A Troika
considerou que Portugal está a cumprir o programa de ajustamento e aprovou a
nova entrada de fundos aí prevista. Programa
negociado e assinado pelo PS, com o beneplácito do PSD que, agora no Governo,
tem a estrita obrigação de executar.
Pois a generalidade dos “analistas” que a
rádio especialmente convidou para comentar o assunto (com relevo para os da área socialista), e que esta manhã, em
viagem, tive a pachorra de ouvir, gastaram o tempo todo a zurzir no Governo.
Numa argumentação que roçou a completa imbecilidade.
Imbecilidade, ignorância profunda, se não
mesmo má-fé e vontade de enganar. Argumentação ao nível da pior conversa de
café. Ou de tasca manhosa.
Coisa que uma informação rigorosa e
pluralista deveria banir, por simples questão de higiene pública. Mas rigor é
coisa que os critérios editoriais nem sabem nem sonham o que seja. Produtos
tóxicos bem mais perigosos do que os da Banca. Mas que continuam a inundar o
“mercado”, pelo menos a cada meia-hora.
17 comentários:
Totalmente de acordo com o seu Post.
Mais parece que foi este Governo que fez todo o mal ao País e não os ditos senhores do poder e do 4º poder.
Tem que haver alguém que tenha a coragem de denunciar o mal que querem continuar a fazer ...
"Coisa que uma informação rigorosa e pluralista deveria banir." Assim mais ou menos como na Madeira...
Caro Pinho Cardão,
Rádio é um negócio como outro qualquer. Se veio a ouvir a TSF, é natural que tenha apanhado uma corja de imbecis que lá estão porque o público alvo deles é tão imbecil como os comentadores. Nada se pode afastar mais que dois pensamentos daquilo que parece ser óbvio, tal como um poema de Tony Carreira, senão as pessoas mudam de estação para ouvir... o Tony Carreira.
O jornal de negócios, referindo-se às yields negativas da dívida alemã tinha como título qualquer coisa como "Crise do Euro enche os países ricos de dinheiro" e eu expliquei a uns amigos que isso era culpa da regulação porque obrigam os bancos a encherem-se de dívida pública de países seguros, não de um esquema manhoso dos países ricos. Ora isto já são mais de dois pensamentos ao lado, regulador é bom porque é anti-capitalista, não pode ser mau e alemão é mau logo regulador não favorece alemão. Conclusão, responderam-me que eu estava completamente errado. Porquê, não sabiam porque só mandei umas algarviadas imperceptíveis, mas o que disse estava errado de certeza.
Nós não estamos na situação que estamos por acaso. Merecemos e merecemos bem. E gostamos do Tony Carreira!
Essa injecção permanente de desinformação era das coisas que mais me irritava qd vivia aí ..e um dos motivos que me levou a auto-exilar.Para mim chegou ..
Agora só volto a Portugal qd tenho pesadelos ..e qd acordo sinto um alívio indescritível..triste não é ? Será que vai ser sempre assim ?
Vcs viram isto ?
http://www.bbc.co.uk/news/magazine-18193962
Não troquem os euros por dólares não ..e vão ver ..a batata assar...
"Nem tanto ao mar, nem tanto a terra", caro Dr. Pinho Cardão. Diz o povo, na sua imensa sabedoria.
Concordo com o que escreve no último parágrafo do seu post. Estes programas radiofónicos, podiam perfeitamente ser substituídos, como opina o caro Tonibler, pelo Tony Carreira, no mínimo, agradaríam a uma boa parte do auditório femenino.
Quanto à Troika e às medidas impostas para "nos salvar", aceites pelo governo PS e pela oposição PSD, acordou ontem a DRª Manuela Ferreira Leite, ao declarar que não foram tomadas em conta as características económicas e sociais de Portugal, aquando da assinatura dos programas.
