O 1º Ministro, José Sócrates, inventou um brinquedo, a Cimeira Europa com África, e quer ser ele a mostrá-lo a toda a gente, exibindo-se a si próprio e ao brinquedo. Para isso, fez os convites a todos os Chefes de Estado de todos os países de África, sem discriminação de democracias mais ou menos musculadas ou de ditaduras mais ou menos corruptas e sanguinolentas.
Acontece que alguns países democratas europeus não gostam de algumas dessas companhias e não vêm ver o brinquedo.
Ao que o Governo fez saber, depois de o ter convidado, que um dos Chefes de Estado, Mugabe, não era bem-vindo. Isto é, o Governo fez um convite que afinal não era convite, mas que o convidado naturalmente aceitou como convite.
Ao mesmo tempo, o Governo fez saber que a vinda do convidado que convidou iria pôr em causa a finalidade essencial da Cimeira, ao distrair as atenções para a presença de Mugabe. Isto é, o Governo fez um convite para que a Cimeira fosse um fracasso, já que Mugabe estará presente.
O Governo mais disse que preferia que fosse o 1º Ministro inglês, que se recusa vir a Lisboa para não se misturar com Mugabe, a vir abrilhantar a festa de Sócrates. O que me parece mais um paradoxo, pois se preferia Brown, não convidava Mugabe, mas convidou Mugabe, sabendo que preteria Brown, o tal que preferia a Mugabe.
Assim enleada, a Cimeira vai atingir os seus plenos objectivos, que se resumem a mais uma oportunidade para umas fotografias nos jornais.
Adicionalmente, os europeus irão perdoar mais umas dívidas aos países africanos e doar mais uns fundos para rechear os bolsos dos ditadores convidados. Assim se brinca à política!...
Acontece que alguns países democratas europeus não gostam de algumas dessas companhias e não vêm ver o brinquedo.
Ao que o Governo fez saber, depois de o ter convidado, que um dos Chefes de Estado, Mugabe, não era bem-vindo. Isto é, o Governo fez um convite que afinal não era convite, mas que o convidado naturalmente aceitou como convite.
Ao mesmo tempo, o Governo fez saber que a vinda do convidado que convidou iria pôr em causa a finalidade essencial da Cimeira, ao distrair as atenções para a presença de Mugabe. Isto é, o Governo fez um convite para que a Cimeira fosse um fracasso, já que Mugabe estará presente.
O Governo mais disse que preferia que fosse o 1º Ministro inglês, que se recusa vir a Lisboa para não se misturar com Mugabe, a vir abrilhantar a festa de Sócrates. O que me parece mais um paradoxo, pois se preferia Brown, não convidava Mugabe, mas convidou Mugabe, sabendo que preteria Brown, o tal que preferia a Mugabe.
Assim enleada, a Cimeira vai atingir os seus plenos objectivos, que se resumem a mais uma oportunidade para umas fotografias nos jornais.
Adicionalmente, os europeus irão perdoar mais umas dívidas aos países africanos e doar mais uns fundos para rechear os bolsos dos ditadores convidados. Assim se brinca à política!...
6 comentários:
Caro Pinho Cardão, boa noite!
Elucida-me, pf., nesta problemática:
As cimeiras são marcadas pela real decisão do Presidente da União ou decididas em Comissão?
"Porreiro, pá"
Oh Rui, mas que formalismos esses!...
A Cimeira é iniciativa e coroa de glória da Presidência Portuguesa!...
Oh Rui, mas que formalismos esses!...
A Cimeira é iniciativa e coroa de glória da Presidência Portuguesa!...
Caro Dr. Pinho Card�o
Gosto sinceramente de ler os seus textos. S�o concretos nas mat�rias que abordam e traduzem uma cr�tica honesta.
Relativamente a este �ltimo, verifico com desgosto crescente, a falta de senso, de sentido pol�tico e de vergonha, com que estes senhores, na sua �nsia doentia de fazerem hist�ria - � evidente que o maestro desta aned�tica orquestra que nos governa,� sempre o maestro - criam situa�es que mesmo ao mais alheados destes assuntos, certamente parecem oriundos de uma brincadeira de mau gosto e sobretudo, de falta de sentido de estado. Uma verdadeira histrionia e mais, se n�o se tratasse de assuntos s�rios, � ou n�o verdade que tinhamos tema para uma grande revista no parque Mayer? Mas, das antigas.
Caro antónio das iscas:
Seria mesmo uma verdadeira e grande revista, com actos de pleno non-sense!...
E muito obrigado pela sua apreciação!...
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