glorificar assassinos? A única diferença entre Cunhal e Fidel Castro e outros da mesma laia é que em Portugal houve os militares de Novembro e em Cuba e noutros paises não.
Não, caro Zuricher. A diferença é que Portugal, geográficamente, faz parte integrante da Europa e, nem a essa Europa, nem à América, convinha tão estratégicamente posicionado uma metralhadora soviética. Portanto, Cunhal podia dizer o que quisesse nos seus discursos, Otelo idem, que sabiam perfeitamente que se passassem das palavras aos ato levavam com uma bujarda no alto da mioleira, que nem os dentes se aproveitavam. Veja lá se entretanto o discurso comunista não mudou e não está mais de acordo com a realidade política e social actual?!
Caro Bartolomeu, o que Cunhal disse era o que queria e o que sentia. É o espelho do que o homem efectivamente foi. Daí que não faça qualquer sentido glorifica-lo.
Quanto às mudanças no discurso do PCP não são assim tão marcadas. É o mesmo mas adaptado aos tempos. Aliás, tanto como ouvir o PCP, para conhecer essa gentinha importa ouvir também a CGTP.
Não sei até que ponto o discurso de um líder político, reflete com fidelidade aquilo que ele pensa ou qual é a sua verdadeira ideologia. Nem me questiono acerca disso, caro Zuricher. Para mim, o que importa é que todos os que se propõem exercer política, o façam colocando os interesses do país nos seus horizontes e actuem de acordo. Muito sinceramente; aquilo que as figuras políticas de 50/60/70/80/90 até 2013 fizeram ou disseram, para mim, representam "peanuts". Interessa-me, isso sim, as opiniões dos actuais políticos com influência na governação do país, sejam de esquerda, do centro, de direita, ou hibridos.
É simples. Determinar que alguém é ladrão por propensão a ser ladrão não é lícito. É lícito dizer-se que é ladrão depois de roubar. Um comunista é contrário à democracia por definição. Um direito que lhe assiste me democracia. Como forma extrema de estupidez não deixa de ser estupidez, um direito que os portugueses exercem à exaustão. Agora, ficamos melhor sem comunistas? Não tenho dúvida, por isso quando partem, seja na forma Pacheco Pereira, seja na forma Cunhal, é sempre bom.
Acho que os citados também gostavam de ver desaparecer todos os tipos que praticam esgrima e atletismo. Sobretudo Pacheco Pereira, o outro já não tem voz ativa na matéria... ;)))) Você é impagável, Tonibler!!!
A esgrima, como o atletismo, têm uma enorme vantagem sobre os Pachecos da vida. Da partida à chegada, cada um depende de si e as suas acções impactam apenas em si. Não duvido, por isso, que eles gostassem de ver essa gente desaparecer.
Esse seu pragmatismo, Tonibler colide de frente com o espírito do desporto competitivo, o qual, por sua vez, coincide em variadíssimos aspectos com os afogueamentos políticos. ;))))
40 comentários:
Bom, bom, era que a tetravó nunca tivesse nascido.
Álvaro Cunhal foi uma figura política com uma importância e uma preponderância ímpares. Marcou uma época, destacou-se pela sua acutilância, a sua personalidade, carácter e "bagagem intelectual". se assim não tivesse sido, seria mais um qualquer que andou pela política. Mas não, por isso o recordamos hoje, cada um por motivos próprios, mas sempre, quer se concorde ou discorde das políticas que defendia, com respeito. Mas, indo ao encontro daquilo que o meu estimado Amigo Pinho Cardão, critica neste post, devo dizer que também não percebo, ou melhor... percebo sim, porque motivo os midia fazem tanta questão em lembrar a figura de Álvaro Cunhal e podia apostar, que esse desvelo todo, não tem nada a ver com saudade, ou com homenagem, ou até com História, mas sim, e do meu ponto de vista, com um desejo de "espicaçar" a opinião pública na esperança de que, um espírito de revolta nasça entre a populaça e dê origem a uma revolução popular contra este governo que desgoverna e que hipoteca o país e as suas gentes. Gentes que por seu lado, também não sabem muito bem, nem mal, que rumo hão de dar à vida que cada dia lhes parece mais morte anunciada , que vida prometida.
