O PM e secretário-geral do PS defendeu em campanha eleitoral que não agravaria a carga fiscal. Ganhou as eleições também à custa desta promessa. Manteve-a na discussão do programa de governo, do orçamento e na primeira versão do PEC. Mudou agora de opinião porque, diz, o mundo se transformou nos anteriores 15 dias. Durante todo este tempo o Engº Sócrates manteve a mesma opção relativamente aos grandes projectos de obras públicas, designadamente ao TGV. Hoje, no Parlamento, o mesmo PM que defende que o mundo se desfez em 15 dias e obrigou a mudar, sustenta que não muda de opinião quanto ao TGV porque o PSD tinha a mesma posição em ... 2002!
Começa a não haver pachorra para tanto atentado à inteligência...
8 comentários:
Bom... Senhor Dr. Ferreira de Almeida, o facto de o PSD ter sido, outrora, apologista de que a linha de alta velocidade seria uma mais-valia para o país e, actualmente, Pedro Passo Coelho ter concordado com o governo na aprovação do PEC, já por si só é um sinal de que o primeiro ministro não está a mentir nesta matéria. Assim como não estaria a mentir, quando afirmava que o PSD não tinha propostas alternativas consistentes, se as tivesse, o novo presidente do partido também não teria subscrito o mesmo Plano.
Agora... no que diz respeito à insistência na construção da linha para o TGV... temos de concordar que o país não tem condições económicas e financeiras que permitam levar a cabo a sua construção.
Parece obvio para toda a gente, menos ao Sr. Primeiro ministro e para o actual líder da oposição!
Assim, não ha memso pachorra...
Meu caro Bartolomeu,
É verdade que o PSD esteve de acordo que se fizesse a linha do TGV. Há 8 anos atrás. É criticado pelo Primeiro-Ministro por ter mudado a politica que tinha há 8 anos atrás sobre esta matéria. O mesmo PM que avança com este argumento é o mesmo que mudou radicalmente as políticas que defendia há ... 3 semanas atrás.
Pode tolerar-se este tipo de argumentação que para além de fugir à questão essencial (que é a de saber se o Pais tem condições para este investimento, e mesmo se ele é viável e necessário para o nosso desenvolvimento), atenta contra a inteligência de todos nós?
A inteligência de todos nós, Senhor Dr.Ferreira de Almeida, está a meu ver, cativa da moda que toda esta gente teima em nos querer "impingir".
A moda de acreditar que estão todos a decidir o melhor para todos nós.
Só se é agora... porque todas as decisões têm resultado em prejuízo para todos.
E as últimas medidas de semi-austeridade, comprovam-no.
Digo "semi", porque as medidas de fundo, aquelas que poderiam resultar como "emenda" da crise em que se vive, essas... meu estimado Amigo, continuam a representar, na opinião dos nossos governantes, "uma gota de água no oceano". Como se o oceano não fosse composto por incontáveis gotas-de-água...
Não ha... efectivamente, não ha pachorra!
Caro Ferreira de Almeida,
Houve uma oportunidade de acabar com a demagogia deste governo na sexta-feira, desperdiçada pelo PSD. Vá lá saber-se porquê que o PSD que "quer ajudar os portugueses a defenderem-se do governo" não a aproveitou...
Nesta fase, meu caro cmonteiro, proteger o País do governo é mantê-lo em funções evitando uma crise política de efeitos desastrosos, e tudo fazer para que não se agravem os efeitos da desorientação. Seria responsável que o partido no poder soubesse encontrar no seu seio as alternativas a estes governantes, manifestamente cansados, ou, como no caso do ministro das obras públicas, manifestamente desajeitados.
Nesse caso, meu caro Dr. Ferreira de Almeida, deixa de fazer sentido, qualquer crítica à actuação e às medidas que este governo preconiza.
Avante Socrates, o PSD está contigo!!!
Não, meu caro Bartolomeu. O que deixaria de fazer sentido seria o PSD deixar de contrapor as suas propostas às do PS. Isso chama-se fazer oposição. Existe porém oposição responsável, que critica quando deve criticar e apoia quando as circunstâncias ou o mérito das propostas do governo devem levar a apoiar; e oposição irresponsável, do regabofe contestatário e do bota-abaixismo primário, que não percebe que a queda de um governo, mesmo de um governo mau como este, pode aprofundar as dificuldades juntando à financeira o descrédito a que conduz uma crise política. Convém não brincar com o fogo que a situação é mesmo explosiva, como dizia há tempos o PR...
Meu caríssimo Amigo, Dr. Ferreira de Almeida, Não sei se é mais fracturante a oposição de Jerónimo, apresentando ao parlamento uma moção de sensura a este governo, se a concordância com as medida de um PEC que se prevê irão afectar com todo o género de impostos, a sociedade mais desfavorecida e ainda, aumentar as condições para que mais pequenas e médias empresas possam sessar a sua actividade, aumentando o já elevado número de desempregados...
Para lhe ser muito franco, caro amigo, considero que existem dois géneros distintos de bombas: as que explodem e as que implodem. No meu ponto de vista o PSD percebeu que esta pode ser uma daquelas que se pegar nela, lhe pode estoirar nas mãos, daí prefere dizer ao fulano que a tem: continua, que vais no bom caminho, e o outro, pelos vistos vai continuando, alegre a contente, com a certeza que nas mãos dele nunca a bomba irá estoirar.
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