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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia de S.Valentim

Por muito que se diga que é mais um produto comercial, e é sem dúvida, o Dia de S. Valentim instalou-se por completo e enreda-nos neste novo ritual. É claro que é muito atraente lembrarmo-nos das pessoas de quem gostamos ou ter um sinalzinho de que alguém gosta, ou continua a gostar, de nós, por isso era difícil resistir a este tema. Daí a profusão de coraçõezinhos, bombons, flores, mensagens e mil e uma outra sugestão a condizer, para celebrar o amor ou a amizade, e é muito interessante verificar que, ao menos neste dia, as pessoas vão tendo menos pudor de dizer aquelas palavras que aquecem o coração e que podiam ser ditas só porque sim, de vez em quando, como um carinho ou um sorriso.
No entanto, valha-nos S. Valentim!, os indicadores sociais do INE de 2006 dizem que a idade média para o casamento subiu 2 anos (29,1 para os homens e 27,5 para as mulheres), que o número de casamentos diminuiu 24,9% e que 47,1% das famílias são constituídas por uma ou duas pessoas (42% no anos 2000). É caso para perguntar o que seria se não houvesse sequer um dia para lembrar as devoções do amor...
Não nos podemos também esquecer, apesar da diferente natureza do sentimento, que a amizade também está incluída neste “pacote” do dia 14 de Fevereiro e que, embora não tenha honras de estatísticas, é essencial para a harmonia e felicidade na vida de cada um.
Por isso, meus amigos, se não podemos ir contra ele, juntemo-nos a ele, aqui vai um grande abraço neste dia de S. Valentim, só para dizer como é importante a vossa amizade!

10 comentários:

invisivel disse...

Faltava este "espírito" feminino, de rara beleza...
Retribuo -aquele abraço- , como diz Gilberto Gil.

PA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PA disse...

então aqui fica para os apaixonados, e muito mel, não se esqueçam:

http://www.youtube.com/watch?v=eBvyJyzSGCE

e um abraço com amizade, Suzana.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Suzana
Mais um dia para homenagearmos o amor e a amizade que merecem tudo, porque são o melhor que a vida nos pode dar e que nós podemos dar e receber dos outros.
Aqui fica:

O AMOR É UMA COMPANHIA

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa

Frederico Lucas disse...

Cara Susana,
Julgo, talvez porque sou optimista, que este momento do "não casamento" é transitório.
Estamos todos a adaptar-nos à verdadeira igualdade.
Por outro lado, penso que também estamos melhor nos casamentos: existe menor índice de infidelidade (tão típico da geração dos nossos avós) e não prolongamos relações que não funcionam em nome da união das familias.
Concluo por isso que estamos melhor casados que no passado.
Por isto, este dia de S. Valentim tem um aroma cada vez mais especial.

Bartolomeu disse...

Brilhante reflexão, cara Suzana.
Amor, transporta (ou pode transportar) tambem paixão, esse sentimente que de tão intenso que é, pode ferir profundamente, exemplo disso, pode ser o texto que segue, "roubado" de outro blog.

Um Dia...

Um dia... se ao passar por ti, não te cumprimentar, perdoa a minha cegueira.
É que as lágrimas de saudade, vertidas desde que partiste, secaram o meu olhar. O rio que deles brotou ininterrupto chorando a tua ausência, afundou-se num vale profundo, entre montanhas de desespero.
A luz que os iluminava, aos poucos envolveu-se de um cinzento nebuloso, gélido, tornaram-se farois apagados, guardiões de portos esquecidos, onde já não chegam naus.
Se um dia... ao passar por ti, o meu corpo não estremecer de desejo, se os meus lábios não se afastarem de espanto e os meus braços não se abrirem com vontade de te envolver, perdoa o meu torpor.
É que este corpo morreu desde que partiste, calaram-se para sempre estes lábios, penderam eternamente estes braços, cançados de tanto esparar pelos teus.
Se um dia... passares por mim, reconheceres uma derradeira lágrima tombada na minha mão, sorri em memória de uma paixão.

Pinho Cardão disse...

Um abraço, Cara Suzana!...

Suzana Toscano disse...

Mas que bem comemorado o S. Valentim, com estes belos textos a propósito, o site da cara Pezinhos e a reflexão optimista do caro Frederico Lucas (concordo consigo,embora me pareça que há uma certa facilidade em desfazer as relações, qualquer obstáculo serve para atirar tudo ao ar. Mas, como diz, talvez as pessoas sejam mais felizes, é provável)

Frederico Lucas disse...

:-)

Ainda não atingimos a maturidade suficiente para confiarmos no casamento como união de forças...

tic, tac, tic. tac (o tempo ensina mais do que poderemos imaginar!)

PA disse...

Desculpe, Cara Suzana, mas não resisto a deixar aqui, mais este endereço, que nada tem a ver com o tema:

http://www.youtube.com/watch?v=r43yCiKlbCo&eur


Acho que nunca tinha visto nada, na net, que me impressionasse tanto.
Pela positiva, claro !

abraço