Certa vez,
um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio. O escorpião vinha fazer um pedido: "sapinho, você poderia carregar-me até
a outra margem deste rio tão largo?" O sapo respondeu: "Só se eu
fosse tolo! Você vai-me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar."
Disse o escorpião: "Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos
afundaríamos."
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas
costas, enquanto nadava para atravessar o rio.
No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião
e perguntou: "Porquê? Porquê?"
E o escorpião respondeu: "Por que sou um escorpião e essa é a minha
natureza."
Não sei quem
é o sapo ou o escorpião. Mas sei que é o povo português que se afoga e não merecia isso.
23 comentários:
Caro pinho Cardão, há uma cena do Astérix que ilustra bem o que se passa, é quando os piratas se zangam e afundam o próprio navio, e dizem perante o naufrágio "já não precisamos dos gauleses para nos cobrirmos de ridículo". Mas é como diz.
Ora aqui está uma perfeita descrição do senhor! Nunca confiei nesse "gajo"! Está-lhe na massa do sangue.
...milhares no desemprego!
...milhoes em esforço!
...sacrificios para Todos (ou quase)!
com erros ou sem erros, 2 anos disto já tinham sido percorridos...
em 2 dias, mandarão tudo p'lo cano, e amanhã estaremos, todos, muito pior!
"nós", todos, os Portugueses...depois de tudo o que tem ocorrido mereciamos de facto outras lideres, outras mandantes, outras elites...
...hoje sim, sinto-me revoltado...com eles...e o que doi mais é nem saber ou perceber onde e como canalizar esta revolta em acção...
por nem tão pouco conseguir já perceber o que raio se deve/pode fazer!
:o(
Algum dos meus caros Amigos me elucida sobre quais os objectivos do Paulo Portas com isto? É que não consigo descortina-los, de todo em todo. Precipitando a queda do governo, seja agora seja pouco mais adiante, o CDS/PP tem tudo para ser o grande prejudicado. Paulo Portas é político há anos e anos. Alguém me elucida quanto aos objectivos? Estou a ver alguma coisa mal?
Meu caro Zuricher, observe o percurso de Portas e facilmente concluirá que a explicação é simples: está-lhe no sangue.
Aproveito para chamar a atenção para a seriedade dos comentadores e analistas consagrados: aqueles que há horas louvavam o enorme sentido de Estado de Portas como MNE, reduzem-no agora a um garoto. Também lhes está no sangue.
Confesso-me desiludido, caro Dr. Pinho Cardão!
Esperei que o seu primeiro post, após o rebentamento da "bomba atómica" como alguém algum tempo atrás temia viesse a ocorrer - fosse para responsabilizar a comunicação social pela "despedida" dos dois ilustres membros do governo-
Afinal, foi para nos dar conta de uma dúvida existencial...
A massa do sangue... E assim se atira pela janela boa parte do trabalho e dos sacrificios de dois anos.
Aqui ao lado vou ouvindo outra explicação: Portas jogou pelo Seguro.
Caro Zuricher, como saberá tão bem como eu, a política é imprevisível e muitas vezes não é sequer racional, é ditada por emoções, por feitios, por circunstâncias a que se reage sem o necessário sangue frio. A situação do país, tão frágil e excepcional, não segue os cânones da política habitual, misturada também com a confusão e os braços de força que vão na Europa, vivemos todos momentos para os quais não há guião. E nos outros países não se vê muito melhor, acontece é que a situação deles não é tão desesperada.
Essa falta de sangue frio, de racionalidade é algo que por via de regra não aceito. Na governação menos ainda.
Nos outros países as coisas podem não ir de feição. Mas, tirando na Grécia, não se assiste a um circo como este que está a ver-se hoje em Portugal, e mesmo na Grécia parece que se acalmaram.