Caro Bartolomeu, mas será função da comunicação social esse espicaçar da sociedade? Estão lá para isso ou para informar? E, evidentemente, que no meio de toda essa palhaçada só irão publicar o que querem. Ora veja lá se algum alude à entrevista dada pela criatura a Oriana Falacci e publicada no "Jornal do Caso República" nº 8 de 27 de Junho de 1975? Pode haver e certamente há outras mas esta parece-me ser a mais expressiva e que melhor espelha o que preconizava e queria o homem para Portugal.
Concordo porém consigo quando diz que ele teve importância e preponderância impares. E teve tudo isso porque o Estado Novo lho permitiu. Contrariamente a todos os regimes similares da mesma época ou posteriores, na Europa e na América Latina. Sem ir mais longe veja-se se alguma vez em Espanha se permitiu aos líderes vermelhos, Santiago Carrillo e Dolores Ibaqqrcoisa, a Pasionaria, alcançar semelhante protagonismo e importância.
De todos os fascistas que este país conheceu e continua a conhecer, havia um conjunto deles que ainda acrescentava a essa característica o trabalharem para potências estrangeiras que apontavam mísseis à minha casa. Cunhal era o líder deles e nenhum tijolo é melhor que aquele que é feito com a carcaça dele. Festejar o nascimento dele é importante para a democracia, para mostrar que mesmo aqueles que nem respirar mereciam se a opinião deles valesse têm direito à vida. Mas festejemos também a morte natural deles e que muitos o sigam...
Meu caro Zürich er, infelizmente não estamos na Suíça, tão pouco na sua maior cidade. Aqui, a realidade comporta uma imprensa convencida que tem mais poder que o poder que a governa e portanto, que governa mais que esse poder, porque esse poder que a governa se serve, quando lhe convém, do poder que ela detém. Isto tudo se passa num regime de concubinato tacitamente aceite por ambas as partes, contudo, semeado de reais e falsas cenas de ciúme, com violência doméstica à mistura, as quais, por vezes, dão lugar a queixas de ambas as partes, com recurso às instâncias superiores da magistratura mas que, acabam invariavelmente em conciliábulos de cama e orgias de favores.
Fora isto, e para que nos situemos num espaço e num tempo próximo, não remoto, podemos afirmar com segurança que desde a revolução de Abril, não existiu em Portugal um político que resistisse com garbo e valentia à tentação de dar "uma no cravo, outra na ferradura" de, cá dentro, arengar um propósito nacionalista e defensor dos valores patrióticos, e de cidadania e lá fora, chegarem ao ponto de pisar a bandeira nacional.
Isto há gente para tudo, meu caro, exceto para dignificar o país e as suas gentes.
Pois então, caro Bartolomeu, se calhar já vai sendo tempo de pôr a imprensa no seu devido lugar e mostrar quem manda efectivamente no país. Concordo porém que muitos tentam servir-se do poder que vão deixando a imprensa ter.
Meu amigo Tonibler, Vossa Mercê não me diga que pertence ao grupo dos que acreditam que o Álvaro papava crianças ao pequeno almoço?!
Se eu fosse padre dir-lhe-ia: óh Tonibler, creia que xe o homem existiu, xe foi trajido a este mundo, é porque a bontade dibina axim o dexidiu. Afinal, a este mundo, tanto bêem xantos cumo pecadores, e todos por cá páxam co uma mixão à qual num podem fujir... estamos todos ubrigados a nos cumprir... de uma forma ou de outra. e tal...
Permita-me uma pequena retificação, caro Zuricher; "muitos" não, todos!
A imprensa serve para tudo, para promover e para destruir. Todos o sabem, mas todos se deixam viciar nesta droga que causa uma dependência para a qual não existe tratamento de desintoxicação.
Desta "dependência", deriva o tal poder que a imprensa detém sobre o poder. O mesmo poder que um traficante possui sobre um consumidor.
Pois então, sendo assim, caro Bartolomeu, em vez de estar-se com esse jogo de gato e rato que unicamente tem permitido à imprensa impôr a sua agenda e condicionar a acção dos governos, um atentado à própria democracia, talvez seja melhor cortar o mal pela raiz e voltar a efectivar o Decreto-Lei número 22469 de 11 de Abril de 1933.
Lá está, caro Zuricher... assim, temos de voltar ao tema de dias atrás; a democracia.
e em democracia, como deve imaginar, a censura prévia às publicações gráficas, não se enquadra. E não se enquadra porque: para que a democracia seja efetiva, a opinião não pode ser cerceada seja de que forma for, ou por que motivo for.
Então, a democracia remete-nos naturalmente para uma ditadura... uma ditadura democrática.
