Ontem li uma notícia, que reproduzia declarações de um conhecido e ilustre político e deputado, que irei citar de memória, mas creio que com fidelidade.
Aliás o facto relevante não é a pessoa, nem mesmo as declarações, já que a situação poderia referir-se a muitos outros políticos, mas o que essas declarações significam.
Por isso, a observação nada tem de pessoal, mas serve para ilustrar determinado estado de coisas.
Referia esse deputado, para justificar as suas ausências como Vereador na Câmara de Lisboa, que dava prioridade à sua presença na Assembleia Municipal, até porque era um Vereador sem pelouro e não constituia encargo para a Câmara, pois nada recebia pela função.
Então, o facto relevante é que há muitos políticos que aceitam candidatar-se a funções para as quais não têm tempo, nem jeito, disponibilidade ou gosto e que nunca irão exercer.
A sua apresentação ao eleitorado e posterior eleição acaba por ser uma mistificação e uma fraude.
A acumulação de múltiplas funções, que é apanágio de muitos políticos, tem como resultado não exercerem nenhuma convenientemente.
Apesar disso, e de se servirem da política, em vez de servir os cidadãos, através da política, tornam-se cada vez mais notáveis e imprescindíveis.
E quanto mais notáveis e imprescindíveis, a mais mais cargos serão candidatados e se candidatarão, para não os exercer!...
Aliás o facto relevante não é a pessoa, nem mesmo as declarações, já que a situação poderia referir-se a muitos outros políticos, mas o que essas declarações significam.
Por isso, a observação nada tem de pessoal, mas serve para ilustrar determinado estado de coisas.
Referia esse deputado, para justificar as suas ausências como Vereador na Câmara de Lisboa, que dava prioridade à sua presença na Assembleia Municipal, até porque era um Vereador sem pelouro e não constituia encargo para a Câmara, pois nada recebia pela função.
Então, o facto relevante é que há muitos políticos que aceitam candidatar-se a funções para as quais não têm tempo, nem jeito, disponibilidade ou gosto e que nunca irão exercer.
A sua apresentação ao eleitorado e posterior eleição acaba por ser uma mistificação e uma fraude.
A acumulação de múltiplas funções, que é apanágio de muitos políticos, tem como resultado não exercerem nenhuma convenientemente.
Apesar disso, e de se servirem da política, em vez de servir os cidadãos, através da política, tornam-se cada vez mais notáveis e imprescindíveis.
E quanto mais notáveis e imprescindíveis, a mais mais cargos serão candidatados e se candidatarão, para não os exercer!...
Pitorescos e extravagantes critérios de escolha das cúpulas partidárias!...
4 comentários:
Divertido e acertado comentário. Mas porque não mencionou o nome da figura visada ?
Demais, tem a dita uma língua mui acerada, sendo prático, rápido e, por vezes, deveras contundente, na crítica que dispara sobre adversários políticos. O nosso distinto MRS que o diga. Todos, certamente, nos lembramos de quando Manuel Maria Carrilho lhe chamou «pura gelatina», era Marcelo, então, Presidente do PSD.
Ó Dr. PC, então?
Não são só os políticos que acumulam funções. Os professores também acumulam funções.
Já viu as consequências que isso tem na taxa de emprego (ou na falta dele)? Se não viu, devia ver porque, de certeza, deve dar um tema de debate interessante aqui no 4R.
É o que digo. Vamos acabar com essa coisa das cúpulas partidárias andarem a escolher.
Aí vamos ter as cúpulas partidárias a dizer "que dão prioridade à escolha do papel de fotocópia porque na escolha de candidatos não têm muito a dizer...."
Olhem, se querem que vos diga, ainda gostava de assistir a um processo de selecção para detentores de cargos públicos.
Acho que devia ser uma coisa linda de se ver.
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