Apresenta-se a segunda e última parte da Grande Entrevista do 4R a PSL.
-E acha que essa sua estratégia nas Presidências Abertas será suficiente para voltar a ser 1º Ministro?
-A minha intuição diz-me que sim. Sempre que não sigo a intuição, as coisas correm-me mal. Olhe o que aconteceu com o discurso da minha tomada de posse como 1º Ministro…
-De facto, a coisa aí correu mal. O que aconteceu?
-É que a minha grande virtude é a improvisação e na tomada de posse fiz tudo ao contrário.
-Como assim?
-Olhe, pedi ao Henrique Chaves para me fazer o discurso. Mas, como já andava de olho nele, depois dei-0 ao Rui Gomes da Silva, para o supervisionar. Ele introduziu mais umas folhas para explicitar melhor o meu pensamento. Na revisão final, incluí vários aditamentos para explicitar o pensamento do Gomes da Silva. Quando fui ler o discurso no Palácio da Ajuda, comecei a dar conta que tinha o dobro e nunca mais acabava. Logo que as pessoas começaram a desmaiar, e até eu ia tendo um chilique, tive que deitar o discurso fora e terminei a improvisar. Foi, aliás, a parte mais brilhante.
-Até porque foi a parte final…E então durante o seu governo continuou a improvisar ou pedia conselhos à Helena Lopes da Costa?
-Claro que improvisava, até nos conselhos. Sempre!…Aliás, o meu propósito no Governo não era ser 1º Ministro.
-Como assim?
-O meu propósito no Governo era substituir o Dr. Jorge Sampaio como Presidente da República…
-Então o Senhor era 1º Ministro para ser Presidente da República?
-Claro!... O Dr. Jorge Sampaio, manucumunado com o Cavaco é que não deixou e dissolveu-me. Sempre que ponho a cabeça de fora, começa o tiroteio...Se não fosse assim, eu era agora o Presidente!...
-Ah!...
-E se Cavaco faz agora os Roteiros, eu faço as Presidências Abertas…
-Bom, não estou a perceber!...Não disse que as Presidências Abertas eram para o catapultar para 1º Ministro?
-Claro!... Mas depois das eleições de 2009, virão as eleições para a Presidência. Não me estou a fazer entender?
-Percebi. Mas, se falhar, o que vai acontecer?
-Volto a fazer um Acordo Institucional com o líder do PSD, que até poderei ser eu mesmo, serei novamente o grande líder parlamentar, candidato a Primeiro-Ministro, à Câmara de Lisboa e a Presidente da República!...
-Boas e oportunas revelações. Muito obrigado pela entrevista, Dr. Santana Lopes!...
-A minha intuição diz-me que sim. Sempre que não sigo a intuição, as coisas correm-me mal. Olhe o que aconteceu com o discurso da minha tomada de posse como 1º Ministro…
-De facto, a coisa aí correu mal. O que aconteceu?
-É que a minha grande virtude é a improvisação e na tomada de posse fiz tudo ao contrário.
-Como assim?
-Olhe, pedi ao Henrique Chaves para me fazer o discurso. Mas, como já andava de olho nele, depois dei-0 ao Rui Gomes da Silva, para o supervisionar. Ele introduziu mais umas folhas para explicitar melhor o meu pensamento. Na revisão final, incluí vários aditamentos para explicitar o pensamento do Gomes da Silva. Quando fui ler o discurso no Palácio da Ajuda, comecei a dar conta que tinha o dobro e nunca mais acabava. Logo que as pessoas começaram a desmaiar, e até eu ia tendo um chilique, tive que deitar o discurso fora e terminei a improvisar. Foi, aliás, a parte mais brilhante.
-Até porque foi a parte final…E então durante o seu governo continuou a improvisar ou pedia conselhos à Helena Lopes da Costa?
-Claro que improvisava, até nos conselhos. Sempre!…Aliás, o meu propósito no Governo não era ser 1º Ministro.
-Como assim?
-O meu propósito no Governo era substituir o Dr. Jorge Sampaio como Presidente da República…
-Então o Senhor era 1º Ministro para ser Presidente da República?
-Claro!... O Dr. Jorge Sampaio, manucumunado com o Cavaco é que não deixou e dissolveu-me. Sempre que ponho a cabeça de fora, começa o tiroteio...Se não fosse assim, eu era agora o Presidente!...
-Ah!...
-E se Cavaco faz agora os Roteiros, eu faço as Presidências Abertas…
-Bom, não estou a perceber!...Não disse que as Presidências Abertas eram para o catapultar para 1º Ministro?
-Claro!... Mas depois das eleições de 2009, virão as eleições para a Presidência. Não me estou a fazer entender?
-Percebi. Mas, se falhar, o que vai acontecer?
-Volto a fazer um Acordo Institucional com o líder do PSD, que até poderei ser eu mesmo, serei novamente o grande líder parlamentar, candidato a Primeiro-Ministro, à Câmara de Lisboa e a Presidente da República!...
-Boas e oportunas revelações. Muito obrigado pela entrevista, Dr. Santana Lopes!...
3 comentários:
Não há dúvida que o entrevistado esteve muito bem, e excedeu as minhas melhores expectativas!
Mostrou ser bastante "desenrascado", coisa que é característica comum de todos os verdadeiros portugueses; mostrou ser, também, ambicioso e de convicções fortes.
Chegar a PR, pois claro! E porque não!...
Tem experiência autárquica, já foi PM, já andou por aí...está na altura de ficar por aqui.
Há!... Já me esquecia de dizer: quando se senta, não fecha as perninhas, e o povo gosta!
Bora lá, vamos concretizar o seu sonho!
:)
Em minha opinião, caros Dr. P.C. e S.L., a resolução de efectuar Presidências Abertas, foi até hoje a melhor ideia que já assisti a algum P.R. tomar até hoje, naquilo que respeita à sua postura perante as populações que o elegeram.
Lembro-me perfeitamente de, nos mandatos do ex-P.R., Dr. Mário Soares algumas, para não dizer bastantes mudanças para melhor, se verificaram, fruto da sua acção directa junto das populações, auscultando em directo as suas queixas e preocupações, dando uma maior dimensão às suas vozes, fazendo com que cheguem mais em directo aos ouvidos daqueles que governam. A Assembleia da República está a abarrotar de deputados, como sou muito crédulo e ingénuo, consigo acreditar que se esforçam para fazer sentir os problemas dos districtos que representam e canalizar para lá as ajudas necessárias. Porem, aquilo a que assistimos quando um P.R. se desloca a uma região e contacta e ouve as vozes populares, é de longe diferente e mais eficaz que a acção desses deputados. Todos sabemos que ao P.R. não assistem poderes governativos, se "estiver para isso" pode quanto muito ouvir, constatar, reunir com as entidades representativas, aconselhar-se quanto às possíveis soluções e pressionar o governo a tomar determinadas medidas.
Se o Presidente da República eleito, estiver embuído de um espírito humanista, progressista e tolerante, pode efectivamente, em minha opinião, ser, para além de um garante da democracia um forte elemento catalizador de vontades, tanto ao nível dos que governam, quanto ao nível daqueles que o elegeram, para ser governados, bem governados.
Enviar um comentário