Quando as empresas são bem geridas e o clima organizacional estimula o bom desempenho dos trabalhadores a sua satisfação aumenta. Quando a responsabilidade social das empresas aposta na partilha de informação e na transparência de gestão a confiança e o compromisso aumentam.
Um caso que bem poderia ser um case study para muita gente...
Um caso que bem poderia ser um case study para muita gente...
4 comentários:
Num passado ainda muito recente, a Autoeuropa, encontrava-se numa situação estranhamente difícil e o risco de despedimento para uma boa parte dos seus funcionários era real, assim como o encerramento das instalações.
Hoje, é anunciado um sinal não menos estranho de uma enorme recuperação que irá manter-se até uma distância de mais 3 anos, notável. Mais notável ainda, se esta reviravolta fica a dever-se realmente à capacidade de diálogo e de compromisso entre a administração e os funcionários.
Sendo assim... subscrevo inteiramente a sua sugestão, cara Drª. Margarida.
Para todos os que olham para as empresas "à portuguesa mas não só como " sitios" onde se trabalha (os que o fazem) ou está (os que apenas beneficiam do emprego), o case study da Auto Europa vale a pena ser lido, analisado, comentado como o simples caso de uma empresa simplesmente normal: adapta-se ao mercado (há novos modelos, há vendads, ?,) segue as directivas da própria competição dentro do grupo em que está,discutem-se trabalhadores de linha e trabalhadores da gestão se é possível haver novos acordos, etc etc.
Este caso deve ser comparado com o "velho caso da Renault nos anos 80" e, sobretudo, comparado com a Quimondisse que foi o caso Quimonda.
ReLer o velho texto "Evolução e Revolução nas Organizações" foi bom, despoletado por este seu post Margarida.bem haja.
FVRoxo
Caro Bartolomeu
Quem faz as empresas são as pessoas, com o seu trabalho, talento e competência técnica e de gestão. Mas as empresas estão inseridas no mercado e, portanto, não estão imunes ao meio que as envolve, tendo pois necessidade de se adaptarem, antecipando problemas e desafios. Os trabalhadores devem estar bem informados sobre a vida das suas empresas para que estejam preparados para se ajustarem à mudança. A incompetência de gestão e as políticas sindicalistas do tudo ou nada têm normalmente como resultado a prazo a falência das empresas, com a consequente eliminação de postos de trabalho.
Caro Francisco Velez Roxo
Tem muita razão quando diz que devemos olhar para a Autoeuropa como um "simples caso de uma empresa simplesmente normal". E temos em Portugal, há que dizê-lo, muitas empresas simplesmente normais. Mas andamos tão desgovernados com tantas coisas anormais que já nem ligamos ao que é normal. Não tanto por ser notícia, mas por ser um exemplo de uma empresa bem gerida, lembrei-me de fazer uma chamada de atenção para o caso.
Ainda bem que o tema lhe suscitou satisfação.
Sem dúvida, cara Drª Margarida, a competência técnica e de gestão, são duas maisvalias que quando bem conjugadas, só podem dar bons resultados, tanto para patrões, como para empregados. No caso da Autoeuropa, como bem refere, houve uma interferência sindical, demasiadamente... radical, mas convenhamos, a intenção da parte patronal, em abandonar Portugal e transferir a marca para um país de leste, com mão-de-obra mais barata, mas também menos qualidade técnica e menos capacidade de trabalho, deixa muito a dever a uma boa política de gestão.
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