Bom, eu lamento não ter oportunidade de conversar pessoalmente com a Senhora Doutora, ex-lider do PSD, para lhe poder dizer, que se essas características não foram tomadas em conta, foi porque os nossos políticos e governantes, quer de esquerda como de direita, quando decidem, nunca o fazem a pensar neste nosso país, mas sim, num outro, imaginário, fantástico, onde tudo são maravilhas e prodígios. Tal como aconteceu na entrada de Portugal para a UE e foram negociadas as quotas de mercado, a aniquilação da nossa agricultura, com a atribuição de subsídios para não produzir e com o desmantelamento das frotas pesqueiras, em troca de chorudos abonos.
Declarou ontem o nosso primeiro ministro que Portugal já se afastou da beira do abísmo, e que em breve, a economia vai retomar a sua evolução e voltará a crescer...
À um tempo atrás, eu pensava que esta gente que nos governa, sofria de uma qualquer degeneração visual, que se manifestava aguda após as tomadas de posse nos cargos. Agora percebo que não. A coisa é mais séria, é cegueira completa acompanhada e agudizada por surdez total e por uma completa ausência de tacto.
Na verdade, a economia, ou seja, o que resta dela, tem agora fortes incentivos para crescer, o mais importante é sem dúvida, a mão-de-obra, ao "preço da chuva", com tendência para se tornar gratuita ou, paga a malgas de arroz, como já se alvitra por aí, tomando como modelo a economia chinesa. Pouco falta para lá chegarmos... com os olhos em bico já todos andamos.
É curioso que no meio dos amores e desamores a este governo há algo que ninguém me sabe (ou quer) responder. Todos percebemos a necessidade do ajustamento orçamental e do estado de quase excepção em que caímos, vitimados por uma elite de poder (infelizmente diferente das verdadeiras elites). Ontem uma jovem que preparava as malas para emigrar para a China dizia «dizem que o país está crivado de endividamento mas eu nunca contribui para ele. E querem me fazer pagar por aqueles que se locupletaram seja através da manipulação legislativa e/ou do conúbio político - económico, com os bens públicos».
Mas há vários caminhos e várias velocidades para este ajustamento que mantenha incólume o tecido produtivo.
Acha PC que o actual governo está a ir às verdadeiras gorduras do Estado e dos rentários? Acha PC que o PSD tem actualmente uma política social democrata digna de Sá Carneiro? Acha PC que o caminho da competitividade se faz destruindo totalmente o mercado interno, expulsando camadas do país para fora do mesmo, destruindo as PME's e aumentando os custos de contexto (aumento anunciado das rendas, da água,) que vão aumentar ainda mais a falta de competitividade da nossa economia e agravar as desigualdades que para além de um problema social é um problema económico? Acha PC que não há um total contra-senso entre quem fala na necessidade de diminuir custos salariais e ter uma economia de 1 mundo?
Acha PC que qualquer economista que se preze acredita na tese de políticas públicas cíclicas quando a economia é a quase ciência do contra ciclo?
Acha PC que não havia alternativa no ajustamento que aumentar ainda mais os impostos... mais que diminuir as verdadeiras despesas que alimentam um sistema político obsoleto (comecem por exemplo por extirpar os luxos na AR com os restaurantes de luxo que tem pelo menos o efeito de alienar os representantes do povo dos seus representados).
Acha PC que muitos dos actuais ministros querem ter uma atitude reformista à força quando a alteração de muitas das políticas exige separar correctamente o que está bem do que está mal, não erigindo o povo Português em alvo de políticas experimentalistas ou de aprendizagem dos agentes (o Prós e Contras de ontem sobre agrupamentos em educação ajudou a perceber como se não deve actuar).
Alguém fala do problema da concentração do nosso tecido comercial que tanto mal tem feito ao país?
Alguém fala do problema gravíssimo da natalidade em Portugal?
Alguém fala da necessidade de uma análise rigorosa ao processo BPN, BPP e PPP que cavaram o pedido de resgate?
Acha PC que a Troika conhece as especificidades do tecido empresarial Português?
