Uma a uma sinto calarem-se as vozes do bom senso, desaparecerem as inteligências sadias do meu País. No seu lugar aparece, sempre amplificado, o populismo mais primário, de mãos dadas com a soberba intelectual de uns quantos que desdenham do Povo e dos seus sentimentos, e a oportunista exploração da ensandecência. Tudo em nome dos maiores valores.
Rimos e bebemos até à beira do precipício, como escreveu Madame de La Tour du Pin.
12 comentários:
Mas ha ainda quem acredite nos oráculos, caro Dr. José Mário, mesmo que estafados e a cair da tripeça... e lhes conceda o grau de Dons Sebastiões. O sacana do cavalo é que já manqueia demais...
Sim, é uma torrente difícil de conter.
Também sinto isso.
E a questão é: e como resolvemos?
Os jornais e afins, para além de outros árbitros, que deveriam mediar o debate público, preferem deixar a posição de árbitros para alinharem por uma das equipas, mas mantendo todas as prerrogativas de árbitro.
É fácil imaginar a falta de sentido de um jogo em que o árbitro alinha por uma das equipas.
Mais difícil é saber como se sai da situação se os árbitros (são vários) não dá o jogo por terminado.
henrique pereira dos santos
A entrevista à TVI foi penosa de mais. Por um lado o senhor Soares, manifestamente debilitado, pelo outro um jornalista "deleitado" com o que estava a ouvir.
Triste espetáculo.
Caro Ferreira de Almeida, o que vem sucedendo em Portugal não é mais do que a Lei de Gresham aplicada à política e mesmo ao global da sociedade. Os medíocres afastam as pessoas de verdadeiro valor que têm mais o que fazer na vida e não querem ver-se envolvidas com gente de baixo nivel... a todos os niveis. Mas também, repare, entre um rematado imbecil inculto mas com boas palavras e um homem de saber e que diz a verdade, um muito simpático, o outro naturalmente menos simpático senão mesmo antipático (a verdade é-o sempre...) qual preferem os cidadãos? Albarda-se o burro à vontade do dono.
Sem dúvida. Um bom exemplo desse populismo mais primário são as palavras de César das Neves.
“O economista e ex assessor económico de Cavaco Silva, João César das Neves, defendeu, numa entrevista à TSF e ao DN, que aumentar o salário mínimo “é estragar a vida aos pobres” e que "a maior parte dos pensionistas estão a fingir que são pobres".
Habitualmente quando o povo fala os burros baixam as orelhas. É não ouvir...quando o povo falar, logo se ouve a voz da razão.
Sr.Lamas:
Realmente não sei o que será mais penoso, se ter paciência para ouvir/ver o esclerosado chulo do soares, se aquele pavão empertigado que se "deleita" todos os dias de uma maneira boçal à frente de quem tenha a pachorra de o aturar!Coisa que felizmente eu não tenho!Nem quanto a este nem à doida varrida que dá pelo nome de constança!Aliás,na TVI24 há por ali mais uns specimens desenfreados como uma tal paula magalhães!Gente "seleccionada"!
estamos desde a 39 anos a suportar o boxexas e o seu
socialismo post-mortem
Não Senhor Carlos Sério, com o devido respeito, o Senhor é um poço de preconceitos, pois o que diz o Senhor Dr. César M. das Neves não é populismo mas precisamente o contrário de populismo. Pode ser uma afronta ao povo e aos pobres deste País mas populismo é que não é. Populismo é, por exemplo, aqueles que toda a vida têm vivido à tripa forra, só agora é que se lembram da Pátria; que passaram a vida toda a espesinhar a Pátria e agora, para salvarem a sua imagem, andam armados em patriotas, gente de quem, tudo leva a crer, o Senhor C. Sério tanto gosta. Isso é que é populismo.
José Mário
Já nada surpreende, mas ainda assim somos surpreendidos...
Caro Ferreira de Almeida:
Temos uma imprensa inculta, impreparada, ignorante: jornalistas, editores e directores. Para além disso, inculta e arrogante.
Só isso explica o miserável critério jornalístico de que diariamente dá mostras.
A nossa comunicação social é um dos grandes problemas deste país: refocila e deleita-se até ao orgasmo em tudo o que é negativo e espúrio; esquece o que é positivo e motivador.
Uma imprensa sectária até mais não. E alguma diz-se de serviço público.
Nota: Não me venham com censura; isso é espantalho que visa impedir a crítica.
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