Usando as próprias palavras do INE, “para o conjunto do ano de 2007, o PIB aumentou 1,9% em volume”.
Foi este "facto" que Sócrates ontem demoradamente referiu, salientando o enorme mérito do governo no significativo crescimento da economia: 1,9%, repetiu várias vezes. Com mérito ou sem mérito do Governo, o PIB cresceu e isso é boa notícia.
Também usando as próprias palavras do INE, “em 2007, a taxa de desemprego foi de 8%...". A população desempregada atingiu o maior volume de sempre, 448,6 milhares, contra 427,8 milhares em 2006, mais 4,9%, e em acréscimo percentual sobre os 7,7% de 2006, mais 3%.
Em coerência com as palavras de ontem sobre o PIB, que cresceu em volume 1,9% em relação ao ano anterior, e se tivesse uma atitude de seriedade, Sócrates deveria ter enfatizado que a população desempregada cresceu em volume 4,9% em relação ao ano anterior.
Mas não. Sócrates, iludindo a questão global, veio falar das variações trimestrais que lhe convinham, daí concluindo a diminuição do desemprego. Foi demagogo, tanto mais que se sabe que, e também usando as próprias palavras do INE, “ a taxa de variação anual é menos sensível (do que as taxas trimestrais) a alterações esporádicas na variável”. Aliás, o Ministro Vieira da Silva, enveredou pela mesma demonstração, nada séria, demagógica e mistificadora, que brinca com um dos maiores flagelos, o desemprego de muitos portugueses.
O Governo ganharia credibilidade se salientasse as dificuldades por que passamos, apesar das medidas tomadas. Ao pretender ser o exclusivo responsável pela retoma, vai acabar por ser o único réu pelas dificuldades globais da economia portuguesa. Injustamente, num caso e noutro, pois a evolução económica não é assim tão directamente condicionada, como por vezes se pensa e diz.
Também as Oposições, e nomeadamente o PSD, não estiveram melhor do que Sócrates. Ao modo como desvalorizaram o crescimento de 1,9% e como, simultaneamente, brandiram a “vingança” do crescimento do desemprego, só lhes faltou referir da sua alegria com a situação.
Nem sempre o quanto pior melhor, mesmo para uma Oposição com um mínimo de dignidade. E nunca para os portugueses.
Foi este "facto" que Sócrates ontem demoradamente referiu, salientando o enorme mérito do governo no significativo crescimento da economia: 1,9%, repetiu várias vezes. Com mérito ou sem mérito do Governo, o PIB cresceu e isso é boa notícia.
Também usando as próprias palavras do INE, “em 2007, a taxa de desemprego foi de 8%...". A população desempregada atingiu o maior volume de sempre, 448,6 milhares, contra 427,8 milhares em 2006, mais 4,9%, e em acréscimo percentual sobre os 7,7% de 2006, mais 3%.
Em coerência com as palavras de ontem sobre o PIB, que cresceu em volume 1,9% em relação ao ano anterior, e se tivesse uma atitude de seriedade, Sócrates deveria ter enfatizado que a população desempregada cresceu em volume 4,9% em relação ao ano anterior.
Mas não. Sócrates, iludindo a questão global, veio falar das variações trimestrais que lhe convinham, daí concluindo a diminuição do desemprego. Foi demagogo, tanto mais que se sabe que, e também usando as próprias palavras do INE, “ a taxa de variação anual é menos sensível (do que as taxas trimestrais) a alterações esporádicas na variável”. Aliás, o Ministro Vieira da Silva, enveredou pela mesma demonstração, nada séria, demagógica e mistificadora, que brinca com um dos maiores flagelos, o desemprego de muitos portugueses.
O Governo ganharia credibilidade se salientasse as dificuldades por que passamos, apesar das medidas tomadas. Ao pretender ser o exclusivo responsável pela retoma, vai acabar por ser o único réu pelas dificuldades globais da economia portuguesa. Injustamente, num caso e noutro, pois a evolução económica não é assim tão directamente condicionada, como por vezes se pensa e diz.
Também as Oposições, e nomeadamente o PSD, não estiveram melhor do que Sócrates. Ao modo como desvalorizaram o crescimento de 1,9% e como, simultaneamente, brandiram a “vingança” do crescimento do desemprego, só lhes faltou referir da sua alegria com a situação.
Nem sempre o quanto pior melhor, mesmo para uma Oposição com um mínimo de dignidade. E nunca para os portugueses.
1 comentário:
Pois é meu caro Pinho Cardão, quem governa só a pensar nos números e esquece as pessoas, tem tendência para rejubilar quando são favoráveis e disfarçar quando são negativos.
Seja como for, apesar de crescermos pouco (crescemos exactamente metade do que, no mesmo periodo cresceu Espanha), oxalá se mantivesse a dinâmica de crescimento, aliás a única solução para a criação de emprego.
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