Acha PC que todas as medidas da Troika estão eivadas de uma enorme bondade?
Acha PC que não é necessária uma visão de estado e de estadista a um responsável político?
Acha PC que Passos tem competência e conhecimento suficiente para ser PM deste país?
Acha PC que um país se reforma e se refaz contra a maioria do seu povo?
Acha PC que um país pode ter realmente 20% dos seus activos sem contribuir para o todo nacional?
Séculos de inquisição, polícias políticas e elites do poder sempre formataram o país naquilo que ele tem de pior: a sua incapacidade de ouvir e congregar todos, uma enorme ambição provinciana, a sua intolerância e um grupismo empobrecedor.
Caro Pinho Cardão,
O seu post não é mais do que o espelho do que tem sido a avaliação do resgate: ou a troika é que sabe e não há outro caminho (defensores do Governo), ou é péssima e está a destruir Portugal (oposição)
Será possível que nestas "visitas de avaliação" não se possa considerar como assunto discutível a revisão de alguns princípios do acordo? Não deveria ser o próprio Governo de Portugal a propor essa apreciação, em vez de aparecer como um "papagaio", sem identidade ou ideias próprias?! No fundo, o Governo dá uma ideia de preguiça, não pensa, tem uma cartilha e, como capataz, apenas executa (às vezes parece que à bruta) a cartilha do patrão.
Gostaria de compreender o que representaria, por exemplo, um adiamento de 1 ano no programa, para limitar os efeitos na economia real (leia-se empregos, falências, destruição da economia). De que modo é tão evidente assim que isso seria arrasador para a credibilidade do país, quando se olha para a Grécia, ou para a própria Espanha que falhou logo (unilateralmente) o objectivo do défice no primeiro ano?
Aliás, só pode ser para rir, ouvir banqueiros ou financeiros a dizer que a "creditworthiness" de Portugal iria para as ruas de amargura, se renegociássemos prazos, sem que os mesmos implicassem qualquer pedido de perdão da dívida...
Uma última nota: acreditando que a "malvada" TSF não desvirtuou as sua palavras, é curioso ouvir Manuela Ferreira Leite a dizer que "a austeridade está a ter efeitos arrasadores": http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2591152&page=1
Caro Pinho Cardão,
O seu post não é mais do que o espelho do que tem sido a avaliação do resgate: ou a troika é que sabe e não há outro caminho (defensores do Governo), ou é péssima e está a destruir Portugal (oposição)
Será possível que nestas "visitas de avaliação" não se possa considerar como assunto discutível a revisão de alguns princípios do acordo? Não deveria ser o próprio Governo de Portugal a propor essa apreciação, em vez de aparecer como um "papagaio", sem identidade ou ideias próprias?! No fundo, o Governo dá uma ideia de preguiça, não pensa, tem uma cartilha e, como capataz, apenas executa (às vezes parece que à bruta) a cartilha do patrão.
Gostaria de compreender o que representaria, por exemplo, um adiamento de 1 ano no programa, para limitar os efeitos na economia real (leia-se empregos, falências, destruição da economia). De que modo é tão evidente assim que isso seria arrasador para a credibilidade do país, quando se olha para a Grécia, ou para a própria Espanha que falhou logo (unilateralmente) o objectivo do défice no primeiro ano?
Aliás, só pode ser para rir, ouvir banqueiros ou financeiros a dizer que a "creditworthiness" de Portugal iria para as ruas de amargura, se renegociássemos prazos, sem que os mesmos implicassem qualquer pedido de perdão da dívida...
Uma última nota: acreditando que a "malvada" TSF não desvirtuou as sua palavras, é curioso ouvir Manuela Ferreira Leite a dizer que "a austeridade está a ter efeitos arrasadores": http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2591152&page=1
Cara Antonieta Baroni:
Pois, de facto, uma coisa que me deixou com náuseas foi ouvir tais comentários de quem apoiou a acção e política que nos levou a este estado...
