Não que um congresso visto por dentro não possa proporcionar bons momentos. Lembro-me das extraordinárias séries de relatos dos congressos social democratas de 2006 e 2007 feitos aqui, no 4R, pelo Pinho Cardão. Vale a pena recordar esses textos para o que basta servirem-se do campo de pesquisa do blogue.
Mas vistos pela TV os congressos proporcionam igualmente o que se pretende que um fim de semana (ainda por cima cinzento) proporcione - relaxe e a melhor disposição. As partes que eu mais gosto de ver na TV - se excetuar as opiniões dos delegados das bases e dos "Tinos de Rans, que também os temos", parafraseando Morais Sarmento referindo-se ao congresso do PSD em curso - são os momentos em que os jornalistas se começam a entrevistar uns aos outros. Imperdíveis!
5 comentários:
José Mário
É mesmo, entrevistam-se uns aos outros, agarram-se a pormenores sem qualquer interesse, não resistem a adivinhar o que se vai passar nos minutos seguintes, precipitam conclusões inconclusivas. A verdade é que transmitem uma certa animação...
A adivinhar. cara Margarida? Eu ia jurar que eles falam como se dormissem com o sujeito que sabe tudo...
E deitam cá para fora produtos altamente tóxicos, sem qualquer base autêntica subjacente, produtos estruturados de acordo com o elevado pensamento jornalístico do seus autores.
O que o político diz pouco interessa; o que eles discutem é o que eles dizem que o político disse.
E acusam os Bancos de produtos tóxicos!
Ah! E excelente memória a sua, caro Ferreira de Almeida, por ter recordado essa série de posts sobre o Congresso do PSD, em Maio de 2006, e que intitulei Por Terras do Congresso do PSD. E obrigado pela lembrança.
Deste congresso fica-me até agora A CORAGEM E BOM SENSO DE MIGUEL FRASQUILHO.
«Com a mesma frontalidade de sempre, penso, claramente, que o tempo para mais cortes de salários e pensões, como aconteceu, isso acabou. Não será mais possível porque não é suportável», afirmou Miguel Frasquilho perante o Congresso do PSD.
Para Miguel Frasquilho, «alguma coisa terá que ser feita, e é do lado da despesa», admitindo que não se pode «fustigar mais a economia com mais impostos». «Assim, não cresceremos»
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