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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O homem do leme


A Margarida diz que andamos a meter água e descrê que alguém nos acuda.

Mas, calma, que o Homem do Leme, não dando muito cavaco, mas dando cavaco certo, ainda mantém e vai manter o rumo. Com dificuldade, é certo, mas o barco segue direito, apesar da tempestade que o chefe executivo da tripulação cria a todo o momento.
E os passageiros apoiam e estão com o Homem do Leme.

9 comentários:

Catarina disse...

Caro Pinho Cardão, tentei aumentar essa imagem para poder analisar as expressões dos passageiros do grande navio! Não consegui, mas parece-me que estão a entrar em pânico ou então estão a sofrer de cinetose! : )
Ter confiança no Homem do Leme já é meio caminho andado para uma recuperação total. Que lhes surja no horizonte um porto santo!

Tonibler disse...

Ui, então não se agarrem aos coletes de salvação que não é preciso...

Catarina disse...

Os coletes de salvação são sempre aconselháveis, tal como os cintos de segurança no carro ou no avião! : ) Afinal o seguro morreu de velho...

Anónimo disse...

E a prudência foi ao enterro!!!

Catarina disse...

: )

Catarina disse...

… e parece que os prevenidos e os desconfiados ainda estão vivos...

Fartíssimo do Silva disse...

Caro Pinho Cardão (desta vez acertei!)

"O Mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou trez vezes,
Voou trez vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-rei D. João Segundo!»


«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou trez vezes,
Trez vezes rodou immundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-rei D. João Segundo!»

Trez vezes do leme as mãos ergueu,
Trez vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer trez vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quere o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
D' El-rei D. João Segundo!»

Que bom seria, caro Pinho Cardão, que o Homem do Leme fosse o Gama! Ou que ele ali representasse a força e perseverança d'El Rei D. João Segundo.

Mas para mal dos nossos pecados, o Homem do Leme nem é Gama nem D. João Segundo!
É realmente um Homem trémulo, inseguro e sem a chama de alma daqueles grandes que deram novos mundos ao mundo.

Longe se ver no desenho as nossa caravelas de antanho, vejo antes nele uma arca de Noé, em processo Titanicânico de afundamento em que nem o Homem do Leme se salvará!

Suzana Toscano disse...

Caro Fartissimo, o Sebastianismo é uma marca nacional, se o Gama e o D. João II concorressem às eleições seriam certamente o alvo do seu comentário invocando talvez o D. DInis...

Fartíssimo do Silva disse...

Sebastianismo meu? Sebástico, diz-se para aí, será o actual Homem do Leme! Confiam em que seja ele a resover aquilo que em cinco anos de mandato não foi capaz. Apesar dos seus conhecimentos de economia e "dos resultados positivos da sua magistratura de influência", que, se for eleita a personagem, será "activa"...
Não confunda sebastianismo com a comparação (negativa) que eu fiz entre a grandeza do actual chefe do estado a que isto chegou (Homem do Leme como lhe chama o autor do post) e figuras da nossa História Pátria, como Dom João II e Vasco da Gama.