Caro Tonibler:
A desinformação é tão grande que as pessoas já nem pensam e admitem como certo aquilo que, se reflectissem um minuto, veriam que era obviamente errado.
Caro Bartolomeu:
Claro que todos os programas são susceptíveis de melhorias, que até a experiência vai aconselhando ou impondo. Mas a questão não é essa. A questão é saber se se cumpre ou não o que está assinado. Porque só cumprindo se pode almejar a ter melhor.
Caro c) P.A.S.:
As suas interrogações são válidas, muito mesmo, mas creio que o meu amigo confunde dois planos: o do cumprimento do acordado com a Troyca e as políticas públicas.
No que respeita ao Memorando da Tryca, não há dúvida que está a cumprir. Quanto à definição e implementação das melhores políticas públicas, aí claro que há pano para mangas para discutir.
Caro Jorge Lúcio:
1. Revisão de alguns princípios do Acordo
Parte logo o meu amigo de que o Governo ou a Troyca são preguiçosos e nem pensam nisso.
Não parto dessa ideia. Claro que eventuais revisões fazem parte de qualquer Balanço. Mas não se fazem ou podem fazer na praça pública. Ou acha que sim, que gostaria de ver um governo mais publicamente reinvindicativo e mais publicamente incumpridor do acordado, para obter melhor Acordo? Não acha que temos que fazer alguma coisa por nós?
2. Adiamento por um ano
Implícita nesta "solução" está a opção por maior défice num ano, como forma de o estado aumentar a despesa pública e assim "dinamizar" a economia. Mas como é que dinamizaria a economia? Ou através de mais emprego público e aí não vejo que o efeito só pudesse durar um ano. Admitido funcionário, admitido está. Eternamente.
Ou através de investimento público: aqui, têm-se visto os efeitos dos investimentos efectuados. Passada a onda, desemprego até não mais acabar. A aposta no investimento em não transaccionáveis, que era a que produziria efeitos durante um período curto, está completamente falhada.
3. A austeridade está a ter efeitos arrasadores
Claro que está. E pensa que poderia ser de outra forma? Claro que poderia, não fossem os criminosos desvarios passados.
4.Financiadores, esses malandros selvagens
A primeira obrigação de um Banco é preservar os depósitos dos seus clientes. Acha que teria qualquer ponta de racionalidade emprestar dinheiro a um Portugal sempre a discutir acordos, como a Grécia, em alternativa a um país cumpridor?
5. Por último, os outros não têm qualquer obrigação de nos apoiar. Nós é que temos que demonstrar merecer esse apoio. Cumprindo, em primeiro lugar. Demonstrando, depois, que outras alternativas seriam melhores.
Mas pôr o Estado a distribuir mais dinheiro é a alternativa mais venenosa que existe. E foi o que nos levou ao nosso miserável estado. Mas há quem queira ainda mais veneno. Lamentavelmente.
Caro Pinho Cardão
Um dos motivos que me dá comodidade no 4 república é por achar mesmo que precisamos de uma quarta república de largo espectro onde a economia da felicidade prospere contra a ganância, o egoísmo, o mau carácter e por encontrar em quase todos os postadores virtude de carácter. Uma 4 república feita nos valores e contra as facções, contra um estado de coisas que dura há demasiado tempo para congregar os Portugueses num país mais solidário e menos inquisidor.
Não é compreensível para ninguém haver um cumprimento integral de um memorando da Troika com efeitos nefastos e contrários ao pretendido.
Porque das duas uma: ou a Troika tem uma agenda escondida altamente penalizadora para Portugal e contrária aos "princípios constitucionais" de Direito Comunitário da União (e que portanto agrava a situação nacional como qualquer que queira ver constata);
2) ou o governo actual não soube/sabe (por imaturidade ideológica) ou não quer (por falta de sentido de estado ou incompetência)explicar à Troika aquilo que ela não percebe(porque aumenta o desemprego que não sustenta o ajustamento) e porque a dívida é nossa mas o país também.
