Depois da entrevista de Sócrates ao canal público, ficámos a saber tudo.
Não há qualquer problema orçamental. A receita fiscal é maior do que a prevista e a despesa declina. E até as receitas fiscais da linha do TGV compensam a despesa. O problema é a instabilidade dos mercados...e... devido à Irlanda...tivemos que tomar medidas corajosas...
Sim, senhor 1º Ministro, nós acreditamos. Esses irlandeses que nos andam a estragar a vida!...
Declare-lhes guerra, sr. 1º Ministro. Guerra submarina, que ninguém dá conta!...
Sim, Sr. 1º Ministro!... O Senhor está certo!...
14 comentários:
É preciso impugnar o Mal pela Raiz, caro PC. É preciso encomendar um colete-de-forças. Pior que a fuga do Pântano é a ensandecida entrada nele mais fundo e mais depressa.
Ninguém está a prestar atenção. O eleitorado está já comatoso e embrutecido. Elegeu isto.
Será que ele pensa que ainda há quem acredite nas suas explicações e promessas? As respostas às perguntas na entrevista não passam de pura manipulação.
Nesta altura do campeonato só me pergunto quando resolve a oposição cumprir o seu dever patriótico, caro Pinho Cardão...
(Desta vez sem ironia)
Queria aqui prestar a devida homenagem à nossa antiga líder que teve sempre razão em relação ao caminho que tomava as nossas contas públicas.
Só tenho pena que a forma se tenha inferiorizado ao conteúdo, e não tenha conseguido passar a mensagem. Faltou dar um sinal de esperança, algo em que os Portugueses se pudessem agarrar para a seguir.
À dias sugeri aqui um debate entre Sócrates e Passos Coelho para saber quem estava a dizer a verdade sobre a questão do orçamento. Essa questão torna-se agora uma diversão perante a situação em que o país se encontra. E o que precisamos agora é de um embate entre estes dois senhores em que apresentem qual o modelo económico e social que querem para o país.
Será que é assim tão mau ver este governo cair, já?
Será que os mercados confiam num governo que se engana de forma sistemática nas suas previsões?
Será que os mercados confiam num governo que cancela um projecto de TGV por dificuldades económicas e anuncia um novo para daqui a 6 meses?
Eu não sei onde isto vai parar mas espero que dentro de um ano estejamos a discutir o orçamento apresentado por outro governo.
Foi uma boa entrevista que dava um excelente sketch do Gato Fedorento. Gostei sobretudo quando o nosso primeiro-ministro nos informou que se tratava apenas de "reforçar a segurança" da nossa execução orçamental e nos garantiu que iriamos ter um défice igual ao da Alemanha.
O fundo da PT vai servir para aliviar o défice este ano. Ou seja o governo vai utilizar esse dinheiro como receita no ano de 2010.
Até aqui tudo bem, não é o fundo que está em causa. O que eu não aceito é que se diga que não vão ser os portugueses a pagar aos pensionistas.
Suponhamos que em 2011, o governo vai pagar 100 milhões de euros aos pensionistas. Este valor será contabilizado como despesa, certo?
Para que os 100 milhões não tenham impacto no défice que rubrica orçamental será usada para equilibrar as contas? Não pode ser o valor já contabilizado em 2010. Ou seja não se pode dizer que foi o fundo a pagar aos pensionistas apesar de o valor estar provisionado.
Ora se não é o fundo que vai pagar os 100 milhões, vai ser o próprio orçamente de estado e em última medida são todos os contribuintes.
Corrijam-me se estiver errado.
Creio que está na hora de iniciar o debate:
Não seria um sinal de confiança para as agências de rating uma moção de censura aprovada por toda a oposição e a queda de um governo corrupto e mentiroso?
Tiago
Caro Meritíssimo:
No longo prazo, os rendimentos do Fundo, se devidamente provisionado, e não havendo situações de ruptura, serão suficientes para pagar aos pensionistas. Assim, o Orçamento inscreve uma receita, o rendimento anual do Fundo, e uma despesa, o pagamento. Ficando as coisas equilibradas. Claro que poderá haver desfasamentos anuais, até com sinal contrário, e aí o OE do ano pode ter uma receita adicional ou ter que afectar uma verba adicional.
Mas o grande problema da transferência do FP de uma empresa privada e cotada está no risco da operação, por mais válidos e adequados que tenham sido os cálculos actuariais. Um FP tem títulos na sua carteira e pode sempre acontecer uma desvalorização permanente de alguns deles, por falência das empresas ou dificuldades em que entrem. E aí terão que ser os contribuintes a suprir a falta, substituindo-se à empresa e accionistas que conseguiu transferir o Fundo para o estado. E isso seria intolerável.
As relações entre o Estado e a PT não têm primado pela transparência. A falta da mesma é ainda acentuada por esta operação. No fim, não haverá, nunca, almoços grátis.
Caros CMonteiro e Tiago Barbosa:
De facto, sou levado a pensar que uma alteração de governo não traria crise adicional, a não ser no imediato, e permitiria pôr as coisas no são. Esta convicção só não é definitiva devido ao facto de entrarmos em período eleitoral, com a respectiva turbulência.
Caro Mário Piteira:
De facto, MFL tinha toda a razão. E nem sequer era antes do tempo.
Modestamente, também aqui no 4R fomos alertando para a trágica situação. Com argumentação fundamentada.
O mais incrível é que o primeiro ministro se possa passear pelas televisões sem esclarecer nada e dizendo verdadeiras disparidades como aquela que ouvi na TVI de que seria possível renegociar a dívida pública.
Estou curioso para saber quanta desfaçatez será necessária para desencadear a indignação e a revolta.
Tanta mansidão já irrita!
Caro JPSantos:
O nosso Primeiro tem um verbo demasiado fácil. Creio que dantes nem o próprio acreditava naquilo que dizia; o problema é que ele agora até já parece acreditar naquilo que diz. E isso é terrificante!...
Caro Ricardo:
De indignação em indignação...
Caro Paulo:
O meu amigo faz excelente humor com o Deputado Ricardo Gonçalves. E o que ele disse até merece e muito mais. Mas o Deputado Ricardo Gonçalves tem um mérito inestimável, que eu aprecio. É que é dos poucos que aparece a dizer o que os outros pensam mas não dizem.
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