Caro Bartolomeu, Cunhal era um traidor e um fascista. Comer criancinhas acho que não comia mas não chega???
Estamos a "malhar em ferro frio", caro Tonibler. É claro que Cunhal foi um enorme fascista e traidor, especulador, manipulador, em suma; era comunista. Mas não era um mero comunista; era um comunista intelectual, politicamente, filosoficamente e ideologicamente. E um gajo que É tudo isto, não se pode considerar um mero burocratazinho de um partido, compelido e formatado para obedecer e servir.
Bartolomeu, há certas ideias que de tão daninhas são, tão más, tão lesivas para os paises e para as sociedades não devem ter direito a tempo de antena, seja onde for, por muito democrática que uma sociedade seja.
Há o costume de equiparar o comunismo a uma ideologia mais a par das outras. Não o é. É uma ideologia de miséria, opressão e morte. Não consigo entender, aliás, porque é que, por exemplo, a propaganda à xenofobia (um exemplo entre vários possiveis) é crime e a propaganda ao comunismo é legal. Com a agravante de que o comunismo tem às costas tal quantidade de milhões de mortos que o torna inigualavel por qualquer outra criação humana. Não entendo como pode o comunismo estar no mesmo patamar da democracia cristã ou da social democracia e não no patamar da xenofobia, da pedofilia, da incitação a ódios vários e tantas outras coisas proibidas que, pelo histórico vermelho, era o seu devido lugar. Está muito bem punir várias das coisas hoje em dia proibidas. Está muito mal permitir a existencia e propaganda do comunismo.
Caro Bartolomeu, se a repressão ao comunismo em Portugal não tivesse sido a opereta que foi e tivesse sido igual a regimes congéneres do mesmo momento histórico e momentos posteriores acha que hoje em dia alguém saberia que Cunhal tinha sido intelectual, filósofo e essas coisas todas?
Caro Bartolomeu, também Salazar, Adolfo Hitler e Lenine. E como eles está melhor morto.
Está a parecer-me que os meus caros Zuricher eTonibler, consideram que nos meus anteriores comentários, demonstro simpatia pelo comunismo e o defendo como útil à nossa sociedade. Não é o caso. Nem defendo nem considero útil, porém, e dado a forma como o xadrez político-partidário se apresenta no nosso país, acho-o necessário, sem forçosamente o adjetivar de bom, ou mau. Simplesmente, necessário. É claro que os partidos políticos, de uma ponta à outra do cordão político, não são hoje, uma sombra daquilo que foram. Portanto, parece-me absolutamente irrelevante estarmos hoje a equacionar a profundidade da utilidade, ou inutilidade das suas políticas.
A política, meus amigos, existe para servir ideais e para debater e consensualizar pontos de vista cuja finalidade a atingir só pode ser uma; o bem estar social e consequentemente a estabilidade e o progresso. Fora isto... que se lixem as eleições!!!
Terão fundamento as suspeitas de envolvimento do PCP no assalto ao Angoche e do assassínio dos respetivos Tripulantes (32)?, eu gostava de saber, para perceber melhor quem foi Álvaro Cunhal!
Caro Bartolomeu, alude a consenso de pontos de vista, a bem estar social, a estabilidade e progresso. Como é que, elogiando estes objectivos, consegue ver como necessário um partido que defende a antítese de tudo isto? Que não aceita sequer pontos de vista diferentes e não procura atingir bem estar social, progresso nem nada que se lhe pareça?
É simples, caro Zuricher, basta ouvir nos debates da Assembleia da República, as interpelações que o deputado Bernardino Soares faz aos restantes deputados, sobre matérias de carácter social, e as sugestões que em nome do partido, apresenta.
Exmo Senhor Bartolomeu: Para podermos ter uma opinião consistente de uma figura pública como essa, devemos procurar conhecer todos os aspectos da sua intervenção política e não, somente, aqueles que, deliberadamente, nos dão a conhecer. Para tal sugiro-lhe que leia do Dr. Flausino Torres que viveu exilado em Praga, até pouco antes do 25 de Abril as seguintes obras: Diário da Batalha de Praga – Socialismo e Humanismo – Edições Afrontamento; “Flausino Torres” – Documentos e Fragmentos Biográficos de um Intelectual Antifascista, Edições Afrontamento. Ficará de certeza com uma opinião mais concreta da figura em questão.
Com os meus cumprimentos.
