Não é só por cá que o discurso da crise cria um estado de desânimo e de depressão. Segundo o El País, os nossos vizinhos espanhóis não acreditam nem nas autoridades espanholas nem nas europeias para vencer as dificuldades, desconsideram em absoluto o governo e a oposição e discordam das medidas que o Governo tomou para combater a crise. 81% dos inquiridos entende que não se soube tomar as medidas adequadas, incluindo 64% dos apoiantes do Governo, 87% qualifica negativamente a situação económica, 80% acha que ainda falta muito para ser resolvida a crise mundial e 87% vê muito distante o fim da crise espanhola. Três em quatro espanhóis qualifica negativamente a situação política, sendo que “66% desaprova a gestão de Zapatero, 77% acha que ele improvisa sem parar e a 77% inspira pouca ou nenhuma confiança”. E temem seriamente o “contágio” grego…
2 comentários:
Suzana
A crise é de confiança. As pessoas desconfiam das pessoas e das instituições, dos partidos e dos políticos.
Perante as dificuldades e a dificuldade em as superar geram-se a indignação e a crítica. Gera-se um ciclo vicioso difícil de quebrar. Ninguém acredita em ninguém. Perante um tal quadro como é que se encontra uma saída?
Estes números levam-me a pensar que os espanhóis fazem uma avaliação muito realista da situação em que se encontram.
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