Preocupante é no entanto a teoria do bom aluno (austeridade para além da Troika) que revela funcionalismo comunitário desfasado da realidade nacional e/ou fragilidade e insegurança de liderança perante todos os poderes não nacionais (e que não apenas os do povo Português).
Concordo consigo que é frustrante ver quem nos colocou nesta posição como arauto da verdade (que é sempre tão relativa e sujeita a contraditório que devemos ter a humildade de saber aceitar). Mas não confundo Sócrates com Seguro. Nem tenho posição absoluta contrária para muitas afirmações de Louçã (acabei de ler o seu Portugal agrilhoado que merece apesar do nosso posicionamento toda a nossa atenção) ou de Jerónimo de Sousa, porque não me revejo na chamada luta política (que não é mais que sinónimo de gente sem classe na política). A política em Portugal tem de ser feita para os Portugueses e não numa esquizofrenia clubística do ser contra ou a favor (sob pena de não passar de uma espécie de luta de gangs sem povo à vista). Ao contrário do que muitos políticos pensam (embora tenhamos um democracia de primeiro ministro que faz das maior parte dos deputados figuras de corpo presente)adoptar orientações de outros partidos só os fortalece e não os diminui como partidos representativos de todos.
Pena tenho que os distorcidos poderes de comunicação (outros agentes que confundem comunicação com política) tenham dado uma imagem negativa de MFL, social democrata com mais maturidade e visão para adaptar o MoU a Portugal.
Caro Pinho Cardão,
1. Há assuntos que não se discutem na praça pública, certo! Mas ao fim de um ano e 4 avaliações... sempre (dizem-nos...) com resultados positivos... Acho que sim, acho que já era tempo de haver outras conversas que não a do caminho único
2. O adiamento de 1 ano era um exemplo. A sua resposta é que parte do princípio que estou a defender admissão de funcionários públicos, ou construir mais autoestradas. Não estou! Mas talvez, não aumentando os impostos como se tem feito, algumas actividades privadas não entrassem em falência, com despedimentos e consequentes aumento das prestações sociais (leia-se custos para o Estado)
3. Não me chame "bloquista", mas a austeridade está a ter efeitos arrasadores para quem? Para os accionistas dos bancos privados com linhas de crédito garantidas pelo contribuinte? Para as Fundações "privadas" com dinheiros públicos?
4. Portugal está "sempre" a discutir acordos??! Já o fizemos neste Programa? E, até ao momento, temos ou não cumprido com os empréstimos? Pelo contrário, dá-me vontade de dizer que tomara aos Bancos que os seus clientes em dificuldades fizessem como nós das "tripas coração"
Quanto ao cuidado e protecção dos Bancos aos seus clientes/accionistas, parece-me que sou "eu e os meus colegas contribuintes" que estamos a garantir/pagar a linha de crédito ao BCP/CGD/BPI... ou não? E nem vou falar do BPP ou do Banco"Bloco Central"PN.
Não lhes chamo "malandros selvagens", mas pretender que o Sistema Financeiro não tem a responsabilidade original nesta crise portuguesa e mundial (as notícias de hoje sobre a compra do Merril Lynch pelo BofA são apenas mais uma confirmação da irresponsabilidade e cupidez desta gente) já não é uma posição defensável.
(e, volto a dizer, não me chame bloquista, ou começo a sugerir coisas como a devolução como dação em pagamento do 2º submarino à Alemanha! Isso é que era uma poupança de 500M€!!)
5. Os outros não têm obrigação. Pois não! Mas se estamos a cumprir, acho que não devemos ter problema em falar de igual para igual; permita-me que não goste de ver o nosso Governo sempre de cócoras
Caro Dr. Pinho Cardão, talvez o meu estimado Amigo, conheça uma forma de me ajudar a entender, de que maneira podemos almejar ter melhor, cumprindo os acordos assinados, se; para os cumprir, o governo cada dia aumenta as medidas lesivas e penalizadoras, para quem trabalha e paga impostos?
