Muito se falou ultimamente nos gastos do Estado em Consumos Intermédios, rubrica que abrange as despesas não incluídas em Pessoal, Segurança Social, Juros, Subsídios e Outras Despesas.
Pois os Consumos Intermédios passaram de 5,5 mil milhões de euros para 9,1 mil milhões de euros (estes ainda dados provisórios), portanto um aumento de 3,6 mil milhões de euros, equivalente a 66%, nos anos do Governo Socialista.
Pois os Consumos Intermédios passaram de 5,5 mil milhões de euros para 9,1 mil milhões de euros (estes ainda dados provisórios), portanto um aumento de 3,6 mil milhões de euros, equivalente a 66%, nos anos do Governo Socialista.
Fantástico é também o rigor da execução de que tanto se orgulha Teixeira dos Santos.
Para 2005 estavam previstos 5,1 mil milhões de euros, que passaram na revisão orçamental para 5,7 mil milhões e acabaram em 6,0 mil milhões, isto é, um desvio de 900 milhões.
Para 2005 estavam previstos 5,1 mil milhões de euros, que passaram na revisão orçamental para 5,7 mil milhões e acabaram em 6,0 mil milhões, isto é, um desvio de 900 milhões.
Para 2006 estavam previstos 5,6 mil milhões de euros, que acabaram em 6,4 mil milhões, um desvio de mais 770 milhões.
Para 2007 estavam previstos 6,4 mil milhões de euros, que acabaram em 6,8 mil milhões, um desvio de mais 400 milhões.
Para 2008 estavam previstos 7,0 mil milhões de euros, que acabaram em 7,2 mil milhões, um desvio de mais 200 milhões.
Para 2009 estavam previstos 7,7 mil milhões de euros, que acabaram em 7,8 mil milhões, um desvio de mais 100 milhões.
Para 2010 estavam previstos 7,8 mil milhões de euros, que acabaram em 9,0 mil milhões, um desvio de 1.200 milhões.
Para 20011, o OE prevê 8,638 mil milhões. Bastava regressar aos valores orçamentados para 2010, para se obter uma “poupança” de 800 milhões de euros.
E o Governo e Teixeira dos Santos têm a suprema lata de nos virem falar em rigor. Calem-se, de vez!...
Para 2007 estavam previstos 6,4 mil milhões de euros, que acabaram em 6,8 mil milhões, um desvio de mais 400 milhões.
Para 2008 estavam previstos 7,0 mil milhões de euros, que acabaram em 7,2 mil milhões, um desvio de mais 200 milhões.
Para 2009 estavam previstos 7,7 mil milhões de euros, que acabaram em 7,8 mil milhões, um desvio de mais 100 milhões.
Para 2010 estavam previstos 7,8 mil milhões de euros, que acabaram em 9,0 mil milhões, um desvio de 1.200 milhões.
Para 20011, o OE prevê 8,638 mil milhões. Bastava regressar aos valores orçamentados para 2010, para se obter uma “poupança” de 800 milhões de euros.
E o Governo e Teixeira dos Santos têm a suprema lata de nos virem falar em rigor. Calem-se, de vez!...
14 comentários:
O governo, o Teixeira dos Santos, o Catroga, o Passos Coelho, o Cavaco, ...
Não diga a ninguém, mas uma boa parte das propostas para a adminsitração pública que por aí circulam, incluindo do PSD, vão aumentar ainda mais os consumos intermédios.
É o caso das propostas de extinguir institutos públicos a esmo (sem que se explique muito bem que depois executa as suas funções e o que se faz aos seus funcionários), é o caso do que se passa nos hospitais e escolas com milhares de pessoas a reformar-se tendo o Estado que fazer contratos alternativos para cumprir funções básicas e por aí fora.
Não quero com isto dizer que não é possível diminuir muito a gordura da administração, é com certeza, mas há demasiados anos quequem toma decisões sobre a administração são pessoas que nunca lá trabalharam, muitas nem sequer a estudaram e todas partem do princípio que os funcionáros públicos são uma cambada de idiotas, inúteis e caros.
E como desconhecem a realidade fazem cortes cegos e absurdos, ou inventam reformas decalcadas dos livros de gestão que lêem.
Não pense que isto não vai acontecer com o próximo governo.
henrique pereira dos santos
O que HPS refere tem a sua razão de ser. Mas o assunto, colocado como ele o coloca, levava-nos muito longe. Mas estou de acordo com a ideia de que disparar com os olhos vendados, quase nunca dá bom resultado. Normalmente há sempre uns, abatidos, que dava jeito que se mantivessem vivos e de boa saúde, mas que sucumbem à necessidade de afirmação do atirador...
