A diabetes está a atingir uma prevalência muito elevada nas sociedades ocidentais. Nos próximos vinte e cinco anos irá duplicar o número de pessoas com esta grave doença. Têm sido apontados, e com toda a razão, os excessos alimentares e um sedentarismo crescente, além de factores genéticos. Mas, a par destes factores, há um que não tem sido divulgado: o efeito do tabaco. O risco de intolerância à glicose (estado de pré diabetes) é mais elevado nos fumadores, mas os fumadores passivos também apresentam risco elevado. Esta situação, precursora do estado de diabetes, exige cuidados adequados. Deste modo, as medidas que visam proteger os não-fumadores são bem-vindas, porque os riscos que correm não se cingem apenas a problemas respiratórios, cardiovasculares ou cancro, mas também a doenças que, até há pouco tempo, não se suspeitava que tivessem relação com esta tão vulgarizada forma de poluição.
Esperemos que, entre nós, e em breve, a poluição tabágica deixará de atacar os não-fumadores.
3 comentários:
Quanto à proibição de fumar em locais públicos e face ao tremendo impacto que o fumo do tabaco tem na saúde de todos, então restaurantes e bares que decidam manter-se para fumadores, devem proibir a entrada a não fumadores(como eu, aliás).
Na proposta do anterior governo estava previsto qualquer coisa nesse sentido: restaurante ou café "só" para fumadores. Estes tinham que declarar, previamente, essa intenção e publicitá-la. Caso contrário era proibido não a entrada a fumadores mas fumarem no interior. Não sei qual seria o dístico, talvez algo como um "sinal" de proibição a "não-fumadores"... Por mim tanto faz, o que eu queria era ter um café, fosse onde fosse, onde pudesse passar algum tempo sem ter de sofrer as agruras do fumo passivo. É que gosto muito de ir a um café, ler, estudar, conversar. Coisas que ultimamente não consigo fazer durante muito tempo. Um ex-fumador com sequelas acaba, quase sempre, por ficar terrivelmente incomodado...
Liberdade de escolha. Os donos que declarem a sua política face ao fumo, os consumidores que decidam. Logo a lei deverá ser apenas obrigar os donos dos restaurantes e bares a dizerem o que se faz na sua casa. Isto, obviamente, se ainda somos uma democracia, baseada na liberdade do indivídu, blá,blá,blá....
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