è um facto que merecemos a avaliação positiva da troika, temos cumprido o que é possível (e quase impossível) cumprir e não podemos ignorar o ponto d eonde partimos. Mas o nº 1 da troika já foi deitando água na fervura, admitindo que o "cumprimento formal" do defice não é assim tão determinante se demonstrarmos que fizemos todos os esforços para o alcançar. Além disso, é interessante ler o artigo de Correia de Campos no Público de ontem, onde refere que também é muito importante para a "europa" ter um caso de "sucesso" com a receita aplicada, a política tem uma forma curiosa enem sempre audível de se exprimir e o descalabro da Espanha, associada ao discurso do Presidente francês, também contribuem muito para um pequeno mas já perceptível movimento de suavização dos discursos. Pode ser que sim e, caro Pinho Cardão, não vejo que isso signifique o perigo de novo descarrilamento das contas, estamos muito longe de poder decidir do nosso caminho como se já tivesse passado o furacão!Acontece que talvez devagar se vá mais longe, ou também podemos dizer que depressa e bem, não há quem.
Caro P.A.S.
Estou em crer que há mais vida para além do que é público sobre esta matéria. E também acredito que nem a Troyca nem o Governo deixam de fazer o balanço do que corre bem e do que corre mal. E daí retiram certamente as suas conclusões.
Caro Jorge Lúcio:
Quanto ao primeiro ponto, repetir-lhe-ia o mesmo que ao P.A.S.
Quanto aos Bancos, pergunta se a austeridade se faz sentir sobre os accionistas, com linhas accionistas dos Bancos,"com linhas de crédito garantidas pelo contribuinte". Claro que sim. Veja os prejuízos dos Bancos no ano passado. Se há prejuízos, não há dividendos e baixam as acções. Portanto muitos accionistas, grandes ou pequenos, sofreram com a austeridade. Claro que tudo é relativo. Mas o que não pode é confundir apoio aos Bancos com apoio aos accionistas. Os Bancos vão pagar um preço elevado por esse apoio, em parte devido, e isso é o grande paradoxo, pelas imparidades criadas pela desvalorização da dívida pública e pelo facto de o Estado não dotar as suas empresas dos meios para pagar os créditos que há muito se venceram.
Fala novamente das culpas do sistema financeiro. Mas as causas da crise em Portugal foram outras. Não fomos atingidos pelo sub-prime nem pelos produtos estruturados tóxicos. A causa da crise poertuguesa foi predominantemente o endividamento público. Por isso, os Bancos não tiveram, em Portugal, qualquer culpa da crise. Ou, se tiveram, foi por não terem negado financiamento ao Estado.
Por fim, não considero que a concretização do Programa seja em tudo perfeita. Em muitas coisas há que actuar: custos de contexto, justiça, licenciamentos, gorduras do estado, fundações, rendas da electricidade etc, etc. Mas também isso vai, numa primeira fase, trazer desemprego e austeridade. O problema é que estamos metidos numa camisa de onze varas. E é uma afronta ouvir de que nela nos meteu as maiores críticas ao que se vai fazendo.
Equilíbrio é criticar, mas também recohecer que muito se fez. Quanto a estar ou não de cócoras, é óbvio que estamos. Pois se não viessem os 4 milhões como se pagaria, por exemplo, despesas de dsaúde e funcionários públicos. De cócoras ainda estamos, caro Jorge Lúcio. E reconhecê-lo não fica mal a ninguém. é uma evidência.
Caro Bartolomeu:
Cada dia? Que exagero!...Já basta o que foi.
Cara Suzana:
Pois depressa e bem não há quem.
Mas, infelizmente, só podemos moderar, não podemos impor o ritmo. A outra parte continua com a faca e o queijo na mão. Por muito que nos custe.
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