Caro Bartolomeu, publicidade enganosa é facil fazer. Propôr coisas inaplicaveis também. Encher a boca com "os direitos dos trabalhadores" é facílimo. Mas a practica é outra história. Conhece algum país comunista onde os cidadãos tenham conhecido a prosperidade e o bem estar social? E, enfim, não deixa de ser caricato que, em Portugal, a primeira lei que regulou as requisições civil e militar tenha sido feita por não outro que o Vasco Gonçalves. Lá está, falar é facil, mormente quando não se tem a responsabilidade de nada nem de coisa nenhuma.
A propaganda vermelha é, e a realidade se encarregou de o demonstrar, uma mentira pegada do principio ao fim. Porém é muito simplezinha, muito apelativa, todas essas coisas. Mas não deixa de ser uma mentira pegada. Como, repito, a realidade sempre se encarregou de demonstrar ao longo dos 70 anos em que essa peçonha existiu na Europa e é ainda hoje a realidade em Cuba e na Coreia do Norte, essa grande democracia. Na Venezuela também estamos a ver a aplicação practica dessa propaganda.
O Tonibler tem toda a razão. Comunistas? Melhor mortos.
Calma, criticar o comunismo é uma coisa; desejar o mal a quem professa tais ideias é outra.
Eu limito-me a criticar o comunismo. E reconheço aos outros o direito de terem a ideologia que bem quiserem. Desde que, na sua prática, não atente com os legítimos direitos dos outros.
Caro Pinho Cardão, o problema todo do comunismo e o motivo pelo qual não é uma ideologia como as outras é precisamente porque na sua practica, mais do que atentar contra os direitos dos outros, atenta contra a própria vida dos que não são afectos à vermelhice.
Ora, ai tendes caros co-comentadores! Faço minhas as palavras do Dr. Pinho Cardão.
Aquilo que ele escreve, vem ao encontro daquilo que eu penso e que possívelmente não fui capaz de explicar nos anteriores comentários.
Eu, não defendo o comunismo, nem os comunistas. Defendo-me a mim, se me quiserem atacar e nem sempre com êxito. Aquilo que me parece natural, porque vivemos em democracia, é que os comunistas, como representantes de uma fracção da sociedade com opinião e direitos de cidadania, tenham direito a participar nas decisões discutindo no parlamento e presentando propostas, em igualdade de direitos e de obrigações com qualquer outro partido político. Nada mais que isso.
Caros, como comecei lá em cima por dizer, o festejo do nascimento de Cunhal é uma prova que a democracia tem que fazer para mostrar que mesmo os seus maiores inimigos têm lugar. Não é um desejo é um balanço: comunista bom é comunista morto. Daí até desejar que morram vai uma longa distância...
"Olho por olho - dente por dente"
Lembro-lhe, caro Tonibler, a frase de Otelo Saraiva de Carvalho, nos idos de 75: «E, oxalá que, realmente não tenhamos que um dia encher a arena do Campo Pequeno com muitos contra-revolucionários, antes que os contra-revolucionários nos metam a nós no Campo Pequeno». Ora bem, como se pode perceber, Otelo era embuído de um espírito mais benévolo que o seu, caro Tonibler, na medida em que recorria a Oxalá para que não viesse a ter de ser usada a lei de Salomão.
Não entendeu, meu caro. Otelo tinha um desejo, eu faço um balanço. Todo o fdp tem direito a ser um fdp desde que não consuma o acto. Mas depois de morto, é menos um.
Com os anos até o desvairado Otelo Saraiva de Carvalho tem vindo a ganhar juizo. Em abril de 2011 deu uma entrevista ao Diário de Notícias em que chega ao ponto de dizer que Portugal precisa dum homem com a inteligencia e a honestidade do Salazar. Vai mais longe assumindo que Salazar teve perspectiva social em beneficio do povo indo contra as grandes fortunaas.
É uma notícia curtinha mas muito esclarecedora.
Tonibler, com referencia ao seu anterior comentário deixo-lhe uma pergunta. É sincera e sem quaisquer segundas intenções.
Como se evita que um comunista consume o acto? Mormente quando têm tanta influencia na vida Portuguesa e estão presentes em sectores muito visiveis e com grande influencia na vida normal do país?
Não compreendi o enunciado da equação, caro Tonibler. Como é que, não consumando o acto, consegue seja quem for, provar que é filho de uma senhora que empresta o corpo a troco de dinheiro?
Ou seja: como é que podemos concluir, sem provas?!
Hmmm... quer-me parecer que o Tonibler também aprova os julgamentos ad hoc, cuja finalide se concentra em provar o que improvável...
