Foi inaugurado em Lisboa, no dia 5 de Outubro, o Centro de Investigação Champalimaud, destinado ao desenvolvimento de investigação científica de excelência nas áreas das neurociências e da oncologia e que tem como objectivo tornar-se uma referência mundial na descoberta das causas e tratamento das doenças a que se vai dedicar. Conforme foi anunciado, serão recrutados os melhores cientistas, investigadores e académicos, nacionais e estrangeiros, estando também previsto que nele sejam recebidos doentes porque, conforme sublinhou a Presidente da Fundação, Leonor Beleza, o “ponto crucial no avanço do conhecimento e domínio das doenças é o contacto entre cientistas e clínicos, sendo esta a aposta do novo centro da instituição”.
O arquitecto Charles Correia, explicou que o fabuloso edifício, vizinho da Torre de Belém a celebrar as Descobertas e a desfiar o Desconhecido, "não é um centro de Arte Moderna", ironizando com a surpresa que causam as suas linhas modernas, a brancura e luz e transparências no seu interior, um edifício que acolhe mas quase não se sente, tal a leveza e elegância das estruturas e a sua permanente orientação para o exterior, abrindo-se ora à maravilhosa paisagem para o Tejo, ora à frecura dos jardins e pátios interiores. Uma parte deste fabuloso espaço é acessível ao público.
Assim prossegue, escrupulosamente, o cumprimento da vontade do doador, a qual incluiu a criação do Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de 1 milhão de euros, destinado ao reconhecimento de realizações científicas excepcionais que impliquem transformações na compreensão, diagnóstico, tratamento ou prevenção de doenças e distúrbios da visão alternando, em cada ano, a valorização de descobertas ou de acções significativas para combater as doenças da visão, especialmente nos países em desenvolvimento. Este ano foi a já a 4ª edição do Prémio, atribuído aos investigadores norte americanos J. Anthony Movshon e William T. Newsome, cujos trabalhos permitiram compreender o papel do cérebro na reconstrução de imagens e na forma como os seres humanos percepcionam, interpretam e actuam.
Um legado extraordinário cuja interpretação escrupulosa, na sua ambição e arrojo, e execução plena foram confiadas a uma mulher de grande coragem e inteligência, Leonor Beleza que, com uma simplicidade desarmante, apresenta a obra que vai erguendo para orgulho e proveito do nosso País e do Mundo.
Parabéns à Fundação Champalimaud, à sua Presidente e a todos os que têm dado corpo à grande e nobre missão que o espírito visionário do Fundador determinou. E muito obrigada.
Assim prossegue, escrupulosamente, o cumprimento da vontade do doador, a qual incluiu a criação do Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de 1 milhão de euros, destinado ao reconhecimento de realizações científicas excepcionais que impliquem transformações na compreensão, diagnóstico, tratamento ou prevenção de doenças e distúrbios da visão alternando, em cada ano, a valorização de descobertas ou de acções significativas para combater as doenças da visão, especialmente nos países em desenvolvimento. Este ano foi a já a 4ª edição do Prémio, atribuído aos investigadores norte americanos J. Anthony Movshon e William T. Newsome, cujos trabalhos permitiram compreender o papel do cérebro na reconstrução de imagens e na forma como os seres humanos percepcionam, interpretam e actuam.
Um legado extraordinário cuja interpretação escrupulosa, na sua ambição e arrojo, e execução plena foram confiadas a uma mulher de grande coragem e inteligência, Leonor Beleza que, com uma simplicidade desarmante, apresenta a obra que vai erguendo para orgulho e proveito do nosso País e do Mundo.
Parabéns à Fundação Champalimaud, à sua Presidente e a todos os que têm dado corpo à grande e nobre missão que o espírito visionário do Fundador determinou. E muito obrigada.
11 comentários:
opiniões....
foi um nobel em ponto pequenino
cheio de certezas
tal como quem nomeou para gerir
essa interpretação escrupulosa
há fé para tudo
e o prémio atribuido a projectos merecedores e por vezes nem tanto, algures no mundo,permitiria desenvolver projectos em portugal
um país com déficits em investi
gaga
são....
