O Debate Quinzenal de hoje no Parlamento era dedicado ao Conselho Europeu. Assim decidiu a Comissão de Líderes. Pelo que fui ouvindo enquanto me deslocava no carro, nem sobre este aspecto houve consenso durante o debate. António José Seguro dizia que sim, mas não só; Passos Coelho dizia que sim, mas só; Jerónimo, que sim, mas também. Tendo Passos Coelho recorrido para a Presidente da Mesa, foram lidas as conclusões: que o Debate era destinado ao Conselho Europeu. Mas, acrescentou a Presidente, aos Deputados não pode ser vedado falar do que entenderem.
Fechei o rádio e mudei de canal.
Por mim, mandava-os para a Escola Primária, mas com professores do antigamente, que os ensinassem a compreender português básico. Tão básico, que nunca vi tão grande consenso nos jornais on-line a esta hora, que unanimemente noticiam Debate Quinzenal dedicado ao Conselho Europeu.
Simples, simples para Deputado entender! Mas nem assim. Seguramente que Deputado não consegue entender o que ele próprio escreve. Como podemos nós entendê-los a eles?
5 comentários:
Eu acho (mais um atleta do achismo, modalidade que se prevê, ascenderá em breve à categoria de olímpica) que estes debates deviam passar a realizar-se entre banqueiros, industriais, presidentes de empresas públicas e privadas, de institutos e de fundações, bastonários d'isto e d'aquilo, etc. Apadrinhados pelas "figuras" que tão aguerridamente defendem no meio-cíclo, os princípios éticos e democráticos, a transparÊncia e a honestidade, as decisões justas e, apesar de duras... absolutamente necessárias.
Uma coisa ao jeito de um concurso para novos cantores, "A Voz de Portugal", em que o juri, constituído pelo Abrunhosa, a Mia Rose, o Reininho, os manos Anjos, e o Paulo Gonzo, ouviam os concorrentes de costas voltadas e só rodavam a cadeira, depois de decidir apoia-los.
Por exemplo... é só uma ideia... acho.
Bom, meu caro Pinho Cardão, também é discutível que o Conselho Europeu seja verdadeiramente assunto de debate. Pelo que ouvi...
Eu propunha que de hoje em diante a agenda fosse exclusivamente dedicada à discussão da agenda da reunião seguinte podendo, eventualmente, ser abordada alguma questão sobre a agenda da reunião a decorrer. Portugal seria, certamente, um país mais rico e as competências dos deputados, mais adequadas.
Caro Bartolomeu:
Acontece que banqueiros, industriais, presidentes de empresas, cidadãos em geral, terão mais com que se entreter do que com debates estéreis em que até se chega a desconhecer qual é o assunto do debate.
Caro Ferreira de Almeida:
Eu não digo que não, mas que eles decidiram que esse era o tema isso decidiram. Mas alguns depressa esqueceram. Porque sim, como diz o outro.
Caro Tonibler:
Ora aí está uma proposta válida e um excelente plano de acção.
esta republiqeta saída duma revolução socialista tudo pode acontecer.
má-fé, estupidez, ignorância, iliteracia.
Simone de Beauvoir diz em 'la force des choses' que ela e satre concluiram perto do final da guerra que o socialismo retirava a liberdade aos cidadãos
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