;))
Bom, caro Zuricher, a nostalgia do passado é algo intrínseco aos portugueses, que normalmente a acompanham de umas pitadas de fado, uns pós de revivalismo, muito tinto, e uma passagem fugaz por casa de mulheres de vida fácil. Se é que possamos dizer que hoje em dia, a vida esteja fácil para alguém... tirando meia-dúzia de "encostados", meia-dúzia de especuladores e meia-dúzia de comentadores políticos...
Sem provas, Bartolomeu? Esquecendo já o caso Português e o (felizmente) pouco tempo em que tiveram as rédeas do poder mas que ainda assim deu para fazerem estragos qb, que mais provas precisa que Cuba, Coreia do Norte, os países do bloco de Leste, Vietnam, Laos, Cambodja, entre outros? Que mais provas precisa das intenções de Álvaro Cunhal mais do que as ditas pela boca do próprio na entrevista que citei mais acima? Ele próprio diz que não aceita o jogo das eleições. Assegura que em Portugal não haverá Parlamento. Que afirma que as leis fazem-se mas não para serem respeitadas. Que afirma que em Portugal não existe possibilidade "nunca mais" duma democracia como as da Europa Ocidental e que nem o PCP a quer. Que alude reiteradamente a uma revolução como a que aconteceu na Russia em 1917 como o processo ideal para Portugal. Entre várias outras pérolas.
Caro Bartolomeu, que provas mais precisa de que o homem era um patife e que glorifica-lo é o mesmo que glorificar assassinos? A única diferença entre Cunhal e Fidel Castro e outros da mesma laia é que em Portugal houve os militares de Novembro e em Cuba e noutros paises não.
Não, caro Zuricher. A diferença é que Portugal, geográficamente, faz parte integrante da Europa e, nem a essa Europa, nem à América, convinha tão estratégicamente posicionado uma metralhadora soviética. Portanto, Cunhal podia dizer o que quisesse nos seus discursos, Otelo idem, que sabiam perfeitamente que se passassem das palavras aos ato levavam com uma bujarda no alto da mioleira, que nem os dentes se aproveitavam.
Veja lá se entretanto o discurso comunista não mudou e não está mais de acordo com a realidade política e social actual?!
Caro Bartolomeu, o que Cunhal disse era o que queria e o que sentia. É o espelho do que o homem efectivamente foi. Daí que não faça qualquer sentido glorifica-lo.
Quanto às mudanças no discurso do PCP não são assim tão marcadas. É o mesmo mas adaptado aos tempos. Aliás, tanto como ouvir o PCP, para conhecer essa gentinha importa ouvir também a CGTP.
Não sei até que ponto o discurso de um líder político, reflete com fidelidade aquilo que ele pensa ou qual é a sua verdadeira ideologia.
Nem me questiono acerca disso, caro Zuricher.
Para mim, o que importa é que todos os que se propõem exercer política, o façam colocando os interesses do país nos seus horizontes e actuem de acordo.
Muito sinceramente; aquilo que as figuras políticas de 50/60/70/80/90 até 2013 fizeram ou disseram, para mim, representam "peanuts".
Interessa-me, isso sim, as opiniões dos actuais políticos com influência na governação do país, sejam de esquerda, do centro, de direita, ou hibridos.
É simples. Determinar que alguém é ladrão por propensão a ser ladrão não é lícito. É lícito dizer-se que é ladrão depois de roubar. Um comunista é contrário à democracia por definição. Um direito que lhe assiste me democracia. Como forma extrema de estupidez não deixa de ser estupidez, um direito que os portugueses exercem à exaustão. Agora, ficamos melhor sem comunistas? Não tenho dúvida, por isso quando partem, seja na forma Pacheco Pereira, seja na forma Cunhal, é sempre bom.
Acho que os citados também gostavam de ver desaparecer todos os tipos que praticam esgrima e atletismo. Sobretudo Pacheco Pereira, o outro já não tem voz ativa na matéria...
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Você é impagável, Tonibler!!!
A esgrima, como o atletismo, têm uma enorme vantagem sobre os Pachecos da vida. Da partida à chegada, cada um depende de si e as suas acções impactam apenas em si. Não duvido, por isso, que eles gostassem de ver essa gente desaparecer.
Esse seu pragmatismo, Tonibler colide de frente com o espírito do desporto competitivo, o qual, por sua vez, coincide em variadíssimos aspectos com os afogueamentos políticos.
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