A decisão não é apenas polémica, é incompreensível!
Portugal só pode ambicionar ter crescimento económico através da actividade exportadora. É condição fazê-lo de forma sustentada.
Precisamos de continuar a fazer um grande esforço, a concorrência é grande, a globalização está cada vez mais “global”, nada está garantido sem muito trabalho e sem dar a conhecer por esse mundo fora o nosso país - quem somos e o que fazemos - e a qualidade e as especificidades próprias e únicas dos nossos produtos e serviços.
O sector agro-alimentar tem vindo a melhorar o seu desempenho exportador e tem potencial de crescimento. Parece que ninguém sabe “como foi possível ter deixado passar esta oportunidade” de Portugal estar presente na Expo Universal de Milão. Ninguém sabe!
O sector agro-alimentar tem vindo a melhorar o seu desempenho exportador e tem potencial de crescimento. Parece que ninguém sabe “como foi possível ter deixado passar esta oportunidade” de Portugal estar presente na Expo Universal de Milão. Ninguém sabe!
Das leituras que fiz, apercebi-me que o evento não é só uma feira, é também uma exposição que reúne percursos temáticos, debates e ideias em torno do tema central “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida“. A Expo Universal de Milão vai reunir mais de 140 países e espera receber 20 milhões de visitantes.
São 8 milhões de euros que nos impedem de ir? E quantos milhões iremos perder por estarmos ausentes desta magnífica montra? Esta visão pequenina de curto prazo vai continuar a penalizar o nosso futuro. Queremos ter retorno sem investir? Para colher, é preciso semear…
4 comentários:
Resta conhecer o custo de oportunidade; se esses 8 ME servirem, por exemplo, para salvar vidas, veja-se o caso da hepatite C, justifica-se a decisão.
Se calhar esses 8 ME em vez de servirem para uma única feira, podem servir para participar em 20 feiras com retornos bem mais positivos.
Puxe-lhes as orelhas, cara Drª Margarida, eles bem merecem!
Como sempre, estamos à espera que nos caia chuva no nabal e a eira se inunde de sol, tudo por obra e graça. O busilis é andar por aí tanta gente a ocupar cargos que deveriam sservir os interesses do país e apoiar e promover as iniciativas daqueles que ainda querem contribuir para a solução dos problemas do país e paradoxalmente, revelam-se um entrave para todas essas iniciativas.
Comecei ontem a leitura do seu livro. Já esperava que os termos e a forma como os temas são abordados se apresentassem de forma simples (quanto possível) e acessíveis a qualquer leitor. Portanto, um livro escrito para quem tem mais conhecimentos e formação e para quem não tem mas quer perceber e conhecer. Sensibilizou-me o cuidado de ter colocado no final as várias "Caixas de definição de conceitos" a quais são uma preciosa ajuda para qum não se acha familiarizado com eles.
Um livro cuja leitura, sendo da máximaimportância não deixa de nos proporcionar também, ou essencialmente, motivos para refletirmos.
Parabéns, cara Amiga!
Caro António Barreto
Tudo tem um custo de oportunidade. Neste caso como em todas as opções políticas não deve ser deixada à opinião pública a advinhação de saber quais os custos envolvidos e os objectivos em causa. Há uma coisa que me parece fundamental. É que as decisões políticas sejam consistentes, incluindo a dimensão intertemporal de modo a cobrir o médio e longo prazo. Uma política ziguezagueante e/ou intertemporalmente inconsistente tem normalmente custos muito elevados porque tem normalmente associados desperdícios de recursos.
Quando ouvimos a ministra da agricultura afirmar que o sector da agricultura tem tido um desempenho extraordinário, é oportuno questionar o que justifica não apoiar a participação de Portugal na Expo de Milão. Mas parece que ninguém sabe, é o jogo do empurra. Um espectáculo que não tranquiliza ninguém. E as associações do sector também não estiveram bem.
Caro luis Barreiro
Pois podem, mas alguém explicou alguma coisa? O que temos feito nesse domínio? Teria sido uma oportunidade para o fazer. O assunto ficaria esclarecido.
Caro Bartolomeu
Não tenho essa pretensão, não teria forças para tal. Quando leio que ninguém sabe o que se passou - de facto ningúem veio dar qualquer explicação depois das notícias que vieram a público - é perfeitamente legítimo que nos interroguemos.
Caro Bartolomeu
Folgo muito em saber o que pensa do livro. E agradeço os seus comentários. Numa matéria tão importante, mas simultaneamente complexa, preocupei-me efectivamente com a acessibilidade, designadamente a descodificação da linguagem e a organização da leitura.
Votos de boa reflexão!
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