Arménio Santos, há 20 anos líder dos Trabalhadores Social Democratas, recandidatou-se novamente ao cargo máximo de Secretário-Geral. Será reeleito, amanhã, no Congresso dos TSD.
O Doutor Carvalho da Silva é o eterno Secretário-Geral da Intersindical.
O Eng. João Proença é, de há tempos imemoriais, o Secretário-Geral da UGT.
Podia estender a lista aos Sindicatos da Função Pública, por exemplo.
Também nos órgãos sindicais não há renovação nem ar fresco. As figuras são sempre as mesmas, a linguagem é sempre igual, a mensagem ultrapassada, a liderança já só congrega os fieis de sempre.
Todos se agarram, como lapas, à "defesa" dos trabalhadores. Mas cada vez há menos trabalhadores sindicalizados, o que indicia que não querem ser defendidos por tais líderes.
Não há renovação nos políticos, não há renovação nos autarcas, não há renovação nos sindicatos, não há renovação das lideranças. A cultura instalada é velha, não arreda pé e impede qualquer movimento modernizador.
Por isso, estamos como estamos!...
9 comentários:
Enfim, um parque jurássico político-social, que poderia ser transformado em elemento de atracção e exploração turística, se não fosse tão dispendioso...assim, qualquer projecto turístico para exibição ao Mundo destas criaturas tão perenes nos seus cargos, irá parar à falência!
Não vejo mesmo solução, Pinho Cardão...
O Arménio Santos é trabalhador de quê?
A liderança não deve esgotar-se na conquista e manutenção dos lugares, uma das formas de aferir a sua qualidade é a capacidade que os lideres têm de formar os seus continuadores, de deixar que a pouco e pouco outros se vão afirmando com os mesmos valores mas com outras formas de os transmitir, assim garantindo a renovação.O quadro que o Pinho Cardão tão bem resume mostra bem como se foi cavando o vazio embora não me pareça que o panorama tenha o mesmo grau em todos os casos que aponta. Nas autarquias, por exemplo, já se vai vendo alguma gente nova, embora alguns não tenham ainda a visibilidade que mereciam.
"Não vejo mesmo solução, Pinho Cardão"
Caro Pinho Cardao,
Pois, se bem me lembro, tu mesmo deste a solucao ainda nao ha muito tempo. Num post a proposito das negociacoes com os sindicatos da funcao publica. Referiste, e com grande acerto, que nao faz sentido que o governo entre numa comedia de discussao de condicoes como se de um qualquer patrao privado s tratasse. E dizias, respondendo a um comentario meu, que melhor seria o governo dizer quais eram as condicoes e ponto final na conversa.E este o exemplo da Alemanha, que e um pais democratico, que a Alemanha Democratica nunca foi.
Ora, pensei eu, bem visto!
Faz algum sentido que o governo, que e neste caso, intermediario entre os contribuintes e os funcionarios publicos, tenha negociacoes com os ultimos a proposito das suas condicoes salariais e nao as tenha com os contribuintes que sao quem lhes paga o ordenados?
Nao faz!
Portanto, das duas, uma: ou o governo dita as condicoes e nao ha negociacoes ou endossa, atraves de referendo, a questao aos contribuintes portugueses.
Precisamos de um sindicato dos contribuintes e o que e!
Concluindo: Acabe o governo com a fantochada das negociacoes com os sindicatos e o Armenio, o Carvalho e o Proenca nao terao alternativa senao ter que trabalhar.
Porque, meu caro amigo, fora da funcao publica ha muito que deixaram de ter clintela que lhe garanta o sustento. A eles e a toda a rapaziada que os leva aos ombros.
Caro Rui:
Bom raciocínio o teu, inteligente como sempre.
Mas, quanto ao teu final, não sou assim tão drástico. Ou melhor, acho que os sindicatos são necessários e devem ser fortes. Mas nunca o virão a ser, nos tempos actuais, com a visão, a teoria e a prática dos actuais dirigentes.
Quando esse pessoal morrer(não se deixem cair da cadeira que dá mau agoiro) Portugal vai ficar orfão.Ingovernável.No ZERO.
Então para relembrar toda essa dedicação lá virá mais uma rua com o seu nome em Coimbra...
Esta é a origem de todos os nossos problemas - falta de renovação e excesso de dependência.
Quanto aos sidicatos é lá com eles mas cargos públicos, em representação dos contribuintes, já deveriamos estar preocupados e agir - limitar os anos que cada cidadão poderia exercer determinados cargos públicos.
Mas quem proporá semelhante medida?
O PSD?
Caro Pinho,
Mas se tu mesmo dizes que, em materia de fixacao de condicoes salariais, o governo nao deveria apresentar-se para negociacoes, que papel deixarias para os sindicatos?
Negociacoes com os privados?
Nao dava a mecha para o sebo, nao sei se me explico. Nao teriam clientela bastante que lhes garantisse orcamento atractivo.
Fortes poderiam ser se o conseguissem com pouco alimento.
E ai, meu caro, o Armenio, o Carvalho e o Proenca ja teriam ido bater aoutra porta.
Nao te parece?
Caro Rui:
Pois claro que parece!...
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