A História repete-se... Ha cerca de 500 anos atrás, zarparam quase do mesmo local onde hoje o centro foi edificado, as naus que descobriram o caminho marítimo para a India, dando início à era expansionista de Portugal.
Tal como esta obra, a empresa marítima foi pensada, idealizada pelo monarca D. João II, realizada por D. Manuel I e executada por Vasco da Gama, uma santíssima trindade que se repete na actualidade, António Champalimaud, Charles Correia e Leonor Beleza, os "marinheiros" já estão a bordo, ocupando os seus postos, desejemos-lhes bons ventos e que os augúrios do(s) velho(s) do Restelo não surjam, para bem da ciência, da humanidade e do mundo.
Mas um velho, de aspecto venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
Uma crónica sobre a filantropia de um rico... Não temos que esperar pela História. Aprovado, cara Suzana! : )
Suzana
Merecidamente assinalado.
O Centro de Investigação é um extraordinário legado a juntar ao maior prémio consagrado a nível mundial no campo da visão promovido pela Fundação Champalimaud, que honra o extraordinário gesto do Homem António Champalimaud materializado numa doação de 500 milhões de euros à causa da investigação médica científica em benefício das pessoas.
Parabéns à Direcção da Fundação Champalimaud e, em particular, à sua presidente Leonor Beleza. Obrigada por mais este horizonte de esperança…
Cara Dra. Suzana Toscano:
De facto é uma obra notável com ojectivos nobres e ambiciosos e, ironia das ironias, é um legado de um "capitalista", que afinal é também um filantropo...
António Champalimaud foi ainda, e além do mais, um grande visionário, um bom avaliador de pessoas, como se comprova pela escolha da Dra. Leonor Beleza para gerir a Fundação. Que pena este país não ter mais gente a fazer esta diferença!..
Com sua licença vou replicar no meu canto (facebook).
Não posso estar mais de acordo com o que escrevem sobre o legado e quem o administra. Tenho uma especial admiração pela Dr.a Leonor Beleza, desde os tempos em que foi minha professora de direito da família e sucessões na Faculdade de Direito de Lisboa. E dá-me um especial prazer ver agora prestarem-lhe a homenagem que merece.
Uma certeza, esta obra. E uma esperança quem a protagoniza...
Merece parabémns a Fundação, a sua Presidente e os seus dirigentes pela bela e humanitária obra que estão construindo, honrando o legado do seu Fundador. Trata-se, na verdade, de um conjunto magnífico, com a grande mais-valia de ser aberto ao exterior e poder ser usufruído, salvo naturalmente o edifício clínico e de investigação, pelos cidadãos.
E também a minha homenagem ao Fundador, António Champalimaud, sem o qual a obra não teria nascido.
A obra que a República não inaugurou e a ela nada deve. Ao contrário de António Champalimaud, o homem que a tornou possível. A reflectir.
Uma vez que todos os comentários já foram feitos – e eu estou completamente de acordo com o que foi dito - resta-me realçar que a obra foi executada cumprindo fielmente prazo e orçamento. Sem derrapagens. Não acham espantoso?
Só podemos louvar uma obra destas! Gratos a quem a pagou e a quem a sabe gerir!
Agora todos batem palmas!
É fácil!
António Champalimoud deu uma bofetada de luva branca a quem o obrigou a exilar-se depois de Abril de 74 (eles ainda por ai andam). Bem feita! Os grandes HOMENS são assim!
Caros comentadores, não esquecer que quer António Champalimaud quer Leonor Beleza foram uns "mal amados" cá no burgo, como tantos que tinham e têm muitas qualidades mas que preferimos segregar pelos defeitos, reais ou inventados por interesses nunca esclarecidos.Entre nós, quem tem qualidades é escrutinado até absurdo, não se lhe admite mácula, exageram-se os defeitos ou as características até se justificar com boa consciência o seu afastamento. Já quanto a quem não presta, temosuma tolerância infinita... Por sorte, nestes dois casos fomos perdoados, por grandeza de alma ou por condescendência para com um povo que, apesar de tudo, merecem que gostem dele.
Enviar um comentário