Depois de Portas tanto ter apregoado contra o aumento de impostos e dedicar tanto discurso à "via" do corte na despesa, esperemos que Portas tenha deixado pronto o guião dos cortes e da reforma do Estado que se aguardava há meses...(e teria de ser entregue à troika em dias)
A não ser assim, que dizer de um político que, nas palavras, muito se bateu por uma causa mas, nas suas acções, nada fez por ela?
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/07/do-bater-com-porta-facada-nas-costas-e.html
Confesso que me custava acreditar nestes golpes de teatro mesmo que sejam da gaiola das malucas, mas parece-me haver um enorme error de perçepção dos senhores dos partidos. E esse erro de percepção está naquilo que pensam ser a sua real importância para o país. Não sei se algum me vai ler, mas cá vai:
Portugal não depende em nada de vocês. Podemos ter um estado, mas Bruxelas serve perfeitamente. Entendem?
Claro que não entendem, Tonibler. Nem nunca entenderão.
Para que entendessem, teria de a Terra deixar de girar sobre o seu eixo, e isso... necessita que ocorra algo semelhante ao que provocou a extinção dos dinossauros.
Com Bruxelas, também há-dem ir longe. 'Dirigidos' por um desertor e um parlamento part-time*
*Deputados de segunda para Bruxelas, ás quintas a 'trabalhar' nas TV locais.
Uma caseira.
As razões de Portas são simples: uma coisa é estar num Governo obrigado a um duro programa de austeridade e poder estar sempre a apontar o dedo a Gaspar. Outra coisa é Gaspar sair e Portas ficar nos cornos do toiro, tendo de negociar o seu próprio programa de reforma do Estadom com a troica e sem Gaspar a servir de biombo.
Cobardia e duplicidade, nada mais.
henrique pereira dos santos
Ora aí esta a causa das coisas. As mais simples sao sempre determinantes. Falta de.....
Bmonteiro:"há-dem"? ok!
HenriqueP.Santos:a análise mais lúcida!
Dr. Pinho Cardão
Tantas vezes ouvimos dizer: "este povo tem o que merece". Mas há limites para generalizar e "colectivizar" culpas e responsabilidades. São as guerras de poder partidárias e políticas que de há muito estão a conduzir o país ao inferno.
Essa, é a grande verdade, cara Drª Margarida.
Ninguém se preocupa em governar o país, em encontrar formas e tomar medidas acertadas capazes de o requalificar de o reordenar e de o tornar produtivamente sustentável.
A grande preocupação é, como diz, fomentar e alimentar a guerra política e garantir o lugar, seja a que preço for.
É lógico; guerras, só podem ter um resultado: destruição, inferno, incerteza e degradação progressiva do pouco que poderia ser aproveitado.
O primeiro erro colectivo é achar que o governo governa o país. O país não tem problema nenhum, governa-se perfeitamente sem políticos. Os políticos existem para governar o estado. E o estado é perfeitamente substituível por outro qualquer com proveitos. Se for este o caminho (eu sempre disse que o Cavaco iria ser o último dos presidentes da república e por "mérito próprio") não me parece assim tão mau.
É da sua natureza. Todos sabemos isso há muito.O PS já está pronto para o carregar...
Margarida, tem toda a razão. Também eu não aceito esta tendência para a coletivização da culpa. Era só o que faltava endossar assim a irresponsabilidade a um povo que se dispôs aos sacrifícios que lhe pediram, mantendo a paz mesmo quando justificadamente veio para a rua fazer sentir a dor!
A irresponsabilidade deve ser atribuida a quem efetivamente a tem por colocar à frente de tudo as suas conveniência pessoais, por se deixar render a calculismos partidários e não pensar nas consequências para o País.
É tempo de concluir que este sistema - e os seus subsistemas, o partidário, o eleitoral, o político - deram o que tinham a dar, não se adaptam ao mundo novo que entretanto se foi formando, e sobretudo é intepretado da forma que estes dias demonstram por uma geração de políticos falhados.
tas-me a censurar jm ferreira de almeida? tás nervosinho?
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