A economia da saúde é uma área muito importante ao contribuir para melhorar a racionalização dos gastos tentando, simultaneamente, optimizar os benefícios. As peripécias verificadas ultimamente no nosso país teriam ou têm, em grande parte, a ver com esta disciplina, se bem que hajam muitas dúvidas quanto aos reais benefícios.
As medidas de prevenção têm como alvo conseguir que as pessoas vivam mais e com mais saúde. Até aqui tudo bem, mas quem vive mais não está livre de em determinado momento adoecer e necessitar de cuidados de saúde permanentes aliados a cuidados sociais, além de já ter sido “premiado”, através da segurança social, de anos e anos de reforma.
Estudos recentes apontam que as “pessoas saudáveis custam mais do que as obesas aos respectivos serviços de saúde”. Porquê? Porque os obesos morrem mais cedo! É evidente que se realizarem mais estudos focando as doenças crónicas – não esquecer que estão num crescendo preocupante - se obtenham conclusões semelhantes.
A leitura deste estudo fez-me recordar uma frase do saudoso epidemiologista britânico, Geoffrey Rose, que, há muitos anos, já afirmava: “A partir dos cinquenta anos o doente mais barato é um doente morto”. Os argumentos até são fáceis de compreender. Naquelas idades, o retorno do investimento feito no individuo já é positivo. Se entretanto morrer deixa de consumir e de provocar “prejuízo” à sociedade!
Espero que não tomem à letra aquela frase...
As medidas de prevenção têm como alvo conseguir que as pessoas vivam mais e com mais saúde. Até aqui tudo bem, mas quem vive mais não está livre de em determinado momento adoecer e necessitar de cuidados de saúde permanentes aliados a cuidados sociais, além de já ter sido “premiado”, através da segurança social, de anos e anos de reforma.
Estudos recentes apontam que as “pessoas saudáveis custam mais do que as obesas aos respectivos serviços de saúde”. Porquê? Porque os obesos morrem mais cedo! É evidente que se realizarem mais estudos focando as doenças crónicas – não esquecer que estão num crescendo preocupante - se obtenham conclusões semelhantes.
A leitura deste estudo fez-me recordar uma frase do saudoso epidemiologista britânico, Geoffrey Rose, que, há muitos anos, já afirmava: “A partir dos cinquenta anos o doente mais barato é um doente morto”. Os argumentos até são fáceis de compreender. Naquelas idades, o retorno do investimento feito no individuo já é positivo. Se entretanto morrer deixa de consumir e de provocar “prejuízo” à sociedade!
Espero que não tomem à letra aquela frase...
5 comentários:
Pois, há um certo excesso na utilização da expressão "economia da saúde" para significar finanças da saúde. Economicamente a pessoa que é mais saudável, produz mais e, no fim, contribui muito mais. Aquilo a que se refere é às finanças da saúde, muito em voga nos últimos tempos, e que consiste em reduzir o dinheiro gasto na saúde quando, no fim-do-dia, dinheiro é o factor menos valioso em jogo. Economia da saúde consiste em ajustar o valor do dinheiro gasto ao diferencial de riqueza produzida pela existência desse sistema de saúde, coisa muito mais sofisticada que aquilo a que vimos assitindo.
Pode custar caro mas é muito valioso...
Ia deixar um comentário, mas o vosso blog não me deixa comentar como blogger do sapo.
Caro Professor Massano Cardoso
Prometo que não tomo "à letra aquela frase..."
Todos queremos viver mais e com melhor qualidade de vida. É um desejo a que a ciência tem procurado dar resposta e é também um desejo que as políticas de saúde não podem ignorar. Viver mais e com mais qualidade de vida, não apenas na saúde, é um ganho da humanidade que deve ser acarinhado. A economia da saúde neste contexto é cada vez mais necessária e importante mas não pode ser olhada apenas na vertente da eficiência. A vertente da equidade é fundamental para que todos possam beneficiar.
Caro Professor Massano,
Meu Amigo poderá estar a contribuir para a introdução de um novo conceito económico/sanitário de grande alcance e que o nosso estimado Correia de Campos, se nos ler, ficará certamente triste de dele não se ter lembrado - ou sido informado - a tempo de praticar mais umas quantas diabruras.
Esse conceito é, nem mais, o de cidadão AMORTIZADO, isto é, tomando as suas palavras, aquele que já produziu o suficiente para compensar/pagar o investimento que nele foi feito + juros desse investimento.
Para efeitos do SNS à C. Campos, o cidadão AMORTIZADO poderia ser abatido ao activo do SNS, ficando excluído de todos os benefícios. Se perecesse, por via dessa exclusão assistencial, a sociedade nada teria a perder, em termos económicos. Seria substituído por outro, ainda não AMORTIZADO.
Espero que o Professor,com a sua avançada e reconhecida capacidade analítica, possa ainda aprofundar este conceito, construindo sobre ele uma sábia tese...
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