E com os Governadores Civis?
Pelo segundo ou terceiro ano de Sócrates I, estiveram para encerrar.
Era uma injustiça, fechar a meio do jogo e libertar suas Excelências.
O governo Sócrates I, tinha no seu Programa criar o Estado-Maior da Defesa. Desapareceu no Programa de Governo seguinte.
Criaram um simulacro de Comando Conjunto, que muito à portuguesa, se limita a um diploma legal que vai dar mais despesa.
E com os Governadores Civis?
Que fazer?
JoséB
o que o HPS diz não tem razão de ser.
Será que com os Institutos, Agências, Autoridades, Fundações, Comissões, Empresas Municipais, e outros òrgãos do estado criados nestes últimos 10 anos melhoraram a Saúde, a Educação, a Justiça, a Segurança ou qualquer outra função do estado? Seguramente que não o que prova a sua inutilidade, o seu parasitismo.
Caro Henrique Pereira dos Santos:
O que diz é pertinente, como, aliás, é habitual.
Mas não é isso que, por agora, está em causa no meu post.
O que referi é que não houve qualquer rigor na despesa. Orçamentar 7,8 milhões e gastar 9 milhões (nºs do Governo para 2010) é incompetência de bradar aos céus.
Mas coisa semelhante aconteceu nos anos anteriores.
Foi a isso que me referi.
Aliás, para este Governo, Orçamento é apenas show-off.
Mas afinal o que é que levou ao salto de 5,1 para quase 9 mil milhões em apenas 5 anos? Será assim tão difícil de apurar?
São muitos milhões! É muita massa!!!
Esse rigor enlatado,
após desvios de milhões,
é um valor vergastado
por políticos trapalhões!
São tempos desenganados
por mil e uma ilusões
com valores enfunados
por desprezíveis infusões.
Incompetência, cara Suzana, e facilitismo em lidar com o nosso dinheiro, que entregamos ao Estado, e que o Governo diz que é dele.
Caro Pinho Cardão,
Mas o estado É dele, porque é ele que o controla. O falso princípio de que o estado é de todos foi inventado pelos oportunistas que queriam ser senhores.
Caro Pinho Cardão,
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Verifique bem se parte desse aumento de despesa não se deu pela diminuição de médicos nos hospitais, cumprindo a norma considerada universalmente boa de redução de pessoal, o que obrigou à contratação externa (consumos intermédios) de equipas de medicina a preços muito mais altos. E quem diz médicos diz muitos outros.
Extinguir funções é uma coisa, extinguir os meios de as executar, mantendo-as, é outra.
Não tenho dúvida sobre a incompetência de que fala, mas é preciso muito cuidado nessa análise porque o risco de fazer os mesmos erros por falta de avaliaçao rigorosa do que se está a passar é mesmo mito alto.
O que se passa hoje na administração pública é de tirar o sono a qualquer pessoa que pretenda fazer o que quer que seja num próximo governo.
henrique pereira dos santos
Caro Henrique Pereira dos Santos:
Não conheço, de experiência vivida, o que se passa na função pública, mas mais uma vez lhe dou razão, nomeadamente pelo que ouço de pessoas conhecidas que aí trabalham. E médicos amigos relatam-me exactamente o que acabou de referir.
O que impera nos nossos governantes e nos quadros políticos postos à frente de Departamentos sem qualquer preparação é uma tecnocracia imensa e arrogante, que os leva a fazer coisas porque mal as leram em qualquer livro e muito menos as assimilaram. Por isso, e porque a imagem é tudo, não fazem reestruturações correctas e as que fazem é para a comunicação social divulgar.
Isso é incompetência pura e dura.
Como é incompetência do Ministro das Finanças deixar tudo correr e não se rebelar, isto no caso de não concordar com o que de mal foi feito. Mas duvido de que não concorde.
Caro Tonibler:
Os governos mudam e o Estado fica.
Felizmente.
Todavia, e infelizmente, permanece muitas vezes o mesmo estado de coisas.
Exactamente. Ora vá lá ver ao "estado" quantos é que já passaram pelo governo e vá ver ao governo quais é que nunca estiveram no estado, sff.
Pois...
Caro Tonibler, se fazia muito bem a muitos governantes e dirigentes passarem pelas empresas também ão era pior que muitos empresários passassem por funções governativas ou por cargos dirigentes no Estado, já agora talvez deixasse de haver diálogos de surdos. que lhe parece? Não digo isto por bravata, é que muitas vezes uns e outros falam do que não se conhece, por alguma razão os gregos (antigos!) consideravam que todos os cidadãos tinham que participar um tempo na política.
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