Na última edição do caderno de economia do Expresso fui alertado para uma pequena notícia inserida na secção “Últimas” da primeira página: “Exportações crescem”. Imaginem a reacção optimista: “isto começa a recuperar!”. Só depois da leitura completa me inteirei da situação: exportações para países extra-comunitários crescem 6,6%, mas as respectivas importações cresceram 21,3%, agravando o deficit da balança comercial. Para chegar aos detalhes fui à página do INE, esforço que acabou por ser recompensado com duas constatações: o título é o mesmo, mas o agravamento do deficit comercial (-44,3%) foi omitido.
Dá para imaginar quais teriam sido os títulos possíveis há um ano atrás: “Deficit comercial afunda-se”, ou “Importações disparam”. Enfim, critérios editoriais.
1 comentário:
Costumo dizer aos alunos que cada era, cada época tem a sua forma de adoecer e de morrer.
Podemos também dizer que cada era, cada época tem a sua forma de transmitir as notícias. Não deixa de ser curioso o facto dos jornalistas serem os mesmos…
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