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sábado, 29 de maio de 2010

Bella Itália III


No alto de uma colina da Toscânia, a vila medieval de San Gemignano. Salpicada de torres, cuja altura media a riqueza e poderio de quem as mandava construir. Delas, subsistem ainda treze, altaneiras e resistentes.
Na Praça principal, um mercado de produtos locais. E um enorme porco da Toscânia, assado e bem tostado, a ser cortado às fatias para uma clientela local, ou para sandes a vender a turistas. Caso visse, a nossa ASAE chamava-lhe um figo. Além de expor o bicho ao ar livre, o proprietário recebia o dinheiro, fazia as sandes e vendia ervas aromáticas com as mesmas duas únicas mãos que Deus lhe deu...Mas, justiça seja feita, o expositor estava um brinco...

7 comentários:

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
Tem piada seguir a sua viagem e recordar os passeios que fiz pelas mesmas cidades e regiões.
San Gemignano é uma cidadezinha medieval fantástica, muito gira.
São os "porcos da Toscânia" que dão vida às tradições, são importantes para as economias locais e deixam boas recordações aos turistas. Porque será que nunca nos esquecemos da ASAE?

Catarina disse...

O leitão/porco que os italianos preparam é igualmente uma delícia que não fica atrás do português. Chegou a prová-lo? A propósito de falar sobre o manuseamento de dinheiro e comida, recordo-me de ter ido a um supermercado no Lido onde era “obrigatório” usar-se luvas de plástico – que estavam à nossa disposição – quando comprávamos frutas e hortaliças. Quem não o fizesse era chamado à atenção como pude constatar. Achei uma ideia óptima. Uma peça de fruta, por exemplo, poderia ter as impressões digitais de centenas de pessoas das regiões mais longínquas!!!!

Bartolomeu disse...

Pegando no comentário da Drª. Margarida e no relato do Dr. Pinho Cardão (ou vice-versa), constato que em Portugal, o "fenómeno" acontece no sentido inverso da Toscânia... cá, são os porcos que matam as tradições, algumas com séculos de existência e que tanto nos caracterizam.
Será que podemos culpar a ASAE?!

Catarina disse...

Sempre que dou uma olhadela para ver se há algo de novo no blogue, deparo-me com este “porchetta” deliciosamente fotografado e que me faz recordar um outro que saboreei na Mealhada, há alguns anos, acompanhado de batatas fritas (às rodelas, fininhas e crocantes) e vinho verde num ambiente salpicado de capas pretas ... e onde, por breves minutos, ouvi o inconfundível fado de Coimbra...Uma recordação que me afaga o pensamento. : )

Bartolomeu disse...

vinho verde, Catarina?
tem a certeza?
não terá sido um Bairrada branco, com o seu frisado natural?
pense bem... olhe que os rapazes da Bairrada não gostam que lhes travistam os pergaminhos.
;)

Catarina disse...

Quase que jurava que foi verde! Teriam os anos ofuscado esta agradável recordação?

Foi mesmo verde! : )

Bartolomeu disse...

Acabou de assinar a sua expatriação da Bairrada, Catarina.
A partir d'hoje, sempre que pensar degustar umas costeletinhas de leitão, estúpidamente embebidas naquela molháça apimentada... não dixe de passar antes por uma loja de aluguer de trajes e... de se disfarçar, por exemplo de... sei lá?! Margaret Thatcher?!
A "Dama de Ferro", só para impor respeito...
;))))